01 – Produtividade aumenta entre profissionais em home office, mas bem-estar está em queda, diz pesquisa

Passado mais de um ano do início das restrições por conta da pandemia, pesquisa mostra que houve aumento na percepção de que a produtividade no home office é maior que no trabalho presencial, mas profissionais apontam dificuldades no bem-estar e no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.Mais de 58% dos respondentes afirmaram ser mais produtivos ou significativamente mais produtivos em home office. Na primeira pesquisa, realizada em 2020, esse índice ficou em torno de 44%. Considerando somente a opção “significativamente mais produtivo”, as mulheres tiveram uma proporção de respostas de 29,1%, contra 18,1% entre os homens.A pesquisa foi feita pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton e a Em Lyon Business School com 1.075 respondentes, no período de 15 a 29 de março.Entre profissionais em postos de gerência ou liderança, apenas 13% das respostas apontam para patamares menores ou significativamente menores de produtividade no trabalho remoto. Entre profissionais de nível hierárquico mais elevado, essa proporção atingiu 22,4%.Com relação aos desafios do trabalho remoto, a pesquisa revela que o senso positivo de produtividade nem sempre está alinhado à percepção de equilíbrio e bem-estar do colaborador. Entre as opções oferecidas aos pesquisados para identificar os principais obstáculos do home office, as que mais se destacaram foram:A pesquisa buscou saber ainda quais os receios quanto à continuidade do trabalho remoto. Para 20,6% o maior deles é a perda de convívio social, seguida de maior carga de trabalho no modelo remoto (15,5%) e piora de comportamento por ausência de convívio (13,5%).maior volume de horas trabalhadas, apontado por 24%dificuldade de relacionamento, apontada por 16%dificuldade de comunicação, apontada por 16%equilíbrio com demandas pessoais, apontado por 14%Ou seja, teme-se pela continuação de uma carga de trabalho elevada que cause ou reflita a dificuldade de equilibrar vida pessoal e profissional. Além disso, a continuidade da situação que impõe o trabalho remoto faz com que a perda do convívio e seus consequentes prejuízos perdure.Pandemia traz esgotamentoDe acordo com Fabian Salum, professor da Fundação Dom Cabral, na primeira edição da pesquisa, no início da pandemia em 2020, os entrevistados percebiam a experiência do trabalho remoto como positiva, mas já existia uma preocupação em relação à administração das tarefas de trabalho e das de ordem pessoal, tanto do ponto de vista organizacional quanto de relacionamento com as pessoas.“Depois de um ano, constatamos a concretização de alguns receios e como a percepção sobre o aumento da produtividade no trabalho remoto mostra seu custo, quando o assunto é equilíbrio e bem-estar. Os comentários dos respondentes apontam para um esgotamento mental que envolve tanto a situação crítica própria da pandemia quanto os desafios mencionados. Por isso, não podemos nos deixar seduzir pela alta produtividade. Faz-se necessários ajustes nos três níveis: organização, equipes e indivíduos”, diz.Para Ronaldo Loyola, sócio da área de Capital Humano, da Grant Thornton Brasil, a pesquisa traz informações importantes sobre quais pontos devem passar a ser foco de atenção nas relações de trabalho a partir de agora, principalmente por parte das lideranças empresariais."A experiência acumulada ao longo de um ano de trabalho remoto por conta da pandemia, com todo o processo de mudança ao qual a cultura organizacional foi submetida, precisa ser canalizada para a preservação do bem-estar na gestão do capital humano, a fim de manter o engajamento das pessoas com relação aos resultados da organização”, avalia.A maior parte dos respondentes (87,3%) iniciou suas atividades de trabalho remoto como medida de contenção da disseminação da Covid-19. O perfil dos respondentes se caracteriza pela localização predominante na região Sudeste do país, especialmente em São Paulo (48,3%) e Minas Gerais (16,8%). Enquanto a edição de 2020 teve 18 estados representados, a edição de 2021 contou com a participação de respondentes de 23 estados brasileiros. As capitais representaram cerca de 75% do total de respostas válidas.<br/><b>G1</b>

