01 – Agilidade no exame PCR auxilia indústrias na retomada das atividades

Para a retomada segura das atividades, as indústrias do Paraná têm investido na testagem em massa dos colaboradores. Desde o ano passado, esse serviço é ofertado pelo Sistema Fiep, utilizando a infraestrutura do Laboratório de Diagnóstico Molecular do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), que integra a rede Senai Biomol. A rede reúne nove laboratórios de biologia molecular de oito estados, que foram criados ou ampliados para acelerar os testes de diagnóstico RT-PCR e contribuir no enfrentamento à pandemia. Juntos, os laboratórios conseguem realizar 4.000 diagnósticos por dia e podem expandir a capacidade para 9.160 testes diários, de acordo com a demanda.Com os testes, as indústrias podem dar continuidade à produção, garantindo a segurança e a saúde das equipes. “No laboratório do ISI-EQ, conseguimos processar 450 amostras por dia, podendo expandir rapidamente para 1.000 testes por dia, sob demanda. Entendemos que esse serviço é fundamental para evitar o afastamento dos trabalhadores e a contaminação dos produtos, como no caso das indústrias de alimentos”, destaca Paulo Marangoni, gestor de Tecnologia e Inovação do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI), no Campus da Indústria, em Curitiba.O processo de testagem é conduzido pelo Sistema Fiep por meio do Sesi no Paraná, com atendimentos in company ou por agendamento direto nas unidades da Cidade Industrial de Curitiba e de São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital. A iniciativa tem feito a diferença para empresas de todos os portes, como a IBBS, que fabrica rótulos e etiquetas. Localizada em Curitiba, a indústria já realizou três testagens nos vinte trabalhadores. “O processo tem sido bem ágil, e o maior facilitador é poder ser atendido direto na empresa, sem ter que expor o funcionário à aglomeração em outros locais. Temos agilidade nos resultados e sentimos retorno de bem-estar nos colaboradores”, conta Katia Maria Lima, diretora financeira da IBBS.Agilidade e segurançaLaboratório próprio, tecnologia de ponta e atendimento personalizado. A combinação dos serviços disponibilizados pelo Sistema Fiep no enfrentamento à covid-19 tem contribuído para agilizar as testagens de acordo com as necessidades das indústrias paranaenses. A coordenadora de Segurança e Saúde do Sesi no Paraná, Juliana Cipriani Presiazniuk, destaca que o grande diferencial é a possibilidade de realizar todo o processo com agilidade e segurança. “Fazemos tudo ‘dentro de casa’, desde a abordagem junto aos clientes até a disponibilização de um portal personalizado para acesso aos laudos. Atendemos grandes indústrias de forma massificada e promovemos ajustes e melhorias periodicamente nos nossos processos”, diz. Outro ponto importante para as indústrias em período de retomada é que os valores para quem contrata o serviço via Sistema Fiep são menores do que aqueles praticados no mercado.Mesmo quem está longe da capital do estado pode contratar a testagem – a equipe do Sesi no Paraná está sempre em busca de soluções para ampliar o atendimento. “Atualmente, os testes são feitos nas unidades CIC e São José dos Pinhais porque as amostras exigem conservação controlada (refrigerada entre 2ºC e 8ºC), mas se uma grande empresa precisar testar em massa, o Sesi poderá ajudar em outras localidades”, completa Juliana.Investimentos em tecnologia laboratorialCiente da importância dos testes como um dos caminhos para a manutenção da produtividade no Paraná, em 2020 o Sistema Fiep participou do processo de habilitação para fazer parte da Rede Senai Biomol. Com recursos do BNDES, o ISI-EQ adquiriu equipamentos e realizou investimentos em estrutura para o Laboratório de Diagnóstico Molecular (LDM), localizado no Campus da Indústria. O gestor Paulo Marangoni conta que “os recursos foram aplicados para a incorporação de dois robôs de extração de material genético e preparo de reações, permitindo que a indústria, seus colaboradores e dependentes sejam atendidos de forma ágil e com qualidade. Existe, ainda, a possibilidade de atender hospitais/clínicas privadas e públicas, ampliando nossa contribuição para a sociedade”.As indústrias paranaenses que tiverem interesse na contratação das testagens em massa ofertadas pelo Sistema Fiep devem acessar a página oficial do Sesi no Paraná, onde estão todas as informações.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Governo vê alta em índice de correção e valor do salário mínimo pode subir mais em 2022

