01 – Indústria aposta em maior vacinação para reativar negócios

A expectativa dos fabricantes de veículos e de autopeças é de que este ano seja melhor em vendas do que em 2020, mas, segundo o diretor do Sindipeças, Elias Mufarej, vai depender de variáveis como tempo de restrição de circulação nas cidades para tentar frear a covid-19, assim como do fechamento de concessionárias e de fábricas, que já está ocorrendo.Na sexta-feira, a Volkswagen anunciou que suspenderá a produção em suas quatro fábricas no País por 12 dias a partir de quarta-feira para ajudar no combate à pandemia."O mercado de veículos depende de renda, emprego e confiança dos consumidores; sem isso, é difícil ter demanda", afirma ele. Foram esses fatores que levaram à retração do mercado no ano passado. A produção caiu quase 32% e teve o pior resultado dos últimos 16 anos, com 2 milhões de unidades.Além da questão sanitária, a prorrogação da atual falta de peças para a produção – causada pela pandemia no ano passado – é outro fator de vulnerabilidade para o setor. General Motors e Honda já interromperam a produção neste ano em razão da escassez principalmente de semicondutores.Para Mufarej, contudo, se a situação sanitária melhorar, com mais pessoas vacinadas, o ambiente econômico vai reagir e, consequentemente, o mercado automotivo.Outro dado que ajuda a prever uma demanda maior – que pode ajudar na redução da idade média da frota de carros – é o número de habitantes por veículo no País, hoje de 4,6. Apesar de estar em queda há vários anos, essa relação ainda é a quarta maior entre 20 nações pesquisadas pela Organização Internacional dos Construtores de Automóveis (Oica).A relação entre a população total do Brasil e a quantidade de carros da frota é a mesma de 2019, mas bem inferior a de uma década atrás, que era de 6,1. Acima do País, estão Indonésia (11,5), China (8,4) e Turquia (5,1). A menor relação continua sendo a dos EUA, com 1,2 habitante por carro em circulação.Caminhões. A frota de caminhões, que sempre foi mais velha que a de automóveis, atingiu em 2020 idade média de 11,7 anos, voltando aos níveis de 15 anos atrás. O segmento teve sequência de 16 anos de rejuvenescimento e chegou aos 9,7 anos em 2013. Após a crise de 2014, a idade média só aumentou.O presidente da Bright Consulting, Paulo Cardamone, reforça que veículos antigos, sem boa manutenção, aumentam o número de acidentes e de mortes principalmente nas estradas. Com isso, gastos do governo nas áreas de saúde e infraestrutura são maiores.Há pelo menos 17 anos o setor de transporte discute com o governo federal um programa de renovação da frota, que começaria pelos caminhões. A ideia era subsidiar a troca de veículos antigos por mais novos.’Agora vai’Na semana passada, em eventos online em que participou para debater o futuro da indústria automobilística, Margarete Gandini, responsável por temas relacionados ao setor na Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, disse que "acho que agora vai".Ela informou que no fim do ano deve ser lançado um programa piloto para renovação dos caminhões com mais de 30 anos. Há 15,5 mil veículos nessa faixa. Margarete adiantou que não será um programa baseado em subsídios, mas em "princípios de mercado", o que foi entendido pelo setor como facilidades em obter crédito.Para Mufarej, é necessário o início da aplicação de soluções que possibilitem ao menos a troca gradativa de um caminhão velho por outro menos velho "para ir eliminando riscos que uma frota antiga carrega".<br/><b>G1</b>

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01- Confiança da indústria no Brasil deve cair a menor patamar desde agosto de 2020, diz FGV