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01 – Produção industrial cai 2,4% em março e setor fecha 1º trimestre com retração

A produção industrial brasileira caiu 2,4% em março, na comparação com fevereiro, segundo divulgou nesta quarta-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da segunda queda mensal seguida e de um recuo mais intenso do que o observado em fevereiro (-1%), quando houve a interrupção de uma trajetória de 9 meses consecutivos de recuperação.Na comparação com março de 2020, porém, houve alta de 10,5% – sétima taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.Com o resultado de março, o setor industrial encontra-se 16,5% abaixo do patamar recorde registrado em maio de 2011, voltando para o nível "exatamente igual ao pré-pandemia, ou seja, àquele observado em fevereiro de 2020", destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.O pesquisador lembrou que, de maio de 2020 a janeiro de 2021, houve ganho acumulado de 40,1%, o que fez a produção industrial superar o patamar pré-pandemia. "Com as perdas de fevereiro e março deste ano, nós zeramos esse acumulado que tinha até o mês de janeiro", explicou.A interrupção da trajetória de recuperação da indústria acontece em meio à intensificação das medidas para frear o avanço da pandemia de coronavírus.“Esses dois resultados negativos têm como pano de fundo o próprio recrudescimento da pandemia. Isso faz com que haja maior restrição das pessoas, o que provoca a interrupção das jornadas de trabalho, paralisações de plantas industriais e atrapalha toda a cadeia produtiva, levando ao encarecimento e à falta de insumos para o processo produtivo. Isso afeta o processo de produção como um todo”, destacou o gerente da pesquisa.Queda de 0,4% no 1º trimestre e perda de 3,1% em 12 mesesCom o resultado, a indústria encerrou o primeiro trimestre do ano com queda de 0,4% na comparação com o 4º trimestre de 2020.“Essa queda interrompe dois trimestres seguidos de crescimento”, enfatizou Macedo.Já na comparação com os 3 primeiros meses de 2020, houve alta de 4,4%. "Esse resultado acentua o crescimento observado no 4º trimestre de 2020, que teve alta de 3,4%. Estes dois trimestres de crescimento interromperam uma sequência de oito trimestres seguidos de taxas negativas nesta base de comparação [trimestre contra trimestre imediatamente anterior]", enfatizou o pesquisador.Em 12 meses, o setor acumula uma perda de 3,1%, com taxas negativas em 11 das 26 atividades industriais. O IBGE destacou, porém, que a taxa nesta métrica foi a menos intensa desde abril de 2020 (-2,9%).Entre as atividades, a maior pressão negativa veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,4%), terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 15,8% no período.Outras quedas expressivas foram observadas na produção de artigos do vestuário e acessórios (-14,1%), de outros produtos químicos (-4,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (-11,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,5%), de bebidas (-3,4%), de móveis (-9,3%), e de produtos têxteis (-6,4%).Na outra ponta, as altas com maior impacto no resultado do mês partiram do crescimento na produção, indústrias extrativas (5,5%), outros equipamentos de transporte (35,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%).Análise por grandes categoriasEntre as grandes categorias econômicas, a queda mais intensa foi em bens de consumo semi e não duráveis (-10,2%), que inclui a produção de alimentos, bebidas, calçados e produtos têxteis e combustíveis.Os segmentos de bens de consumo duráveis (-7,8%) e bens de capital (-6,9%) também recuaram em março. Já o setor produtor de bens intermediários (0,2%) foi o único a registrar avanço.Das quatro grandes categorias da indústria, somente as de bens intermediários e bens de capital superaram em março o patamar pré-pandemia – estão, respectivamente, 4,2% e 9% acima do observado em fevereiro do ano passado. Já bens de consumo semiduráveis e não duráveis se encontra e bens de consumo duráveis ficaram com o patamar, respectivamente, 8,6% e 12,1% abaixo do pré-pandemia.Repercussão e perspectivas"Estes dados confirmam mais uma vez que o PIB do 1º trimestre deve recuar de fato, mas lembramos que a perspectiva era já de queda devido, entre outras coisas, a piora da pandemia e as medidas de isolamento social", avaliou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.Apesar da perda de fôlego da economia neste começo de ano, a indústria segue como um dos setores com melhor performance de recuperação. De acordo com Sondagem da FGV, a indústria continua sendo o único setor a registrar níveis elevados de confiança entre os empresários.Além da demanda fraca e queda da renda das famílias, o também tem sido pressionado pelo aumento de preços de insumos. A inflação da indústria ficou em 4,78% em março e atingiu taxa recorde de 33,52% em 12 meses, indicando que as margens de lucro estão comprimidas e que os empresários não estão conseguindo repassar os custos aos preços.Os economistas do mercado financeiro estimam atualmente uma taxa de 5,04% para o IPCA (inflação oficial do país) em 2021. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão é de crescimento de 3,14% no ano. Para boa parte dos analistas, porém, a economia deve registrar retração no 1º semestre.<br/><b>G1</b>