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia informou nesta terça-feira (18) que elevou de 4,27% para 5,05% a estimativa de inflação de 2021 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).O INPC é o índice usado pelo governo para a correção anual do salário mínimo. Se esse aumento se confirmar e não houver mudança no cálculo, o reajuste do mínimo de 2022 também será maior.Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100. Em abril, o governo divulgou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 em que prevê alta de 4,27% para o INPC neste ano, o que levaria a uma correção do mínimo para R$ 1.147 no ano que vem.Entretanto, se a nova previsão do governo, de alta de 5,05% no INPC neste ano, se confirmar, o salário mínimo subiria para R$ 1.155,55 em 2022.Abaixo da inflaçãoDe acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).A Constituição determina que o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior.Em 2021, porém, o salário mínimo de R$ 1.100 não repôs a inflação do ano passado. A correção aplicada pelo governo foi de 5,26%, mas a inflação medida pelo INPC somou 5,45% no ano passado. Para que não houvesse perda de poder de compra, o valor do salário mínimo deveria ter sido reajustado para R$ 1.101,95 neste ano.O valor para o salário mínimo de 2022 pode sofrer novas alterações no decorrer deste ano, com base nas projeções de inflação para o ano de 2021 (utilizadas como parâmetro para correção).Sem aumento realNo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado pelo governo ao Congresso este ano, está prevista a correção do salário mínimo apenas pela inflação em 2022, com base na estimativa do INPC deste ano.Se isso for cumprido, não haverá "ganho real", ou seja, o poder de compra de quem recebe salário mínimo permanecerá inalterado. Esse formato já foi adotado em 2020 e 2021.Com isso, o governo mudou a política de aumentos reais (acima da inflação) que foi proposta pela presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso.A política de reajustes pela inflação e variação do Produto Interno Bruto (PIB) vigorou de 2011 a 2019, mas nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação.Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base na inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) teve retração. Por isso, para cumprir a fórmula proposta, somente a inflação serviu de base para o aumento.Impacto nas contas públicasAo conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo.De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa em 2020 de aproximadamente R$ 355 milhões.Assim, um reajuste R$ 8,55 maior para o salário mínimo em 2022 representaria uma queda de cerca de R$ 3 bilhões nas despesas criadas para o governo federal.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Lucro de empresas de capital aberto sobe 245% para o primeiro trimestre em 2021

As empresas não financeiras de capital aberto na bolsa de valores de São Paulo, a B3, acumulam lucro de R$ 33,2 bilhões no primeiro trimestre de 2021, resultado 245,7% maior que o primeiro trimestre do ano passado. O número foi apurado por levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.Os dados excluem o lucro recorde da mineradora Vale neste trimestre, que sozinha acumulou lucro líquido de R$ 30,5 bilhões. Foram retiradas também a Petrobras e a Suzano, que tiveram prejuízos consideráveis em 2020, para evitar grandes distorções no comparativo.Separadas em setores, as empresas de energia elétrica foram destaque em lucratividade. As 32 empresas do setor acumulam R$ 11,7 bilhões em lucro líquido, cerca de 35% do total. Em seguida, vêm os setores de Siderurgia e Metalurgia (R$ 8,4 bilhões), Alimentos e Bebidas (R$ 5,7 bilhões) e Química (R$ 2,9 bilhões).Incluindo os bancos, seguradoras e as três empresas retiradas pela Economatica do levantamento, o lucro das empresas listadas chega a R$ 90,2 bilhões. Lucros e prejuízosAo fim da temporada de resultados do primeiro trimestre, a Economatica destaca também as empresas com maiores lucros do período e as que tiveram os maiores prejuízos.A Vale lidera com folga. Nas cinco posições seguintes, há quatro bancos e a siderúrgica CSN. O Bradesco acumulou R$ 6,1 bilhões, o Itaú Unibanco, R$ 5,4 bilhões. A CSN teve lucro de R$ 5,2 bilhões. O Banco do Brasil soma R$ 4,2 bilhões e o Santander, R$ 2,8 bilhões.Além disso, a consultoria registra que a receita líquida das empresas no primeiro trimestre de 2021 é de R$ 551,1 bilhões, valor superior ao de 2020 em 22,3%."O lucro Ebit, que é o obtido antes dos encargos financeiros das empresas (juros e variação cambial) no 1º trimestre de 2021 é de R$ 81,5 bilhões, valor 101,5% superior ao de 2020", diz nota da Economatica. "No 1º trimestre de 2021 o resultado financeiro é de R$ -30,5 bilhões, valor -48,4% inferior ao de 2021. A diminuição do resultado financeiro auxilia no resultado antes de imposto de renda e portanto turbina o lucro líquido das empresas não financeiras."Dentre os prejuízos, destaca-se a Oi. A empresa teve novo déficit de R$ 3,5 bilhões no período e lidera a lista negativa. Em seguida, vêm os prejuízos da Azul (R$ 2,78 bilhões), Suzano (R$ 2,75 bilhões), Gol (R$ 2,5 bilhões) e Embraer (R$ 490 milhões).<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Sudeste perde participação na produção da indústria nacional em uma década, diz CNI