Prévia indica piora do indicador pelo terceiro mês seguido.A confiança da indústria no Brasil deve apresentar piora pelo terceiro mês consecutivo em março, mostraram dados preliminares da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (19), caindo para o menor patamar desde agosto do ano passado.A prévia da Sondagem da Indústria de março sinaliza queda de 4,0 pontos do Índice de Confiança da Indústria (ICI) este mês, para 103,9 pontos. Caso o resultado se confirme, o índice chegará a seu menor patamar desde agosto de 2020, quando registrou 98,7 pontos.Segundo a FGV, "a queda no resultado prévio da confiança industrial ocorre influenciado pela piora da situação corrente e diminuição das expectativas em relação aos próximos meses."O Índice de Situação Atual, que expressa a visão do setor sobre o momento presente, teve queda 4,1 pontos no resultado preliminar, para 110,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas, indicador da percepção em relação aos próximos meses, caiu 4,0 pontos, para 96,9 pontos.A divulgação desses dados ocorre num dos piores momentos da crise sanitária no Brasil, o que está levando governos estaduais e municipais a anunciarem novas medidas de restrição para conter a disseminação da Covid-19.Na quinta-feira, o Brasil registrou 2.724 novos óbitos em decorrência da doença, o que representa a segunda maior contagem diária desde o início da pandemia e eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 287.499, segundo o Ministério da Saúde.<br/><b>G1</b>

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01- Produção industrial desaquecida, mas emprego da indústria cresce

A atividade industrial de fevereiro de 2021 está no mesmo nível registrado há um ano. Na percepção dos empresários, o setor desacelerou. Os estoques estão abaixo do desejado e industriais menos otimistasA Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a atividade da indústria em fevereiro de 2021 se encontra praticamente no mesmo nível registrado em fevereiro de 2020. O percentual de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 69%, um ponto percentual acima do registrado no mesmo mês do ano passado. O gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, explica que a produção industrial manteve tendência de queda em fevereiro, como é usual para o mês. O indicador de evolução ficou em 47,1 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, refletindo movimento de queda disseminado entre as empresas. Os indicadores variam de 0 a 100, sendo 50 a linha de corte entre um cenário positivo e negativo.Apesar disso, o indicador de evolução do número de empregados ficou em 50,8 pontos. Pelo oitavo mês consecutivo, esse dado aparece acima da linha divisória e demonstra recuperação gradual do emprego.“Percebemos uma leve tendência de crescimento no emprego, que é consequência da recuperação”, avalia o economista.Diante do cenário de incerteza e do risco de intensificação das medidas de isolamento social, o empresário industrial está menos otimista do que estava no início do ano passado.A expectativa com relação à demanda para os próximos seis meses caiu de 57,9 pontos em fevereiro para 54,5 pontos em março. Na comparação com março de 2020, verifica-se uma redução de 4,3 pontos.Insumos e estoques ainda são problemas para a indústriaA pesquisa mostra ainda que o nível efetivo de estoques continua baixo e indústria não está conseguindo levar os estoques para o nível desejado, um reflexo das dificuldades em adquirir insumos em matérias-primas.O indicador de estoques efetivo em relação ao planejado está em 47 pontos. Ao permanecer abaixo dos 50 pontos, o indicador mostra que os estoques seguem abaixo do planejado pelos empresários.<br/><b>Agência de Notícias CNI</b>

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01- Maioria dos brasileiros quer indústria forte para economia crescer, diz pesquisa da CNI