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01 – Inflação da indústria sobe 4,78% em março e acumula recorde de 33,52% em 12 meses

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) ficou em 4,78% em março, segundo divulgou nesta terça-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da segunda maior alta da série histórica do indicador, iniciada em 2014, ficando atrás somente da alta recorde de fevereiro, que foi revisada de 5,22% para 5,16%.Com o resultado , a inflação da indústria acumula recordes de 14,09%, no trimestre, e de 33,52%, nos últimos 12 meses."Esse é o vigésimo aumento consecutivo, na comparação mês a mês do indicador, desde agosto de 2019′, destacou o IBGE.O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”. Ou seja, sem impostos e frete, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).Em março, pelo terceiro mês consecutivo, 23 das 24 atividades pesquisadas tiveram alta de preços.As quatro maiores altas no mês foram nas atividades refino de petróleo e produtos de álcool (16,77%), outros produtos químicos (8,79%), madeira (7,73%) e papel e celulose (7,18%).Na análise entre as grandes categorias econômicas, a maior alta foi observada nos bens intermediários (5,70%), que inclui itens como diesel, minério de ferro e celulose, e nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (4,27%), que inclui gasolina e carnes.Em bens de consumo, a inflação foi de 3,63% em março. Em bens de capital, de 2,95%, e, em bens de consumo duráveis, de 0,45%.Impacto do câmbio e alta das commoditiesSegundo Alexandre Brandão, gerente de análise e metodologia da Coordenação de Indústria, a forte alta em março reflete também o impacto da depreciação do real frente ao dólar, que afeta tanto os preços dos produtos exportados pelo Brasil quanto os preços dos produtos importados, em particular das matérias primas. No caso do aumento de custo, isso gera um efeito em cascata em diversas cadeias industriais.“Se aumenta o preço do óleo bruto de petróleo, aumentam os preços dos derivados; se a nafta sofre aumento, alguns produtos químicos que a utilizam como matéria prima também têm seus preços elevados e isso acaba impactando o setor de plásticos, que processa alguns desses produtos químicos. O mesmo é válido em relação ao preço do minério, que tem impacto na metalurgia e, num segundo momento, em indústrias como a automotiva ou a produtora de eletrodomésticos”, destacou.Outro fator que contribuiu para a elevação de preços no mês foi o aumento da demanda internacional, especialmente da China, impactando o preço das commodities, sobretudo agrícolas.“As commodities têm aumentado de preço porque o mercado internacional está pressionado pela demanda, em particular a exercida pela China por produtos da agroindústria, como os derivados da soja e as carnes, em particular bovina. Mas também há pressões sobre produtos siderúrgicos e de celulose”, afirmou Brandão.Preços de alimentosEm março, os preços do setor aceleraram para 2,41%, ante 1,22% em fevereiro e 1,49% em janeiro. É o maior resultado desde novembro (2,59%).Com o resultado de março, o acumulado saiu de 2,73%, em fevereiro, para 5,21%. Já na comparação março de 2021 contra março de 2020, a variação foi de 31,49%.Inflação em alta em 2021Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa média para o IPCA – inflação oficial do país – em 2021, de 5,01% para 5,04%, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. Pelo sistema atual, a inflação será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.Já a projeção para para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2021 está em 5,50%. O mercado espera um novo aumento de 0,75 ponto percentual nesta semana. A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira.<br/><b>G1</b>