A região Sudeste perdeu participação na produção industrial do Brasil em uma década, mostra um levantamento divulgado nesta segunda-feira (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).Segundo o levantamento, a soma das produções dos Estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo recuou 7,66 pontos percentuais entre o biênio de 2007-2008 e o biênio 2017-2018.No período analisado, o ganho mais acentuado foi observado na região Sul (alta de 2,46 pontos percentuais e Nordeste (2,06 pontos percentuais). Norte e Centro-Oeste tiveram ganhos de 1,66 ponto percentual e 1,48 ponto percentual, respectivamente.Mesmo com a retração observada no período analisado pelo levantamento, a região Sudeste segue como a maior participação da produção nacional: no biênio 2017-2018, ela foi de 53,97%."Essa diversificação regional é um movimento positivo, porque observamos o desenvolvimento econômico de outros estados. A indústria usualmente paga os melhores salários e fermenta indústrias menores dentro da mesma cadeia produtiva e alavanca os outros setores, como o de serviços", diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.A perda de participação do Sudeste na indústria total foi puxada por Rio de Janeiro (queda de 4,44 pontos percentuais) e São Paulo (redução de 2,88 pontos percentuais).Dinâmicas estaduaisEm São Paulo, houve queda na participação de 20 dos 24 setores da indústria de transformação no período analisado pela pesquisa. As maiores perdas na produção paulista se deram nos setores de celulose e papel, produtos de metal, vestuário e acessórios e máquinas e materiais elétricos.Na indústria extrativa, a trajetória de São Paulo foi diferente. O estado viu a sua participação no setor crescer de 1% para 7,7% do biênio de 2007-2008 para o biênio de 2017-2018.Outros destaques estaduais apurados pela pesquisa são:Santa Catarina ultrapassou São Paulo e se tornou o maior estado produtor de vestuário e acessórios;Bahia foi o que mais ganhou importância na produção da indústria de transformação. A participação do estado subiu de 2,6% para 4,05% no período;Pernambuco foi o segundo estado que mais ganhou importância na produção industrial. A alta foi de 1,3 ponto percentual;Mato Grosso do Sul subiu da 14ª para a 3ª colocação no ranking nacional de maiores estados produtores do setor de celulose e papel;Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional (+1,5 ponto percentual), em razão do aumento do valor adicionado de sua indústria extrativa.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – 45% já esconderam de pessoas próximas que estavam desempregados, diz pesquisa

Levantamento do LinkedIn mostra que 45% dos entrevistados já esconderam o fato de estarem sem trabalho de alguma pessoa próxima. Deste total, 55% dizem que mentiram por vergonha e 27% por acreditar que isso diminuiria as suas chances de conseguir um novo emprego.Apesar deste cenário, 7 em cada 10 concordam que, como consequência dos desafios que a pandemia trouxe para o mercado de trabalho, há menos estigma negativo associado ao desemprego atualmente.O estudo, realizado com 2 mil profissionais desempregados no Brasil entre outubro e novembro de 2020, mostra ainda que 49% se sentem em desvantagem em relação a outros candidatos na hora de aplicarem para uma vaga.“Temos uma forte cultura no Brasil em que o desemprego é, muitas vezes, considerado como uma consequência do desempenho do profissional e não devido à falta de oportunidades do mercado. Por isso, muitos tendem a esconder este fato com receio de não conseguirem se recolocar. O levantamento nos surpreendeu e mostrou a necessidade de mudar este viés inconsciente tanto do ponto de vista do profissional, quanto das empresas. Em outros países, como França e Reino Unido, não ter um trabalho fixo é encarado com mais naturalidade”, afirma Ana Claudia Plihal, Executiva de Soluções de Talentos para o LinkedIn.Quando perguntados sobre sua situação atual de busca de emprego, 36% dos entrevistados afirmam estarem estressados e preocupados por não encontrar algo novo, 30% estão confusos por não terem retorno das empresas e 17% dizem se sentirem derrotados por terem sido rejeitados nestes processos.Além disso, quase metade (48%) do total já deixou de se candidatar em até 5 oportunidades de emprego que desejavam porque sentiram que não tinham as habilidades necessárias.Durante este período de desemprego, 41% afirmaram terem feito cursos gratuitos para aumentarem seus conhecimentos, 38% disseram estar trabalhando informalmente e 29% passaram a um formato de freelancer ou emprego temporário como alternativa de renda.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Trabalhadores poderão ter direito a correção maior do FGTS a partir de 1999; entenda

O trabalhador que teve carteira assinada a partir de 1999 poderá ter direito a uma correção maior nos recursos depositados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).O Supremo Tribunal Federal (STF) deve se reunir para decidir sobre uma ação do partido Solidariedade que questiona o uso da Taxa Referencial (TR) para corrigir esse dinheiro – e, a depender da decisão, o trabalhador pode ter direito a ver o valor depositado no FGTS crescer. Em princípio, o julgamento estava marcado para o dia 13 de maio, mas foi retirado da programação do tribunal e ainda não foi definida uma nova data.A TR é usada desde 1999 para a correção do Fundo de Garantia e atualmente está em zero. Além da TR, o FGTS tem reajuste de 3% ao ano. A ação direta de inconstitucionalidade, de 2014, argumenta que a TR não pode ser utilizada para atualização