Segundo entidade que representa o setor, 97% dos entrevistados concordam com fortalecimento do segmentoNove em cada dez brasileiros concordam, total ou parcialmente, que ter uma indústria forte deve ser prioridade para o país. A avaliação de 97% da população é que, para a economia do Brasil se expandir, as indústrias precisam crescer.Esse diagnóstico, presente na pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira”, foi divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira. A entidade ouviu 2002 pessoas no período de 5 a 8 de dezembro de 2020.— O Brasil precisa fortalecer o setor industrial, para que ele seja cada vez mais dinâmico e competitivo, ajudando a superar a mais grave crise sanitária, econômica e social que já vivenciamos — disse Andrade.Para 84% dos entrevistados, ter uma indústria fraca é ruim para a população do país. Além disso, 94% concordam que o Brasil precisa investir mais nas empresas do setor.Praticamente a totalidade dos brasileiros considera a indústria importante para o desenvolvimento econômico. Entre os entrevistados, 98% acreditam que a indústria é importante ou muito importante para a criação de empregos, 96% afirmam que é importante para o crescimento econômico, 95% para a melhoria do padrão de vida e 93% para a inovação.Ao serem perguntados se encorajariam seus filhos a buscarem uma carreira na indústria, oito em cada dez brasileiros responderam que sim. Em relação a 2014, quando 74% responderam positivamente à essa pergunta, houve uma melhora de seis pontos percentuais.Para 60% da população, os empregos na indústria são mais gratificantes, 55% avaliam que a indústria paga melhores salários do que nos demais segmentos da economia e 52% afirmam que os trabalhadores do setor são mais qualificados.De acordo com o presidente da CNI, o poder de alavancagem da indústria também é incomparável: cada R$ 1 produzido pelo setor resulta em um aumento de R$ 2,40 no Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país). Na agropecuária, o resultado é R$ 1,66.— Nossa indústria também paga os melhores salários. Trabalhadores industriais com ensino superior completo ganham 31,8% a mais do que a média nacional, contribuindo de forma expressiva para o aumento da renda per capita dos brasileiros — enfatizou.Comércio é apontado como melhor primeiro empregoApesar da percepção positiva sobre o emprego industrial, o comércio é considerado o setor preferido para iniciar uma carreira profissional por 22% da população. A indústria aparece em segundo lugar (com 16%), praticamente empatada com a administração pública (14%).A maioria dos brasileiros concorda, total ou parcialmente, que a indústria enfrenta custos elevados (85%) e que é prejudicada pela concorrência com produtos importados (79%). No entanto, 68% dos entrevistados acreditam que as empresas nacionais são capazes de concorrer com grupos de outros países e outros 66% afirmam que a indústria brasileira é moderna.Apesar da percepção positiva sobre o emprego industrial, o comércio é considerado o setor preferido para iniciar uma carreira profissional por 22% da população. A indústria aparece em segundo lugar (com 16%), praticamente empatada com a administração pública (14%).A maioria dos brasileiros concorda, total ou parcialmente, que a indústria enfrenta custos elevados (85%) e que é prejudicada pela concorrência com produtos importados (79%). No entanto, 68% dos entrevistados acreditam que as empresas nacionais são capazes de concorrer com grupos de outros países e outros 66% afirmam que a indústria brasileira é moderna.Quando indagados sobre quais os setores mais importantes para que a economia do Brasil cresça, 24% dos brasileiros citaram a indústria e 22% a agropecuária. Esses dois setores estão empatados tecnicamente, dentro da margem de erro da pesquisa. Em terceiro lugar, aparece o comércio, mencionado por 16% da população.Em pesquisa semelhante realizada em 2014, a indústria se encontrava isolada em primeiro lugar, citada por 33% da população como o setor mais importante para o crescimento da economia. Naquele ano, a agropecuária foi citada por 17% dos brasileiros. Entre 2014 e 2020, a indústria perdeu 9 pontos percentuais de citações, enquanto a agropecuária ganhou 5 pontos percentuais. Outro setor que ganhou participação foi o comércio, que passou de 10%, em 2014, para 16% em 2020.No Sul do país, a agropecuária aparece isolada em primeiro lugar como a atividade econômica mais importante para que a economia cresça, mencionada por 34% da população. Nesta região, a indústria é considerada a mais importante por 23%.Na região Sudeste, a indústria aparece isolada em primeiro lugar como o setor mais importante para o crescimento econômico, citada por 24% dos brasileiros. Em seguida, aparece a agropecuária, com 18% de citações. Nas regiões Norte/Centro-Oeste, a agropecuária e a indústria se encontram empatadas tecnicamente em primeiro lugar, dentro da margem de erro da pesquisa.<br/><b>O Globo</b>

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01- Indústria de alta tecnologia recua há 2 anos no País e é a que mais sofre na crise, aponta Iedi