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01 – Vendas reais da indústria caem, mas confiança cresce em 18 dos 30 setores pesquisados

As vendas reais da indústria paulista caíram 1,3% em março, no comparativo com fevereiro, de acordo com levantamento realizado pela Fiesp/Ciesp e divulgado nesta semana.Com esse resultado, as vendas reais da indústria de transformação do Estado, encerraram o primeiro trimestre do ano, com queda de 0,7% em relação ao último trimestre de 2020.O indicador utilizado pela FIESP, sinaliza que esse quadro se estendeu em abril, com o setor devendo exibir desempenho ruim no mês. Mesmo assim, os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram o aumento da confiança em 18 dos 30 setores da indústria, analisados em abril.Esse crescimento ocorreu devido à melhora generalizada das expectativas para os próximos seis meses. A pesquisa foi feita com 2.232 empresas, entre 1º e 15 de abril. Na pesquisa, os setores que mostraram a recuperação na confiança para os próximos meses foram o de Celulose e papel; Couros e artefatos; Bebidas; Móveis; e Obras de infraestrutura.<br/><b>94 FM</b>

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01 – Desemprego fica em 14,4% no trimestre terminado em fevereiro e atinge recorde de 14,4 milhões de brasileiros

O desemprego no Brasil atingiu 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo divulgou nesta sexta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o número de desempregados foi estimado em 14,4 milhões – recorde da série histórica iniciada em 2012."O resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas frente ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020)", informou o IBGE.Em 1 ano, o número de desempregados no Brasil aumentou 16,9%, com um acréscimo de 2,1 milhões de pessoas na busca por um trabalho.A população desalentada (quem desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho) também atingiu patamar recorde, reunindo 6 milhões de pessoas.Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego estava em 14,2%, atingindo 14,3 milhões de brasileiros.A taxa de desemprego de 14,4% é a segunda maior da série histórica da pesquisa, ficando atrás somente da registrada no trimestre encerrado em setembro de 2020.A mediana de 28 projeções captadas pelo Valor Data estimava uma taxa de 14,5% no trimestre encerrado em fevereiro. O intervalo das expectativas variava de 14,1% a 14,8%.Vale destacar que o IBGE considera como desempregado apenas os trabalhadores que efetivamente procuraram emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.Veja outros destaques da pesquisa:A população ocupada (85,9 milhões) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e caiu 8,3% frente ao mesmo trimestre de 2020;Em 1 ano de pandemia, houve redução de 7,8 milhões de postos de trabalho no país. Desse total, 3,9 milhões eram vagas com carteira assinada;Mais da metade da população em idade e trabalhar continua sem emprego; o nível da ocupação ficou em 48,6%, contra 54,5% em igual trimestre do ano anterior;A população subutilizada (32,6 milhões) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior e cresceu 21,9% (mais 5,9 milhões) na comparação anual;A taxa de subutilização ficou em 29,2%, mostrando estabilidade em 3 meses e alta na comparação anual (23,5%);O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (6,9 milhões) cresceu 6,3% (mais 406 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020;A renda média caiu 2,5% frente ao trimestre encerrado em novembro e foi estimada em R$ 2.520;A massa de rendimentos no país caiu 7,4% em 1 ano, para R$ 211,2 bilhões (menos R$ 16,8 bilhões).Apenas a categoria de trabalhadores por conta própria, que reúne 23,7 milhões de pessoas, apresentou crescimento (3,1%) na comparação com o trimestre encerrado em novembro (mais 716 mil de pessoas), evidenciando a precarização e dificuldade de recuperação do mercado de trabalho. O número de brasileiros nessa categoria, porém, ainda é 3,4% menor do que o observado há 1 ano (menos 824 mil pessoas).O número de empregados com carteira de trabalho assinada (29,7 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e teve queda de 11,7% (menos 3,9 milhões de pessoas) contra o mesmo período de 2020.Já o número de empregados sem carteira (9,8 milhões de pessoas) ficou estável em 3 meses, mas ainda é 15,9% menor (menos 1,8 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2020."Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas, muitas ainda retendo trabalhadores, mas outras já apontando um processo de dispensa como o comércio, a indústria e alojamentos e alimentação. O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal”, afirmou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.Comércio, alojamento e alimentação lideram perdas de postos em 1 anoNa comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, 7 dos 10 grupamentos tiveram queda no número de ocupados.O maior recuo em número de trabalhadores foi no Comércio (11,1%, ou menos 2 milhões de pessoas), seguido por alojamento e alimentação (27,4%, ou menos 1,5 milhão) e indústria (10,8%, ou menos 1,3 milhão).As outras queda foram observadas na construção (9,2%, ou menos 612 mil), transporte, armazenagem e correio (12,2%, ou menos 607 mil), outros serviços (18,1%, ou menos 917 mil pessoas) e serviços domésticos (20,6%, ou menos 1,3 milhão de pessoas).Os três grupamentos restantes (administração pública, agropecuária e informação e comunicação) apresentaram estabilidade.Segundo o IBGE, a dispensa de trabalhadores nos dois primeiros meses do ano é esperada, porque se trata de um movimento sazonal do mercado de trabalho, tendo em vista as contratações temporárias realizadas no final do ano. Este ano, porém, esse processo pode ter sido agravado em função da pandemia.“A gente não sabe até que ponto é aquela perda de gás que sempre tem no começo do ano e o quanto se deve ao fato das condições trazidas pelo agravamento da pandemia. Embora as medidas mais rígidas tenham sido tomadas em março, em fevereiro nós tivemos o cancelamento das festas de carnaval”, destacou a analista da pesquisa.Repercussão e perspectivas"Nos chama atenção o recorde na população desocupada que atingiu nada menos que 14,4 milhões. Isto reforça a perspectiva que o mercado de trabalho está frágil e assim a demanda doméstica não pode ser considerada um motor do PIB para este ano", avaliou o economista da Necton, André Perfeito.Indicadores têm mostrado uma queda no ritmo da atividade econômica e do nível de confiança de empresários e consumidores neste começo de ano em meio ao agravamento da pandemia e endurecimento de medidas de restrição.Nesta quinta-feira, o Brasil atingiu a marca de 400 mil mortos pelo coronavírus. Apesar de queda nas taxas de morte no momento, abril foi o mês mais letal e teve mais de 2 mil vítimas diárias.Mesmo com o aumento do número de ocupados nos últimos meses, economistas avaliam que uma melhora mais consistente do mercado de trabalho só deverá ser observada no segundo semestre, mas a depender do avanço da vacinação e da redução das incertezas econômicas.A média das projeções do mercado para o crescimento do PIB em 2021 está atualmente em 3,09%, abaixo da média global, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.<br/><b>G1</b>

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01 – Petrobras manifesta interesse em direito de preferência por Sépia e Atapu

A Petrobras manifestou ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) o interesse em exercer seu direito de preferência na segunda rodada de licitações dos volumes excedentes da cessão onerosa, que envolverá as áreas de Sépia e Atapu, informou a companhia nesta quarta-feira (28).Segundo fato relevante publicado pela estatal, a diretoria executiva da empresa aprovou a manifestação do interesse nas áreas com percentual de 30%.A Petrobras afirmou que os valores correspondentes aos bônus de assinatura a serem pagos, diante dos percentuais de participação estabelecidos, serão de R$ 1,2 bilhão para Atapu e R$ 2,14 bilhões para Sépia."A manifestação do interesse está em linha com o Plano Estratégico da companhia, com foco na concentração dos seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas", acrescentou a petroleira.O CNPE havia aprovado no último dia 20 de abril as diretrizes para o leilão. A Petrobras possuía 30 dias para manifestar seu direito de preferência.O certame está previsto para ocorrer em dezembro. Sépia e Atapu já haviam sido ofertadas em um leilão anterior da cessão onerosa, em 2019, mas não receberam ofertas à época.<br/><b>G1</b>

