01- Energia solar: sistema híbrido reduz em até 95% gastos com eletricidade

Tecnologia pode ser uma solução para propriedades rurais em zonas mais remotas, que não têm acesso à rede elétricaSistemas que combinam energia solar e geradores movidos a diesel podem ser uma alternativa para regiões rurais mais remotas e sem acesso à rede de energia elétrica. Essa tecnologia reduz em até 95% os gastos com eletricidade e são altamente sustentáveis, segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.“É possível combinar com sistemas de armazenamento, com bateria, para substituir sistemas a diesel por completo para diversas finalidades, como bombeamento, irrigação e outros”, diz.Segundo Sauaia, essa tecnologia tem enorme potencial e o produtor rural brasileiro está aderindo. O agro é o terceiro setor que mais usa sistemas fotovoltaicos, atrás apenas das residências e comércio. “Os produtores investiram R$ 3 bilhões. Existem mais ou menos 28 mil sistemas abastecendo 41 mil produtores”, afirmaPara quem quer investir, Sauaia recomenda que busque uma empresa especializada em sistemas fotovoltaicos. “Basta levar a conta de energia elétrica e farão um orçamento do tamanho da sua necessidade”, diz.<br/><b>Canal Rural</b>

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01 – Produção industrial cresce pelo 9º mês, mas desempenho é o pior desde abril

Em 12 meses indústria ainda acumula 4,3% de queda.A indústria brasileira voltou a perder fôlego neste começo de ano – apontando para uma recuperação difícil da economia. Dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em janeiro, a produção industrial do país cresceu 0,4% na comparação com dezembro de 2020 e de 2% em relação a janeiro de 2020.Foi a 9ª alta seguida na comparação mês contra mês imediatamente anterior – mas a menor taxa desde abril. Em 12 meses, o setor ainda acumula uma queda de 4,3%.O resultado vem depois da indústria registrar queda pelo segundo ano seguido. Diante dos efeitos da pandemia, o setor fechou 2020 com um tombo de 4,5%.De acordo com o IBGE, com os nove meses seguidos de alta, a indústria acumulou crescimento de 42,3%, eliminando a perda de 27,1% registrada entre março e abril, que havia levado a produção ao nível mais baixo da série."Mesmo com o comportamento positivo nos últimos meses, o setor industrial ainda se encontra 12,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011", destacou o IBGE.Setor desacelera a cada mêsO ritmo da produção industrial brasileira vem desacelerando mês após mês. Janeiro teve a taxa positiva menos intensa deste período e, conforme enfatizou o IBGE, o crescimento foi menos disseminado entre as atividades.Duas das quatro das grandes categorias econômicas e 14 dos 26 ramos pesquisados registraram queda na produção, diferentemente dos meses anteriores, quando predominaram taxas positivas."Chama atenção neste mês a quantidade de ramos que ficaram no campo negativo, que foram maioria, um comportamento que não foi observado nos meses anteriores dessa sequência de nove meses de crescimento”, apontou o gerente da pesquisa, André Macedo.Das quatro grandes atividades econômicas, bens de capital e bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram alta de 4,5% e 2%, respectivamente. Já bens de consumo intermediários e bens de consumo duráveis tiveram queda respectiva de 1,3% e 0,7%.O gerente da pesquisa destacou que bens de capital acompanhou o resultado geral e teve sua nona taxa positiva seguida. Com essa sequência, o patamar de produção desta categoria ficou 21,8% acima do registrado em fevereiro, pré-pandemia, mas ainda se encontra 21,19% abaixo do seu ponto mais alto, alcançado em setembro de 2013.Já a queda de bens duráveis interrompeu uma sequência de oito taxas positivas seguidas. Esta categoria começou o ano 2,6% acima do patamar pré-pandemia, mas ainda 8,6% abaixo do ponto mais alto da produção, registrado e junho de 2013.O patamar de bens de consumo semiduráveis e não duráveis ficou 1,6% acima do de fevereiro e 21,6% abaixo de junho de 2013, quando atingiu o seu pico de produção. Já o de bens intermediários ficou 2,7% acima do período pré-pandemia e 13,7% abaixo do pico, alcançado em fevereiro de 2011.Fim do auxílio emergencial e avanço da pandemiaA perda de ritmo da produção industrial em janeiro tem efeito direto do fim do auxílio emergencial e do agravamento da pandemia, apontou o gerente da pesquisa."Como o que vinha sustentando o consumo, que era o auxilio emergencial, acabou em dezembro, isso também se refletiu nessa desaceleração da produção industrial em janeiro. Tem também efeitos importantes da intensificação da pandemia, especialmente no Amazonas", destacou Macedo.O pesquisador enfatizou, ainda, que a crise no mercado de trabalho "ainda longe de mostrar recuperação consistente" também pressiona negativamente a indústria, limitando o consumo.Já a influência do agravamento da pandemia, segundo Macedo, pode ser percebida no resultado da produção de bens duráveis, que teve a primeira queda após oito meses seguidos de alta.Esse recuo foi puxado, sobretudo, pela produção de eletrodomésticos da linha marrom e motocicletas, majoritariamente realizada na Zona Franca de Manaus, no Amazonas."A pandemia e os efeitos dela dentro daquele estado ficam muito evidentes neste mês por conta dos bens de consumo duráveis", enfatizou.Indústria alimentícia segura a alta do setorDe acordo com o IBGE, a principal influência positiva na indústria brasileira em janeiro foi a produção alimentícia, que avançou 3,1%, eliminando parte da redução de 11,0% acumulada nos três últimos meses de 2020.Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,5%), de produtos diversos (14,9%), de celulose, papel e produtos de papel (4,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de móveis (3,6%).Por outro lado, entre as 14 atividades em queda, o principal impacto negativo partiu da metalurgia (-13,9%) que interrompeu seis meses seguidos de taxas positivas.Também se destacam os resultados negativos na produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), outros equipamentos de transporte (-16,0%), máquinas e equipamentos (-2,3%), produtos do fumo (-11,3%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,9%) e produtos têxteis (-2,5%).Avanço na comparação com janeiro de 2020Na comparação com janeiro do ano passado, a indústria avançou 2,0% com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 52 dos 79 grupos e 57,9% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que, em 2021, o mês de janeiro teve dois dias úteis (20 dias) a menos do que em 2020 (22).Entre as atividades, as principais influências positivas foram de máquinas e equipamentos (17,7%), produtos de metal (12,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%), produtos de minerais não-metálicos (11,5%) e produtos de borracha e de material plástico (9,5%).Outros impactos positivos importantes vieram de outros produtos químicos (5,4%), de produtos têxteis (21,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,3%), de metalurgia (3,6%), de celulose, papel e produtos de papel (4,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (6,4%).Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2020, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-5,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,5%) e outros equipamentos de transporte (-36,7%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria.PerspectivasPesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que a confiança da indústria registrou, em janeiro, a primeira queda desde abril do ano passado.Partiu da indústria o segundo maior impacto negativo sobre o Produto Interno Bruno (PIB), que despencou 4,1% em 2020. O setor teve queda de 3,5%, interrompendo dois anos seguidos de alta.Essa foi a queda mais intensa da indústria no PIB desde 2016, quando havia recuado 4,6%.Para 2021, os economistas do mercado financeiro estimam uma alta do PIB em 3,29%, conforme o último Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (1º).<br/><b>G1</b>