Após uma queda de 3,3% em 2019, segmento recuou 3,4% no ano passado; resultado só não foi pior porque ramos de medicamentos e de eletroeletrônicos tiveram bom desempenhoO choque provocado pela pandemia do novo coronavírus provocou perdas mais fortes em 2020 nos ramos industriais mais intensivos em tecnologia, que fabricam itens como equipamentos de informática, eletroeletrônicos, farmacêuticos e aviões. O dado faz parte de um estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.A indústria de maior intensidade tecnológica, que investe mais em pesquisa e desenvolvimento, já vinha de perdas mesmo antes da crise sanitária. Depois de uma queda de 3,3% em 2019, o segmento teve uma retração de 3,4% na produção no ano passado."O resultado de 2020 só não foi pior porque tem ali o ramo de medicamentos, que não teve crise, e o de eletroeletrônicos, devido a um desdobramento da pandemia. As pessoas ficaram mais em casa e investiram nesse tipo de bem", disse Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, responsável pelo estudo.A indústria de alta tecnologia representa atualmente 5,2% de toda a produção da indústria de transformação brasileira. Em 2020, as fábricas enfrentaram desafios como medidas de isolamento social, escassez de peças e redução na demanda. "O que mais preocupa, na verdade, é a capacidade desses ramos de acompanhar a fronteira tecnológica que está se acelerando no resto do mundo", disse Cagnin.O economista do Iedi lembra que, além da crise sanitária sem precedentes, a indústria brasileira ainda enfrenta questões que atrapalham a competitividade, conhecidas como custo Brasil, entre elas a complexidade do sistema tributário."São algumas ilhas de excelência que a gente tem dentro da nossa estrutura industrial, ou seja, algumas empresas de alta tecnologia que estão muito bem inseridas no comércio internacional. Exemplo disso é a Embraer. Ela não só ajuda do ponto de vista da exportação, do comércio internacional, mas também da produção. É também o caso do setor farmacêutico, que vem acumulando competências industriais importantes", disse Cagnin.Dentro da indústria de alta tecnologia, a produção farmacêutica registrou avanço de 2,0% em 2020, após queda de 3,7% em 2019. Por outro lado, a indústria de aviação despencou 50,8% em 2020, depois de um tombo de 14,9% no ano anterior.A Embraer informou que entregou um total de 130 jatos no ano de 2020, o que representa uma redução de quase 35% em relação ao desempenho de 2019, quando 198 jatos foram entregues. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destacou que as entregas foram fortemente afetadas pela pandemia da covid-19, principalmente no segmento de aviação comercial.Ainda entre os ramos de alta intensidade tecnológica, a produção de material de escritório e informática encolheu 6,6% em 2020, após a alta de 1,3% em 2019, e o ramo de instrumentos médicos, de ótica e precisão caiu 9,5% no ano passado, depois de uma elevação de 2,1% no ano anterior.Beneficiado pela mudança nos padrões de consumo provocada pela pandemia de covid-19, o segmento de equipamentos de rádio, TV e comunicação teve expansão de 1,3% em 2020, ante uma queda de 1,7% em 2019. Segundo Cagnin, as famílias deixaram de gastar com serviços e direcionaram esses recursos poupados para a aquisição de eletroeletrônicos, tanto para trabalho remoto quanto para lazer, quando se viram forçadas a passar mais tempo em casa.Nos setores industriais de média-alta tecnologia, que têm encadeamento importante com outros ramos industriais, a produção caiu 12,6% em 2020, embora tenha subido 0,7% em 2019. No ano passado, a perda foi puxada pela menor fabricação de veículos (-28,1%), mas também houve recuos na produção de instrumentos de uso médico, odontológico e artigos óticos (-22,2%), máquinas e equipamentos (-4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,6%).“Como são segmentos relacionados à maior produtividade do trabalho, a perda de produção puxa para baixo a produtividade do setor industrial. Há uma perda de competitividade que acaba se refletindo na produtividade, com impacto negativo no desempenho da indústria como um todo, que já vinha com perda de relevância na composição do Produto Interno Bruto (PIB)”, opinou Claudia Perdigão, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).Por outro lado, no ano em que a economia teve um dos piores desempenhos da história, o segmento da indústria de transformação considerado de menor intensidade tecnológica, chamado de média-baixa tecnologia, conseguiu ficar praticamente estável no ano passado (-0,1%), graças à maior fabricação de alimentos e bebidas (3,6%) e combustíveis (4,4%), neutralizando as perdas nos ramos de vestuário e produtos de madeira e metal.No estudo, o Iedi usa os dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a classificação de intensidade tecnológica das atividades adotada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).A expectativa para os próximos meses é de uma nova onda de dificuldade em função do recrudescimento da pandemia. Sob impacto já do agravamento no número de mortos e infectados pela covid-19 no País, assim como pela retirada do pagamento do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, a confiança dos empresários industriais recuou em janeiro e fevereiro, interrompendo uma sequência de oito meses de melhora, apurou a FGV. “A expectativa é que o nível de confiança caia de novo em março, por conta dessas novas restrições de mobilidade. Os empresários estão mais pessimistas em relação ao futuro”, disse Claudia Perdigão.<br/><b>O Estado de S. Paulo</b>