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01 – Quase metade dos trabalhadores viram renda diminuir ou acabar na pandemia, diz CNI

Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (28) mostrou que 46% dos trabalhadores viram a renda diminuir ou acabar durante a pandemia provocada pelo coronavírus.De acordo com o levantamento, 32% dos entrevistados observaram uma queda na renda obtida pelo salário, e 14% uma perda total. Para 41%, a renda ficou estável, e 10% registraram um aumento.Recuperação só em 2022O levantamento também apontou que 71% dos brasileiros acreditam que a economia só deve se recuperar no ano que vem dos efeitos da pandemia de coronavírus.A pesquisa ainda apurou que 70% dos entrevistados dizem que o impacto da pandemia na atividade econômica tem sido muito grande. Para 20%, tem sido grande.A pesquisa divulgada pela CNI – batizada de Os brasileiros, a pandemia e o consumo – foi realizada pelo Instituto FSB Pesquisa. Esta é a terceira edição do levantamento. Foram entrevistadas 2.010 pessoas por telefone entre 16 e 20 de abril. A margem de erro do estudo é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.Redução de gastosCom um cenário tão adverso, 71% dos entrevistados dizem ter reduzido seus gastos desde o início da pandemia. Entre os motivos apontados, estão:30% perderam parte ou toda renda;38% se dizem inseguros quanto ao futuro; e27% alegam o fechamento do comércio.Segundo o levantamento, 37% dizem que essa redução será permanente.<br/><b>G1</b>

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01 – Projeto de lei da igualdade salarial volta ao Congresso e irrita bancada feminina

O projeto de lei que garante salários iguais a homens e mulheres, que teria prazo final para sanção pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (26), deu um passo atrás e voltou ao Congresso Nacional. O retorno do texto irritou as bancadas femininas no Senado e na Câmara dos Deputados, que convocaram reuniões para esta semana.O texto foi aprovado em 2011, pela Câmara, e no último dia 30 de março, pelo Senado. Em seguida, foi encaminhado para sanção ou veto de Bolsonaro. No entanto, nesta sexta (23), o senador Irajá (PSD-TO), 1º Secretário do Senado, enviou um ofício ao presidente solicitando a devolução do projeto. Irajá disse ainda que atendia a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).Nesta quinta-feira (22), Bolsonaro afirmou, em transmissão ao vivo em rede social, que estava avaliando o veto e que iria fazer uma enquete com seus seguidores antes de decidir se sancionava, ou não, a lei que determinava uma multa para empregadores que não remuneram igualmente homens e mulheres com mesma atividade.O blog apurou que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-mg), foram avisados que o presidente iria vetar o texto.O Planalto chegou a propor o envio de uma Medida Provisória sobre o tema, mas a Câmara preferiu retomar a votação do texto.Recentemente, Câmara e Senado fecharam acordo para chancelar o envio de textos para a sanção presidencial mesmo com mudanças de mérito no Senado. Não foi o caso deste texto.A deputada Dorinha Seabra (DEM-TO) cita, por exemplo, a proposta de emenda constitucional que tornou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) permanente, a qual teve uma mudança de um parágrafo inteiro no Senado e, por acordo, seguiu para promulgação sem voltar à Câmara. O mesmo ocorreu com textos referente à pandemia, que foram para sanção presidencial.Dorinha confirma que a bancada feminina na Câmara já se mobilizou para que a votação ocorra nos próximos dias.No Senado, o retorno do texto ao parlamento também causou indignação. A bancada feminina na Casa decidiu realizar uma reunião na tarde desta segunda-feira (26) e colocar o tema como prioridade da pauta.“É um absurdo o presidente dizer que vai fazer uma enquete sobre este tema. Além de um desrespeito ao Congresso, que se debruçou e votou o tema, desmerece as mulheres, já que não existe razão para salários diferentes”, disse a senadora Daniela Ribeiro (PP-PB).<br/><b>G1</b>

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01 – Startup oferece cursos on-line para quem quer trabalhar no setor de tecnologia