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01 – Número de produtores beneficiados pelo seguro rural cresceu 84% em 2020, diz Ministério da Agricultura

Ano passado, 105 mil produtores foram atendidos pelo programa. Em 2019, o total foi de apenas 42 mil. Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural recebeu R$ 881 milhões de orçamento.O número de produtores que foram beneficiados pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) cresceu 84% em 2020, comparado ao ano anterior, segundo relatório publicado nesta quarta-feira (3) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).Em 2019, 42 mil produtores receberam o seguro, enquanto no ano passado este número saltou para 105 mil. Com esta demanda, as seguradoras pagaram R$ 2,5 bilhões em indenizações aos produtores em 2020, de acordo com o Ministério.Para o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, estes dados apresentam uma "efetividade do seguro”.“Considerando os sucessivos problemas climáticos observados nos últimos anos, cada vez mais severos, o produtor rural não deveria plantar sem a proteção do seguro", declarou Loyola.De acordo com o relatório, em 2020 foram destinados R$ 881 milhões de orçamento para o programa. Para 2021, a expectativa é de que o valor seja de R$ 1 bilhão, caso o recurso seja aprovado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, que está em tramitação no Congresso Nacional.As regiões Norte e Nordeste se destacaram no relatório por ter tido um aumento no valor das apólices contratadas: R$ 50 milhões ante R$ 20 milhões em 2019.A área segurada foi a maior do programa, sendo 38% a mais do que 2014, que era o recorde até então. Ao todo, foram atendidos 13,67 milhões de hectares, com 193 mil apólices.Seguro RuralO PSR concede, desde 2005, o prêmio do seguro rural nas modalidades agrícola, pecuária, florestal e aquícola. O programa tem o objetivo de gerar uma estabilização da renda dos produtores ao longo dos anos, para estimular a produção agropecuária no país.Para contratar o seguro, o produtor deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize este tipo de apólice. Segundo o site do Mapa, atualmente, existem 14 seguradoras habilitadas para isso.O seguro rural é destinado tanto para pessoa física ou jurídica, independente de acesso ao crédito rural, contanto que produza espécies contempladas pelo programa. Em 2020, 62 culturas foram atendidas, de acordo com o relatório.Para os grãos em geral, o percentual do auxílio pode variar entre 20% e 40%, dependendo da espécie plantada e do tipo de cobertura contratada. Já no caso das frutas, olerícolas, cana-de-açúcar e demais modalidades o percentual de subvenção ao prêmio é fixo em 40%.<br/><b>G1</b>