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01- Embrapa: Brasil será maior exportador de grãos do mundo em cinco anos

Até 2050, expectativa é que produção brasileira de grãos poderá superar 500 milhões de toneladas; país é segundo maior exportador em ranking é liderado pelos Estados UnidosResponsável por produzir uma quantidade de alimentos que atende a 800 milhões de pessoas em todo o mundo, o Brasil deve continuar ampliando sua contribuição para o abastecimento mundial a ponto de se tornar, nos próximos cinco anos, o maior exportador de grãos do planeta, superando os Estados Unidos. A informação está em levantamento feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).De acordo com a Embrapa, em apenas dez anos a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões, tendo como destaque carne, soja, milho, algodão e produtos florestais.“Olhando os dados dos últimos 20 anos (2000 a 2020), a produção brasileira de grãos cresceu 210%, enquanto a mundial aumentou 60%. O Brasil é o quarto produtor mundial, mas o segundo exportador de grãos, basicamente de soja e milho”, disse o pesquisador científico e gerente de Inteligência da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, Elisio Contini.O maior exportador de grãos em 2020 foram os Estados Unidos, com 138 milhões de toneladas. O Brasil está em segundo lugar, com 122 milhões de toneladas. “Nos próximos cinco anos, o Brasil deverá superar os Estados Unidos em exportação. Com base nesse histórico e com os elevados preços internacionais dos produtos, a produção do Brasil deverá atingir 3% de crescimento mundial”, disse.“E até 2050 a produção brasileira de grãos poderá superar os 500 milhões de toneladas, sendo ainda mais importante para a segurança alimentar do mundo”, acrescentou.A afirmação tem por base o estudo “O Agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas”, divulgado recentemente pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, tendo como autores Elisio Contini e Adalberto Aragão.Contini lembra que a contribuição brasileira para a alimentação das pessoas é expressa de forma direta e indireta, uma vez que parte da produção de soja e milho tem como destino a alimentação de gado e, consequentemente, a produção de carnes e leite.“A produção de grãos, de 2011 a 2020, cresceu no Brasil 5,33% ao ano, enquanto a do mundo em 2,03% ao ano. Isto significa que o Brasil cresceu mais do que o dobro do mundo”, disse.Dessa forma, acrescenta o pesquisador, o Brasil tem uma “janela de oportunidades de negócios” por, pelo menos, 20 anos, que deve ser aproveitada. “Afinal, estamos nos tornando uma economia de recursos naturais”.A situação privilegiada do país se deve, entre outros fatores, à grande quantidade de terras aráveis que se encontram no país. “Parte dos 160 milhões de hectares de pastagens pode ser convertida para a produção de grãos, tem regime de chuvas regulares como nos cerrados, líderes mundiais em tecnologia tropical e agricultores competentes”, argumentou, ao lembrar que as terras disponíveis para agricultura em outros países, como os Estados Unidos, estão praticamente esgotadas.Além disso, acrescenta ele, já há algumas tecnologias com potencial de aumentar ainda mais a produção nacional, como sementes melhoradas, insumos eficientes, maquinaria da melhor qualidade no mundo e sistemas de produção eficientes como o plantio direto, integração lavoura-pecuária.“Falta-nos melhoria na infraestrutura e marketing dos nossos produtos. A solução para a questão ambiental é vital para as nossas exportações”, complementa.<br/><b>Canal Rural</b>

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01- Equilíbrio fiscal é fundamental para o Brasil voltar a crescer