monetária por não acompanhar os índices de inflação, o que traz desvantagem para os trabalhadores.Na ação, o partido afirma que, a partir do segundo trimestre de 1999, a TR passou a ser muito inferior ao IPCA, índice que mede a inflação oficial do país, ficando igual ou próxima de zero. E cita estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que mostra perda 48,3% nas contas do FGTS em relação à inflação entre 1999 e 2013.A ação aponta que nem mesmo com os 3% anuais sobre o FGTS foi possível repor as perdas inflacionárias – a partir de 2012, mesmo com esses juros, a correção das contas vinculadas foi inferior à inflação acumulada.A decisão do STF envolve os seguintes temas:Índice de correção dos valores depositados nas contas vinculadas do FGTS dos trabalhadores: pode decidir pela continuação da TR mais os 3% de correção ou mudar para o IPCA ou INPC mais os 3% de correção ao ano.Quem será beneficiado se houver mudança no índice de reajuste: trabalhadores com carteira assinada entre 1999 e 2013, que é o período citado na ação; de 1999 em diante; ou depósitos feitos a partir da data da decisão do STF – nos três cenários, são incluídas tanto as contas ativas quanto inativas do FGTS.Ação na Justiça: a decisão poderá acolher todos os trabalhadores, independente se entrarem ou não com ação na Justiça, ou somente quem entrou com ação até o dia do julgamento.Saques: se a mudança no reajuste será para quem sacou ou não os valores do FGTS;Período de correção: se a correção poderá ser referente apenas aos últimos cinco ou 30 anos de depósito do FGTS.Opinião de advogadosMurilo Aith, advogado e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, acha importante o trabalhador ingressar com ação antes do julgamento do STF. Isso porque o Supremo poderá modular os efeitos da decisão para quem estiver com sua ação em andamento até o julgamento.Mesma opinião tem o advogado Renato Falchet Garacho. “É prudente o trabalhador entrar com ação antes do julgamento, pois o risco de o STF barrar novas ações é grande”, afirma.Para a advogada Michelle Pimenta Dezidério, especialista em Direito do Trabalho de Chediak Advogados, a alteração do índice de correção monetária sobre os valores depositados nas contas vinculadas ao FGTS pode afetar todos os trabalhadores.“Se o STF entender que a forma de correção pode ser alterada de forma retroativa, ou seja, atingir os valores que já foram depositados, tanto os empregados que já ingressaram com ações judiciais quanto aqueles que não ingressaram serão beneficiados”, opina.Michelle pondera que seria inconstitucional a mudança no reajuste atingir apenas quem já ingressou com ação judicial, “já que, havendo a alteração do índice de correção, todos aqueles que possuem valores depositados nas contas vinculadas ao FGTS teriam direito à revisão”.Segundo ela, dependendo da decisão, haverá uma corrida para o ingresso de ações para o recebimento de eventuais diferenças, até mesmo por aqueles que já sacaram os valores levantados.Ações individuais ou coletivas?Os trabalhadores que optarem por ir à Justiça podem ingressar com ações individuais ou coletivas. Para Michelle, as ações individuais acabam tendo o trâmite mais rápido, por isso, a orientação dela é cada trabalhador buscar o advogado de sua confiança.“É possível ainda que o sindicato ingresse com ações coletivas para garantir o direito de todos os empregados a ele vinculados. Tanto a ação individual como a ação coletiva garantirão os mesmos resultados ao empregado”, diz.Nesse caso, o trabalhador deve procurar o sindicato de sua categoria e verificar se já não existe uma ação na Justiça pedindo a mudança de correção do FGTS.Segundo Michelle, a necessidade ou não de advogado para representar o empregado depende do valor a ser requerido. Se o valor que se pretende receber não ultrapassar 60 salários mínimos, o empregado pode buscar o Juizado Especial Federal para ingressar com a ação judicial.“No entanto, é sempre recomendado que se busque o profissional apto para auxiliar o empregado a ingressar com a ação judicial, uma vez que, havendo necessidade de interposição de recurso no decorrer do processo, será obrigatória a representação por advogado”, ressalta.Murilo Aith concorda com Michelle. “Pode entrar com ação na primeira instância do Juizado Especial Federal, mas, indo para segunda instância, obrigatoriamente terá de ter advogado, ou seja, é melhor ter o apoio profissional desde o início”.Aith também sugere sempre ações individuais por serem menos complexas de serem conduzidas e por haver a discussão individual de valores. “Cada caso discute um valor. Vira uma confusão processual se em um único processo discutir os valores de todos os envolvidos”, explica.Garacho observa que as ações coletivas, salvo raras exceções, misturam muito os cálculos e, para este caso, é basicamente fazer a conta certa.