Está sobrando vagas de emprego para profissões digitais. Existem muitos cursos que podem preparar os interessados na área. Alguns deles sãooferecidos por uma startup de São Paulo que oferece aulas on-line para qualificar quem quer entrar no setor de tecnologia.Até 2024, o Brasil vai precisar de, pelo menos, 210 mil profissionais de tecnologia da informação, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) e da consultoria IDC.Wallace Lopes é designer gráfico e percebeu que estava na hora de mudar profissionalmente. Ele queria atuar na área de design de experiência do usuário, também conhecida como UX design. Mas para fazer essa mudança, ele precisava de mais “tecnologia” no currículo.A solução foi se matricular na startup criada por Fábio Muniz, que trabalhou no Vale do Silício, meca das startups, e quando voltou para o Brasil teve problemas na hora de contratar profissionais.Em 2018, Fábio montou o negócio. A startup oferece 12 cursos na área de tecnologia, divididos em três grupos: design, ciência e análise de dados e programação.“Os cursos têm de 4 a 6 meses de duração. Os alunos, durante a semana, participam de aulas ao vivo e de sessões para tirar dúvidas com os professores. Eles têm acesso a uma plataforma de ensino, com o material de apoio, que inclui videoaulas, artigos, textos e por aí vai”, explica Fábio.Um dos diferenciais da startup é ter mentores que já estão há bastante tempo no mercado.“Sem dúvida, o que fez o diferencial foram as mentorias, tanto do conteúdo em si, de UX, de tecnologia, quanto mentorias do mercado de trabalho, sobre como organizar o portfólio e o currículo”, conta Wallace sobre a experiência.Os cursos custam de R$ 2,8 mil a R$ 4 mil. São caros, mas a família pode fazer uma vaquinha e ajudar um jovem a se preparar.Wallace terminou o estudo no fim de 2020 e conseguiu a sonhada mudança de carreira: “Hoje, eu trabalho em uma empresa de tecnologia na nuvem. A gente produz aplicativos de pós-produção de vídeo e imagem na nuvem”.A startup já formou 1,1 mil alunos em seus cursos. Em março, a empresa faturou R$ 400 mil.A escola agora vai focar em parcerias com empresas e aumentar o número de cursos. O objetivo é preparar mais jovens para preencher as vagas do mercado.<br/><b>Pequenas Empresas & Grandes Negócios</b>

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01 – Pandemia leva indústria a ampliar contratação de intermitentes