Aprovação da PEC Emergencial e consequente controle de gastos públicos em todas as esferas de governo são pilares para o país superar da crise econômica, retomar o crescimento e gerar empregoNum cenário de retração de 4,1% do PIB e elevado nível de desemprego, medidas que sinalizam ao mercado o esforço do país em controlar os gastos públicos são essenciais para o Brasil atrair investimentos e retomar a trajetória de crescimento econômico.É nesse contexto que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera positiva a aprovação da PEC 186/2019 – PEC Emergencial – com foco no reequilíbrio fiscal e no controle do crescimento das despesas obrigatórias da União, estados e municípios, em todos os Poderes.“A prorrogação do auxilio emergencial é muito importante, mas é fundamental também que se aponte para a recuperação do equilíbrio fiscal a médio e longo prazos. O controle das despesas e a contenção do endividamento público são requisitos fundamentais para a confiança dos investidores e para o crescimento econômico sem inflação. A racionalização dos gastos públicos deve ser feita de maneira criteriosa, mas firme”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.Para ele, apesar da série de medidas adotadas num passado recente para promover o equilíbrio fiscal, como a criação do teto de gastos e a reforma da Previdência, ainda é necessário um esforço adicional para evitar o descontrole nas contas públicas.O crescimento das despesas obrigatórias em detrimento das discricionárias impacta negativamente na queda do investimento público, necessário para o país superar a crise econômica e retomar a trajetória de crescimento. PEC é positiva, mas redução geral de benefícios tributários prejudicará inovaçãoApesar de representar um importante avanço para o país na busca pelo equilíbrio fiscal, a redução dos benefícios tributários de maneira genérica prevista na PEC é negativa para o setor produtivo. Um olhar para o cenário global é salutar para entender que os incentivos tributários brasileiros estão abaixo da média observada na América Latina (4% do PIB) e em alguns países desenvolvidos, como EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália. “Diante desse quadro, a CNI defende a busca por soluções que permitam a manutenção de tais mecanismos de melhoria da competitividade da indústria nacional, principalmente aqueles voltados à inovação e tecnologia, por meio da Lei do Bem e da Lei de Informática”, diz Andrade.Da mesma forma, a CNI defende a ampliação do prazo para a redução dos incentivos tributários, de oito para 16 anos. Uma alteração abrupta vai impactar negativamente em decisões de investimento de longo prazo, prejudicando o desenvolvimento e a geração de empregos.Por último, o setor produtivo é contra uma nova prorrogação do prazo de pagamento dos precatórios, a quinta em quatro anos. Na avaliação da CNI, esta nova postergação reforça a insegurança e imprevisibilidade da restituição de créditos da Fazenda Pública, o que não é saudável para a imagem do país para os investidores.<br/><b>Agência de Notícias CNI</b>

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01- Governo eleva projeção para a safra recorde de grãos para 272,3 milhões de toneladas

Apesar de problemas climáticos e atraso nas lavouras, estimativa aumentou em 4 milhões de toneladas em relação a fevereiro. Volume é 6% maior do que a colheita passada.O governo elevou em 4 milhões de toneladas a estimativa para a produção de grãos na safra 2020/21 nesta quinta-feira (11), em relação à projeção de fevereiro, para 272,3 milhões de toneladas, apesar das chuvas que atrasam os trabalhos nas lavouras.Boa rentabilidade das lavouras e demanda mundial aquecida por programas de estímulos econômicos contra efeitos da pandemia são alguns dos fatores que explicam essa alta, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).A estatal é responsável por gerir políticas agrícolas e garantir o abastecimento de alimentos à população brasileira.Em relação à safra de 2019/20, o volume esperado para essa temporada é 6% maior (+15,4 milhões de toneladas).O avanço na projeção para esta safra foi puxada, principalmente, pelo aumento da expectativa da colheita do milho 2ª safra, para 82,8 milhões de toneladas, um volume recorde.O gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Maurício Lopes, explica que essa alta se deve a uma expansão da área plantada em relação à safra passada, de 14,7 milhões de hectares."[O aumento de área plantada é] muito impulsionado pela boa rentabilidade que as lavouras vêm apresentando, apesar de ainda ser uma safra cheia de variáveis, principalmente com relação à atraso no plantio", diz Lopes.No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, a estatal prevê crescimento de 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares e produção de 135,1 milhões de toneladas.Demanda por alimentos em alta no mundoO aumento da projeção de safra de grãos também se explica pelo fato de a demanda por alimentos continua alta, explica o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen."Isso é fruto das medidas de proteção social que estão sendo implementadas mundo afora. […] Ontem (dia 10), nós tivemos nos EUA a aprovação de um programa bastante arrojado de apoio, isso gera consumo. Nós estamos tendo na Europa, na Ásia, programas de segurança alimentar. Até mesmo na África, a gente tem notícias", disse Zen.O plano de estímulo à economia aprovado nos EUA é de US$ 1,9 trilhão. O pacote deve aliviar as finanças das famílias e empresas afetadas pela pandemia do coronavírus.Feijão e arrozA estatal aumentou em 1,6% a expectativa de produção para as três safras do feijão, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primeira está em fase final de colheita, já a segunda, em fase final de plantio. A terceira começa o plantio a partir da segunda quinzena de abril.Já para o arroz, há uma redução de 1,9% na produção frente à safra anterior, com uma produção prevista de 11 milhões de toneladas. Pouco mais de 10 milhões de toneladas são colhidas em cultivo irrigado e 900 mil em sequeiro.O algodão segue na mesma linha, com redução de 14,5% na área cultivada e produção de 6,16 milhões de toneladas de algodão caroço, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas de pluma. Para o amendoim, em melhor situação, o crescimento é de 2,7% na área total e produção estimada em 575 mil toneladas, 3,1% acima da obtida em 2019/20.<br/><b>G1</b>