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01- Agropecuária foi o único setor que cresceu no PIB de 2020; entenda

Atividade avançou 2% em relação a 2019, apoiada em safra e preços recordes e demanda aquecida. Expectativa é de mais crescimento este ano, apesar de preocupação dos produtores com clima e custos.Em ano de fortes perdas geradas pela pandemia do coronavírus, a agropecuária foi o único dos três grandes setores da economia (serviços e indústria) que cresceu em 2020.Em relação a 2019, o segmento avançou 2%, em meio ao tombo recorde de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB), mostram dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (3).Com este resultado, a agropecuária aumentou a sua participação no PIB brasileiro de 5,1% em 2019, para 6,8% em 2020.Segundo o IBGE, essa alta ocorreu pelo crescimento e ganho de produtividade das lavouras, com destaque para a soja (7,1%) e o café (24,4%), que alcançaram produções recordes na série histórica.Por outro lado, no 4º trimestre de 2020, em relação a igual período de 2019, o agro teve variação negativa de 0,4% por perdas em culturas como a laranja (-10,6%) e o fumo (-8,4%).Produtores e economistas consultados pelo G1 afirmam que os fatores ajudaram a impulsionar o agro em 2020 foram:A safra recorde de grãos de 257,8 milhões de toneladas em 2019/2020;Investimento dos produtores em pacotes tecnológicos avançados – sementes, defensivos, fertilizantes e rações de maior qualidade;Clima favorável;Demanda externa aquecida – receio de desabastecimento de alimentos por causa do fechamento de fronteiras impulsionou importações dos países. E Brasil é um grande exportador do setor;Agro foi considerado uma atividade essencial durante a pandemia para evitar falta de mantimentos;Auxílio emergencial aqueceu a demanda interna;Valorização do dólar em relação ao real impulsionou exportações do agro;Recomposição do rebanho suíno chinês após peste suína africana puxou vendas de soja e milho do Brasil – grãos viram ração para os animais;Aumento da produção e exportação de carnes.E 2021?Para este ano, a expectativa é de mais crescimento, apesar de algumas preocupações dos produtores com o clima e custos de produção.Consultado pelo G1, o economista Renato Conchon, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), espera que a agropecuária avance mais 2,5% no PIB de 2021, apoiada na expectativa de mais uma safra recorde de grãos, estimada em 268,3 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o momento."A colheita de grãos deve ser maior este ano do que em 2020, mas ela não deve vir tão boa quanto se esperava por questões climáticas e estabilização dos preços", diz Talita Pinto, pesquisadora do FGVAgro.Os fatores que preocupam os produtores são:O atraso na colheita de soja que postergou o plantio de milho;Chuvas intensas na colheita que estão prejudicando a qualidade da soja em alguns locais do país;Alta do dólar aumentou custo de importação de insumos, como fertilizantes e defensivos;Preços elevados da soja e milho pressionam o custo da ração animal;Apesar disso, economistas avaliam que as expectativas de crescimento para o PIB agropecuário e para a safra de grãos continuam muito positivas para o ano.Agro: ‘ilha da prosperidade’O PIB calculado pelo IBGE leva em conta somente o que é produzido dentro das fazendas. Mas se colocar nessa conta tudo o que acontece da porteira para a fora, o crescimento do agro pode ter sido bem maior em 2020, e ter alcançando 19%, estima Talita, pesquisadora da FGV.A projeção dela é para o PIB do agronegócio calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a CNA.Esse indicador leva em conta o movimento de toda a cadeia do setor: insumos, agroindústria e serviços, que não pararam durante a pandemia, já que foram considerados atividades essenciais.De janeiro a novembro de 2020, o índice expandiu 19,66%, contra o mesmo período de 2019. "Uma grande ilha de prosperidade para a economia brasileira", comenta Guilherme Bellotti, gerente de consultoria de Agronegócios do Itaú BBA."Apesar de todas as preocupações da pandemia, as pessoas continuam comprando comida. Elas podem substituir, por exemplo, uma carne de boi por frango ou porco, que seria mais barato, mas, ainda assim, continuam comprando", diz Talita, da FGV.Este cenário, somado à valorização do dólar em relação ao real, puxou as exportações do agronegócio brasileiro, que chegaram a US$ 100,81 bilhões em 2020, segundo maior valor da série histórica, atrás somente de 2018.As vendas externas foram puxadas, principalmente, pela soja. Somente a China comprou 73,2% do grão nacional."Algo importante que tem puxado as exportações brasileiras é a recomposição do rebanho suíno chinês, depois de uma liquidação que teve entre 2018 e 2019", diz Bellotti, do Itaú."Essa recomposição está ocorrendo baseado em um modelo de produção mais industrial, que depende de ração. E ração é basicamente farelo de soja e milho", acrescenta.A redução do rebanho suíno aumentou também a demanda chinesa por proteínas animais, o que favoreceu, mais uma vez, o Brasil. Em 2020, o país bateu recorde de exportação de carne bovina e suína.Quem ficou de fora?Por outro lado, o economista