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 15% das 523 empresas entrevistadas contrataram intermitentes em 2019 e 2020, e 85% delas pretendem contratar na modalidade em 2021 e 2022.Além disso, o levantamento revela que o regime intermitente foi utilizado para manutenção dos vínculos formais num contexto de imprevisibilidade trazido pela pandemia. Em 2020, 45% das empresas com intermitentes ampliaram o número de contratos e 44% o mantiveram. Um dos motivos apontados foi a rápida adequação da força de trabalho à flutuação da demanda.Segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor da Indústria gerou apenas 19% das vagas intermitentes entre 2020 e 2021 (leia mais abaixo).A maior parte dos intermitentes da indústria, segundo a pesquisa da CNI, trabalha no chão de fábrica – 67%. Serviços de conservação e limpeza (20%) e de transportes (18%) vêm em seguida.O contrato de trabalho intermitente é uma prestação de serviços em períodos alternados, e o trabalhador é remunerado de maneira proporcional, somente pelo período trabalhado. Além disso, a prestação de serviços esporádica deve ser registrada em carteira e há direitos trabalhistas previstos como férias e 13º proporcionais e depósito do FGTS.De acordo com a gerente-executiva de Relações do Trabalho da CNI, Sylvia Lorena, a pandemia trouxe desafios para o planejamento e a gestão da indústria, substituindo as sazonalidades pelos períodos de paralisação da produção e aumento repentino de demanda.“Nesse contexto, o contrato intermitente se mostrou um instrumento importante para que as empresas pudessem dimensionar sua força de trabalho num cenário de grandes incertezas”, disse.Além de o contrato intermitente permitir adequação a flutuações na produção, 70% das empresas disseram que a modalidade se tornou importante para a manutenção de vínculo com trabalhadores com habilidades e perfil específicos para certas atividades, mas para os quais não há demanda de prestação de serviço em tempo integral. Entre as pequenas indústrias, o percentual chegou a 77%.Entre as empresas que utilizaram intermitentes, 72% formalizaram no contrato um número mínimo de horas mensais. Os quantitativos de horas pré-contratadas mais comuns são mais de 40 horas mínimas mensais, presentes em 23% dos contratos, e até 8 horas por mês, presentes em 20% dos registros.Sylvia Lorena explica que esse mínimo de horas nos contratos intermitentes, além de conferir previsibilidade à prestação do serviço, permite às empresas dispor de trabalhadores em período compatível com a demanda de serviço, que tem sido predominante nas áreas operacionais. Isso faz com que o intermitente seja uma alternativa enquanto as empresas seguem com faturamento restrito.“Essa flexibilidade que o contrato intermitente confere, no contexto da crise de 2020, se mostra interessante para a gestão de pessoal em meio à imprevisibilidade sobre a recuperação da economia este ano”, explica.Das empresas que firmaram contratos intermitentes em 2019 e 2020, 60% afirmaram ter empregado entre 1 e 10 trabalhadores na modalidade, enquanto para 29% foram mais de 20 contratos formalizados e em 11% foram entre 11 e 20 vínculos intermitentes.Insegurança jurídica freia contrataçõesMesmo com a pretensão de ampliar a utilização da modalidade, as empresas apontam fatores que reduzem ou dificultam as contratações dos intermitentes.Metade das empresas ouvidas aponta a insegurança jurídica em relação ao trabalho intermitente. A modalidade, instituída pela reforma trabalhista em 2017, é questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de Ações Diretas de Inconstitucionalidade, que aguardam por decisões dos ministros.Na sequência, vem a própria atividade da empresa que dificulta a contratação em regime intermitente, citada por 44% das entrevistadas.“As atividades na indústria, por natureza, demandam maior qualificação e capacitação técnica de seus empregados, o que reforça a percepção de que o trabalhador intermitente na indústria tem sido contratado com um perfil ou habilidade específica”, analisa o especialista em Relações do Trabalho da CNI, Pablo Rolim Rolim.Insegurança sobre se o trabalhador atenderá ao chamado para o trabalho é o terceiro fator que traz receio nas empresas, apontado por 33%.Entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2021, foram criadas 80.971 vagas intermitentes, de acordo com dados do Caged. Só em 2020, foram 72.879 postos. A indústria gerou 13.264 vagas na modalidade em 2020 e 2.057 em 2021 – ou seja, 19% do total de vagas intermitentes no período de 14 meses.Para Pablo Rolim, os dados tanto do Caged quanto da pesquisa indicam que não há substituição do típico contrato de trabalho em jornada em integral, e que "o contrato intermitente cumpre sua função de permitir complementar a força de trabalho para a execução de funções específicas”.O setor de Serviços foi o que mais criou vagas para intermitentes, com 47.140 postos desde 2020 – 58% do total –, puxado pelas áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (29.654 vagas do total).O período com maior criação de vagas intermitentes foi entre outubro e dezembro de 2020, puxado pela demanda do Natal. No caso da indústria, o aquecimento nas vagas foi pulverizado entre os meses de julho e dezembro.Em 2020, foram geradas 142.690 vagas formais, puxadas pelos setores da Construção, Indústria e Agropecuária. Das 95.588 vagas com carteira assinada geradas na indústria, 14% foram para intermitentes. Já entre o total de vagas criadas, 51% foram na modalidade intermitente no ano passado – 72.879 de 142.690.Nos dois primeiros meses do ano, o saldo de vagas com carteira assinada é de 659.780. Juntos, os setores de Serviços e Indústria foram responsáveis por 438.752 vagas. Na indústria, das 185.209 vagas formais criadas, apenas 1,1% foi de intermitentes. No caso de Serviços, a proporção é um pouco maior, de 3,4%. Já entre o total de vagas criadas, apenas 1,23% foi na modalidade intermitente no período – 8.092 de 659.780.<br/><b>G1</b>

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