“O grande problema é que a pessoa precisa contratar ao menos algum especialista em cálculo para saber melhor o valor da causa, por isso um advogado especialista no tema é recomendado, embora não seja obrigatório”, afirma.Como entrar com açãoMurilo Aith diz que, para ingressar com a ação os documentos necessários são os seguintes:RG/CPF ou CNH;Comprovante de residência;Carteira de Trabalho;Extrato analítico do FGTS de 1999 a 2013 (disponível no site www.caixa.gov.br/extrato-fgts); eCarta de Concessão da Aposentadoria (apenas para quem é aposentado).Segundo Aith, o cálculo da Revisão do FGTS é simples. Basta verificar no extrato analítico os créditos do Juros de Atualização Monetária (JAM) que é feito trimestralmente e substituir a correção do índice, que é a TR, por outro índice mais vantajoso (INPC, IPCA ou IPCA-E). Esse crédito JAM é feito sobre os depósitos de FGTS de forma acumulada.SimulaçõesAith afirma que as diferenças nos valores do FGTS levando em conta a correção pela TR e pelo IPCA e INPC chegam a 80%. Veja exemplos trazidos pelo advogado:Saldo da conta do FGTS no valor de R$ 112.010,38 corrigido pela TR: se aplicado o IPCA, o valor teria um acréscimo de R$ 92.751,41 (aumento de 80,48%)Saldo da conta do FGTS de R$ 199.461,84 corrigido pela TR: se aplicado o IPCA-E, o valor teria um acréscimo de R$ 100.001,91 (aumento de 50,13%)Saldo da conta do FGTS de R$ 301.497,75 corrigido pela TR: se aplicado o INPC, teria um acréscimo de R$ 234.115,90 (aumento de 77,65%)Decisões anterioresO Supremo Tribunal Federal já decidiu pela substituição da TR em julgamentos anteriores –a mais recente, no final de 2020. O STF determinou que é inconstitucional a aplicação da TR para a correção monetária de débitos trabalhistas e de depósitos recursais no âmbito da Justiça do Trabalho.Até que o Poder Legislativo delibere sobre a questão, devem ser aplicados o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), na fase pré-judicial, e, a partir da citação, a taxa Selic, para as condenações cíveis em geral.Em 2019, o STF determinou que o poder público deve corrigir dívidas antigas de precatórios pela inflação, e não pela Taxa Referencial (TR). Precatórios são títulos de dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça. Quando alguém ganha um processo na Justiça contra um ente público e tem valores a receber, recebe um precatório e entra na fila do pagamento.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Conselho autoriza uso do FGTS no pagamento da casa própria por meio do Sistema Imobiliário

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço autorizou nesta quarta-feira (11) o uso do saldo do FGTS no pagamento de prestações da casa própria por meio de financiamentos no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).Pela regra atual, o uso do saldo só é permitido no pagamento de parcelas de empréstimos no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), cujos juros são limitados a 12% ao ano. No caso do SFI, não há limite de juros (leia detalhes mais abaixo).Pela decisão do conselho:a mudança começa a valer a partir de agosto;os recursos só podem ser usados no pagamento do primeiro imóvel;o imóvel deve ter valor de até R$ 1,5 milhão;o trabalhador deve ter conta no FGTS há mais de três anos;o trabalhador com empréstimo no SFI terá duas opções: usar o saldo da conta do FGTS para reduzir o saldo devedor ou abater até 80% da prestação em 12 meses prorrogáveis ao fim de cada período.Diferenças entre os sistemasPela regra atual, os trabalhadores só podem usar o dinheiro do FGTS em empréstimos imobiliários no Sistema Financeiro da Habitação. Os juros são limitados a 12% ao ano, e o SFH é parcialmente custeado com recursos da caderneta de poupança.O Sistema Financeiro Imobiliário não tem limite de juros, e os empréstimos são concedidos principalmente por bancos comerciais e de investimento.Portabilidade entre bancosTambém nesta terça-feira, o Conselho Curador do FGTS facilitou a portabilidade de empréstimos com uso do dinheiro do FGTS. Assim, o trabalhador pode migrar o financiamento de um banco para outro em busca de juros mais baixos.Se o comprador ganha um desconto no valor do imóvel para baratear a mensalidade, o banco que recebe o financiamento precisará incluir o valor no saldo devedor. A quantia equivalente ao desconto será devolvida ao FGTS.Além disso, o conselho determinou que após a migração os juros do novo financiamento não podem ser inferiores a 6% ao ano. A taxa corresponde ao rendimento atual do FGTS, para evitar que o fundo tenha prejuízos.Atualmente,, os empréstimos com recursos do FGTS cobram taxa máxima de 8,16%, considerando a margem do banco. Com as novas regras definidas pelo conselho, os mutuários precisarão fazer as contas para saber se a portabilidade será vantajosa.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Produção industrial tem queda em 9 das 15 regiões pesquisadas em março, aponta IBGE