da CNA, Renato Conchon, lembra que nem todas as atividades do agro conseguiram se beneficiar do dólar alto."O real desvalorizado oferece mais renda aos produtores exportadores, e temos muitos produtores que destinam alimentos ao mercado interno, como hortaliças e frutas", ressalta.Outras atividades sofreram bastante no início da pandemia. É o caso do setor de flores, por exemplo, que costuma vender mais no Dia das Mães, em maio, período em que medidas de restrição de circulação e de isolamento social estavam em curso em boa parte do país."Naquele momento, houve uma redução do consumo de lácteos também e deixou-se de comprar leite dos produtores rurais", lembra Renato.Clima e investimentosNo campo, os agricultores também foram "coroados" por um clima bom durante toda a safra de grãos de 2019/20."O produtor fez um planejamento que deu tudo certo. Ele investiu em um pacote tecnológico avançado: isso quer dizer que ele utilizou sementes, fertilizantes e defensivos de maior qualidade, o que gerou uma maior produtividade", diz o economista da CNA, Renato Conchon.Atraso nas lavourasMas, neste ano, o clima tem preocupado os produtores. A seca em setembro de 2020 atrasou o plantio de soja em Mato Grosso e no Paraná, principais estados produtores e que "dão a largada" na semeadura do grão.Já as chuvas intensas estão prejudicando a colheita neste início de ano, pois há dificuldade para avançar com as máquinas nas lavouras. E, com isso, o plantio do milho também está sendo postergado."Eu tive 30 dias de atraso no plantio [de soja], e mais 15 dias na colheita. Então, grosso modo, nós temos um atraso de 40, 45 dias no plantio do milho", diz o produtor rural do município de Cláudia (MT), Zilto Donadello.Zilto, que também é diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), afirma que as chuvas comprometeram a qualidade da soja nesta safra.E que, diante deste cenário, prevê uma diminuição de 25% a 30% na produtividade da sua plantação. O que significa que ele espera colher menos grão por hectare."Se as condições climáticas não melhorarem durante o [cultivo do] milho segunda safra, a gente pode ter uma redução da quantidade produzida ao longo de 2021", diz o economista da CNA.Ele reforça, porém, que as expectativas para o setor continuam muito positivas, diante da demanda internacional aquecida e projeção de safra recorde.Em resposta ao G1, a Conab diz que, "até o presente momento", não tem informações de que o atraso nos cultivos de soja e milho possa impactar "a produção estimada para estas duas culturas".RendaZilto acrescenta ainda que produtores venderam a soja antecipadamente não têm se beneficiado dos preços recordes da oleaginosa."Eu comecei minhas vendas com R$ 78, R$ 80 [a saca] e terminei de vender por cerca de R$ 92, R$ 94. Pelo menos eu consegui cumprir meus contratos […] Mas essa rentabilidade que está no mercado eu não vou ter", diz.A saca de 60 kg de soja fechou a terça-feira (2) cotada a R$ 168,96.Custos de produçãoSe, por um lado, a valorização do dólar tem remunerado bem os produtores, por outro, deve aumentar os gastos para produzir neste ano, afirma o economista da CNA."O custo de produção da safra 2020/2021 subiu significativamente com a desvalorização do real em relação ao dólar. Com isso, fica mais caro importar insumos. 85% do fertilizante que a gente usa, por exemplo, é importado. E temos defensivos que são atrelados o câmbio também", diz Conchon.O pecuarista Aldo Rezende Telles, presidente da Associação dos Criadores Nelore de Mato Grosso (ACNMT), conta que os gastos de alguns criadores para engordar o gado também aumentaram.O setor tem sido bem remunerado na venda do boi gordo e o preço da arroba chegou a bater recorde em fevereiro."Dá uma aparência que é bom, mas os custos de produção estão crescendo. […] Se usa milho e o caroço de algodão [para a ração], por exemplo. Nós compramos o caroço de algodão a R$ 420 a tonelada no ano passado, hoje ele custa R$ 1.150", diz."Mas, na minha propriedade, estamos indo razoavelmente bem, porque sobrou muito produto do ano anterior. Então vai pesar para a gente na hora de voltar a comprar os produtos as próximas safras. Nós temos trato até junho", diz Telles.Para o economista da CNA, o aumento dos custos pode impactar mais o PIB agro de 2022 do que o deste ano.Baixa oferta de carneTelles menciona ainda que há, atualmente, no mercado uma baixa oferta de gado para a produção de carnes."Do ano passado para cá, o bezerro valorizou muito, então o pessoal deixou de matar vaca. Em vez de abater [a vaca], leva ela para o pasto e insemina para ter produção. Por isso que tem baixa oferta", diz Telles.Preço do bezerro tem valorização de mais de 56% em janeiroApesar deste cenário, o consultor de agronegócios do Itaú, Guilherme Bellotti, diz que, diante da demanda internacional aquecida, o setor de carnes, em geral, deve ter crescimento este ano."Com relação à carne bovina, provavelmente a gente deve ter um nível de produção oscilando ao redor do que foi 2020", diz Bellotti.Segundo a pesquisadora da FGVAgro, Talita Pinto, a produção de carne bovina alcançou 10,1 milhões de toneladas no ano passado, mas deve avançar para 10,5 milhões este ano.<br/><b>G1</b>