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01- Confiança da indústria cai fortemente em março, aponta CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial registrou queda de 5,1 pontos na comparação com fevereiro. É a terceira maior queda mensal da série históricaO Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o empresário está confiante. No entanto, o indicador recuou 5,1 pontos em março em relação a fevereiro desde ano, quando caiu de 59,5 pontos para 54,4 pontos. O índice está acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança.De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, essa é a terceira maior queda mensal da série, inferior somente as registradas em junho de 2018, logo após a paralisação dos caminhoneiros, e em abril de 2020, devido à pandemia. “Quando olhamos o índice, ele mostra confiança do empresário. Esse valor de 54,4 pontos está, inclusive, acima da média histórica do ICEI. Mas a queda expressiva na passagem de fevereiro para março nos faz um alerta. A confiança existe, mas já foi maior e está caindo rapidamente. Mostra que os empresários estão percebendo uma piora nas condições atuais dos seus negócios e nas perspectivas futuras da economia”, explica o economista.<br/><b>Agência CNI de Notícias</b>

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01- Produtividade na indústria cai em 2020 com crise do coronavírus

As perspectivas para a produtividade neste ano são melhores, em razão do início da vacinação da população, mas as incertezas permanecem elevadasA pesquisa Produtividade na indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira recuou 0,6% em 2020 em comparação com 2019.Esse indicador representa o volume produzido pelas fábricas dividido pelas horas trabalhadas na produção. A pesquisa mostra que houve queda de 4,6% do volume de bens produzidos, acompanhada de redução de 4,1% das horas trabalhadas.De acordo com a economista da CNI, Samantha Cunha, é importante entender que essa queda é conjuntural, provocada pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia.Ela reflete mudanças no ritmo de produção pelas empresas e de esforço dos trabalhadores, para fazer frente à queda da demanda. Para 2021, as perspectivas são melhores, em razão do início da vacinação da população, mas as incertezas permanecem elevadas.“Não é um movimento estrutural, durador, mas a consequência de fatores atípicos que impactaram fortemente a produtividade ao longo do ano. No primeiro semestre, tivemos queda de 7,1%. Tivemos uma forte recuperação no terceiro trimestre, mas, na média anual, o indicador recuou”, explica a economista.Produtividade do trabalho caiu pela primeira vez em seis anosA produtividade do trabalho não apresentava queda desde 2014 quando recuou 0,3%. No último trimestre de 2020, a produtividade do trabalho ficou praticamente estagnada (0,4%), o que reflete alta de 7,1% do volume produzido, acompanhada de aumento de 6,8% das horas trabalhadas.No entanto, vale ressaltar que, antes de 2020, já se observava a desaceleração da produtividade na indústria, diante da retomada lenta do investimento após a recessão de 2015- 2016.Segundo Samantha Cunha, a produtividade importa, pois é o principal fator para o crescimento sustentado no longo prazo e aumento do padrão de vida da população.“Os ganhos de produtividade se tornam ainda mais importantes, devido às transformações demográficas pelas quais estamos passando, com aumento da proporção dos mais idosos e redução da população em idade ativa”, afirma.<br/><b>Agência CNI de Notícias</b>

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