A produção industrial registrou queda, na passagem de fevereiro para março, em 9 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram dados divulgados nesta terça-feira (11).“É um impacto direto da pandemia na atividade industrial”, aponta em nota o gerente da pesquisa Bernardo Almeida.No resultado geral do país, a produção da indústria recuou 2,4% em março, na segunda queda mensal consecutiva após nove altas.Principais quedasA queda mais acentuada foi registrada no Ceará, de 15,5% – a mais intensa desde abril de 2020, quando havia recuado 35,2%. Na Bahia, o recuo foi de 6,2%, na terceira queda consecutiva, puxada pelos setores de couros, artigos para viagens, calçados e bebidas, segundo o IBGE.Já na indústria do Rio Grande do Sul, o setor de veículos e o setor outros produtos químicos tiveram os maiores impactos negativos, levando o estado à segunda queda consecutiva, com perda acumulada de 9,2%. Também é a queda mais intensa desde abril de 2020 (21,4%).Principais altasNo lado positivo, o Amazonas teve o maior avanço (7,8%) e a maior influência de alta, após três meses com resultados negativos e 16,6% de perda acumulada – graças ao setor de outros equipamentos de transportes e às indústrias de bebidas.Em São Paulo, a indústria cresceu 0,6% na passagem de fevereiro para março, puxada pelos setores de derivados de petróleo e veículos. Foi o menor crescimento entre os locais com resultados positivos, mas a segunda maior influência de alta, devido ao tamanho e a importância das indústrias paulistas na economia nacional.As demais altas foram registradas no Pará (2,1%), Goiás (1,6%), Espírito Santo (1,5%) e Minas Gerais (1,7%).Março contra marçoNa comparação com o mês de março de 2020, a indústria mostrou dados mais animadores: houve alta em 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (36,5%), Amazonas (22,5%) e Rio Grande do Sul (21%).São Paulo (16,0%), Minas Gerais (12,5%) e Paraná (12,3%) também registraram resultados positivos maiores do que a média da indústria nacional (10,5%). Houve altas também no Ceará (9,9%), Pará (8,1%), Pernambuco (7,0%) e Goiás (0,4%).A Bahia mais uma vez foi destaque negativo, com recuo de 18,3%. Rio de Janeiro (-4,8%), Região Nordeste (-2,7%), Mato Grosso (-1,7%) e Espírito Santo (-1,4%) foram as demais locais quedas nessa comparação.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – O que aprendi com a crise: humanização do atendimento

A pandemia do coronavírus acelerou a digitalização das pequenas empresas. Quem não vendia on-line precisou correr para mudar seu negócio e sobreviver. Muitos que já tinham operações digitais tiveram que reestruturar sua forma de atuar para chegar mais perto dos clientes.O G1 ouviu os donos de 4 negócios que contaram suas trajetórias neste último ano.Entre as principais lições, estão:Humanizar o negócio para ficar mais perto do cliente, mesmo que de forma on-line;Treinar funcionários para vender pelo WhatsApp;Aumentar o número de clientes no Instagram;Trabalhar o conceito da marca e não só o produto ou serviço, criando conteúdo, independentemente das vendas;Produzir eventos on-line.O que aprendi com a crise: esta semana, o G1 publica uma série de reportagens sobre as lições aprendidas pelos pequenos empresários durante a crise – e os ensinamentos que podem ser aproveitados por outros empreendedores.Segunda-feira (10/5): humanização do atendimentoTerça-feira (11/5): transformar conhecimento em produtoQuarta-feira (12/5): mudança de atuação e estrutura enxutaQuinta-feira (13/5): fortalecimento de marca e conexão com o públicoFoco no InstagramO casal Gabriela e Rodrigo Ribeiro morava em São Paulo quando decidiu empreender e abrir uma loja de roupas femininas em Monte Santo de Minas, em Minas Gerais.Gabriela continuou em seu emprego no mercado varejista de moda e Rodrigo pediu demissão para começar a tocar a RGS Moda &amp; Complemento, que abriu as portas em novembro de 2019.Mas veio a pandemia, Gabriela foi demitida e o que era plano B virou plano A. A primeira ação deles foi dar atenção especial ao Instagram da marca.WhatsApp, Instagram e Facebook: como usar redes sociais em seu negócioEles investiram em cursos e contaram com a ajuda de uma consultora do Sebrae. Com estudo, conhecimento e observação, as coisas começaram a dar certo.“A consultora do Sebrae me mostrou que eu era a cara da loja, a pessoa que estudou moda, que veio para Monte Santo de Minas trazer um estilo diferente, com conceitos que as pessoas ainda não conheciam. Ela me provocou: ‘por que você não começa a aparecer?’”, conta Gabriela.A empresária tomou coragem e deu as caras. Em uma cidade pequena, com cerca de 20 mil habitantes, isso significa uma grande exposição.A partir daí, o negócio deslanchou. O número de seguidores no Instagram da empresa dobrou e as vendas aumentaram mais de 60%.“Gabriela e a nossa loja se tornaram referência na região. A cada novidade que a gente posta no Instagram, os concorrentes começam a fazer igual. Ver o comércio digital daqui se reinventar é muito legal”, afirma Rodrigo.Eles investem em conteúdo para consolidar ainda mais a marca. Entre os posts que fazem sucesso estão dicas de moda, de como misturar as cores e montar combinações com peças que a pessoa já tem em casa.O casal conseguiu manter o espaço físico e uma funcionária, mas as vendas on-line ainda são maioria. Eles também vendem pelo site da marca e pelo Facebook.Para quem é da cidade, há a opção de pedir pelo WhatsApp e receber em casa uma sacola com as roupas escolhidas. Se não gostar de tudo, é só devolver.“Eu sou dona da loja, responsável pelas redes sociais, pelo marketing, faço atendimento, compras. É muito trabalho, mas vale a pena. Acho que o segredo é se reinventar todos os dias, criar coisas novas e sair da zona de conforto”, diz Gabriela.Atendimento personalizado por WhatsAppClaudia Rosenthal também passou a interagir mais com seus clientes pelas redes sociais depois que a pandemia chegou. Ela comanda, junto com as irmãs Nidia e Vera Rosenthal, a Eurico, uma loja de calçados de tamanhos grandes, fundada pelos seus avós em 1938.São duas lojas em São Paulo e o comércio eletrônico, que teve as vendas intensificadas pela pandemia."Nosso foco sempre foi humanizar o atendimento ao cliente, tanto no presencial quanto no virtual”, diz Claudia.Para crescer no digital, o primeiro passo foi aparecer nas redes sociais, coisa que nunca fizeram antes: “A gente percebeu que temos que continuar trabalhando a marca como um todo. Não é só vender o sapato, é cuidar da marca”.O e-commerce já existia, mas atendia principalmente clientes que moram em outras cidades. O desafio maior foi passar a atender pelo WhatsApp os clientes que frequentavam as lojas físicas e queriam o atendimento personalizado de sempre.“Essa proximidade é muito importante, principalmente pra gente, que atende pessoas que têm o pé grande, com muitas particularidades. É um desafio oferecer esse atendimento especial pelo celular”, afirma.A solução encontrada foi treinar os gerentes das lojas e deixar esse atendimento exclusivamente com eles. Parece simples, mas não é. É preciso saber se comunicar por mensagem, escrever corretamente, entender exatamente o que o cliente quer.O resultado foi um aumento na base de pessoas cadastradas pelo WhatsApp, que hoje tem 44 mil clientes. Quem mora na cidade, também tem a opção de retirar por drive-thru.Negócio em novo formatoJá Gladys Tchoport e Claudia Kievel não vendiam nada de forma on-line antes da pandemia. Elas tocam o projeto Jardim Secreto e desde 2013 ocupam o espaço público de São Paulo com feiras que reúnem pequenos produtores. Eles vendem seus trabalhos feitos à mão, como roupas, acessórios, velas, pinturas, cafés e comidas.A feira cresceu e se transformou também em dois espaços físicos: uma loja, que fechou em 2020, e um galpão com mais de 130 marcas independentes, que também não resistiu à crise e acaba de fechar."Esse abre e fecha do comércio e o avanço da pandemia tem nos assustado muito e nos deixa desestabilizadas financeiramente. Nosso e-commerce segue no ar e queremos no futuro voltar com um espaço menor e em outra proposta", conta Gladys.O e-commerce que Gladys se refere foi criado do zero no início da pandemia. Elas digitalizaram o negócio no susto e, em dois meses, criaram uma loja virtual e toda a logística de entrega dos produtos das 130 marcas.“Nosso negócio sempre foi focado no presencial, sempre falaram pra gente vender on-line, mas a gente era contra porque queríamos mesmo era encontrar as pessoas”, conta Gladys.Passaram a vender também pelo Instagram e pelo WhatsApp, outros canais de vendas que não eram usados antes da pandemia.Para melhorar as vendas, algumas ações foram tomadas:Se aproximar ainda mais dos clientes no formato digital, melhorando o atendimento nas conversas pelo WhatsApp e Instagram;Venda de kits para empresas, que passaram a fazer ações para os funcionários durante a pandemia;Edições da feira Jardim Secreto em casa, em forma de lives focadas em conteúdo, rodas de conversa e oficinas.As vendas on-line representam menos de 50% do rendimento normal da marca, mas elas continuam buscando soluções para manter a marca viva.“A sensação que eu tenho é que eu estou sempre me afogando, com uma rede enorme de pessoas que dependem do meu negócio. Queremos muito resistir”, diz Gladys.Evento virtualFlávia Durante também organiza feiras de pequenos produtores em São Paulo. O negócio dela, a Pop Plus, é um evento de moda e cultura plus size, que acontece desde 2012.O evento reúne dezenas de pequenas e médias marcas que produzem moda para quem veste acima do manequim 46 e chega a receber até 6 mil pessoas por edição. Um negócio totalmente inviável durante uma pandemia.Produzir conteúdo para divulgar as marcas parceiras foi a primeira solução, mas o retorno financeiro não foi viável, porque as marcas não conseguiam investir em marketing.Por questões de saúde, a empresária se afastou do negócio por alguns meses. Só em dezembro de 2020 voltou a promover feiras virtuais pelo Facebook.“Foi pequeno, com poucas marcas, mas foi muito legal. Fiz uma edição virtual da feira, com vendas e também aulas de dança, de yoga, e um show. Começou a dar resultado e passei a fazer mensalmente", conta.Em março, a marca foi contemplada pela lei Aldir Blanc, criada em agosto de 2020 para ajudar profissionais do setor cultural durante a pandemia da Covid-19.Com isso, Flavia conseguiu organizar um festival grande no início de abril, com três dias de programação. Ela reuniu 13 artistas, entre música e performances, nove marcas autorais de roupa plus size e três debates com temas que fazem parte do universo das pessoas gordas. Foram quase 40 horas de programação gratuita.Agora, a empresária tenta entrar em novos editais, inclusive os privados, para continuar a fazer eventos virtuais.“Eu sei que ninguém aguenta mais falar em live, mas acho que se a gente chegar num formato legal e divertido dá para continuar”, afirma.O ponto positivo é que a abrangência da feira aumentou no mundo digital: “Antes, o nosso público era restrito a São Paulo, agora a gente consegue expandir a clientela virtualmente”.Flávia também acaba lançar um novo produto, uma plataforma que reúne marcas plus size e funciona como uma vitrine de tendências.<br/><b>G1</b>

Leia mais

01 – Recuperação da indústria cearense está "muito além" da média do NE e do País, aponta economista

O ritmo de recuperação da indústria cearense, neste ano, está muito mais forte do que a média do Nordeste e do Brasil, ressaltou o economista. Ricardo Amorim em evento da  Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) nesta quarta-feira (5)."Em geral, a recuperação do Nordeste está abaixo do Brasil, há exceções, Pernambuco é uma delas, mas o melhor caso disparado é do Ceará, que está muito além da média nordestina e muito além do Brasil", apontou.No primeiro bimestre de 2021, a produção industrial cearense cresceu 4,9% em comparação com os primeiros dois meses do ano passado, quando ainda não havia registro de casos da Covid-19 no Estado.Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF/RG), divulgados na quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com Amorim, o crescimento é puxado pela indústria têxtil. "Quando a gente pensa em vestuário, hoje, o que importa é a parte de cima, o que vai aparecer no Zoom, porque as pessoas tão saindo muito pouco".Com isso, o economista aposta em expansão do setor têxtil, de calçados e de couro mais à frente, quando a população voltar a circular normalmente. "Vem uma recuperação muito forte por aí."RETOMADA DA ECONOMIAO processo de recuperação econômica e do nível de renda no País deve crescer neste mês de maio e se intensificar no segundo semestre, apontou o economista. Ele explica que um dos fatores para isso é a volta do auxílio emergencial.“Com a volta do auxílio, a renda dos salários, a massa salarial real está subindo. Se quando estava caindo a gente ainda estava conseguindo sustentar expansão de consumo, agora que vai entrar renda nova, provavelmente, vai acelerar esse processo de crescimento. Ou seja, a curva de crescimento ao longo deste ano deve ser muito parecida com a do ano passado", disse. Amorim destacou que a economia brasileira teve a expansão mais forte da história entre maio de 2020 e fevereiro deste ano, apesar da pandemia. “O crescimento no terceiro trimestre do ano passado foi o maior crescimento trimestral da história. E o crescimento do 4º trimestre foi o terceiro maior da história”, frisou. No Ceará, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 16,7% no terceiro trimestre de 2020, ficando acima da média nacional, que apresentou alta de 7,7% na mesma base de comparação, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).No início de 2021, antes da segunda onda de Covid-19, a trajetória econômica do País ainda apontava para recuperação, segundo o economista. “Não fosse a piora da pandemia, o Brasil teria continuado a crescer de forma muito forte.” CRESCIMENTO NA INDÚSTRIA O setor com maior lentidão e fragilidade no processo de recuperação foi o de serviços, apontou Amorim. “Só em fevereiro o setor de serviços passou dos níveis anteriores ao da pandemia de fevereiro do ano passado. Isso porque no mês de fevereiro houve um crescimento muito forte nesse setor.” A indústria, ao contrário, já vinha em processo mais consistente de recuperação em todo o País desde o fim do ano passado. “No final do ano passado, a indústria já tinha superado os níveis pré-pandemia”, destacou.  Já o comércio foi o mais beneficiado entre os setores, ressaltou o economista, uma vez que o segmento levou vantagem com o e-commerce, tendo a recuperação mais forte até agora no País.  “Quando acontece uma paralisação, para o comércio, acontece uma migração de canal. Só nos primeiros oito meses de pandemia, o e-commerce brasileiro cresceu o equivalente aos 12 anos anteriores”.EconomistaAUXÍLIO EMERGENCIALEle também explicou que os setores que mais cresceram no Brasil no ano passado são, em geral, aqueles mais dependentes do consumidor de renda mais baixa. Com o auxílio emergencial, essa fatia da população passou a ter melhores condições e consumir artigos que antes não podia.A população de maior renda, no geral, ao ter um ganho extra, direciona para poupança ou investimentos, interpretou Amorim. “A renda e a capacidade de consumo no Brasil despencariam não fosse o auxílio emergencial. Ele fez com que a renda total disponível, renda real ampliada, tenha sido no ano passado maior do que ela seria se a gente não tivesse o auxílio, principalmente no segundo e terceiro trimestre. Isso foi o que fez com que aquela recuperação forte da economia acontecesse", ponderou."Não só as pessoas tiveram mais renda, mas quem mais teve crescimento de renda foi o consumidor de renda mais baixa, que é quem tem propensão maior a gastar o que recebe”, analisa.Entre outros pontos, Amorim também afirmou que a inflação deve ser mais alta do que o projetado, e acredita na queda do dólar ao longo do segundo semestre.<br/><b>Diário do Nordeste</b>

Leia mais
error: Content is protected !!