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01- Indústria melhora, mas sofre pressão de insumos

O setor industrial do Brasil registrou melhora em fevereiro, diante do aumento dos volumes de encomenda e produção, mas os empresários ainda enfrentaram forte pressão da cadeia de insumos em meio à pandemia de Covid-19, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).Em fevereiro, o PMI da IHS Markit subiu a 58,4, ante mínima de sete meses de 56,5 em janeiro, mantendo-se acima da marca de 50, que separa crescimento de contração.“O setor industrial do Brasil retomou a força após um início vacilante de 2021, mas a velocidade de recuperação permanece mais fraca do que no segundo semestre do ano passado”, disse o diretor de Economia da IHS Markit, Tim Moore.A alta em fevereiro se deveu a volumes robustos tanto de produção quanto de novos trabalhos, sendo que os produtores de bens de investimento informaram a alta mais forte de produção.A demanda doméstica maior foi a principal responsável pelos níveis mais altos de produção, uma vez que o crescimento das exportações foi apenas marginal e limitado a bens intermediários.Segundo a IHS Markit, os empresários citaram que a hesitação entre os clientes devido à pandemia e dificuldades em encontrar matéria-prima seguraram a recuperação em fevereiro.Mais da metade dos entrevistados citou prazos de entrega mais longos para insumos da indústria em fevereiro, contra apenas 2% que viram melhora.Assim, as compras de insumos aceleraram em fevereiro, refletindo encomendas maiores, mas também planos de compensar a escassez de oferta mantendo estoques maiores.No entanto, a forte demanda global por matérias-primas e custos mais altos de fretes levaram a nova alta forte nos preços de insumos, com a inflação de custo indo a uma máxima em três meses. Com os produtores buscando aliviar a pressão sobre as margens, os preços cobrados registraram aceleração similar.Apesar desses desafios, os empresários industriais no Brasil estão altamente otimistas sobre as perspectivas de crescimento para os próximos 12 meses, com o grau de sentimento positivo acelerando ante a mínima em oito meses de janeiro.Para os entrevistados, os investimentos previstos em capacidade adicional e a melhora das encomendas devem ampliar a produção no ano à frente. Também foram citadas esperanças de recuperação tanto da demanda interna quanto externa, conforme avança a vacinação contra o coronavírus em 2021.<br/><b>Reuters</b>

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01- Confiança empresarial cai em fevereiro, refletindo desaceleração da economia, aponta FGV

Foi a quinta queda mensal seguida no indicador.O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 1,8 ponto em fevereiro, para 91,1 pontos, segundo mostrou nesta segunda-feira (1) a Fundação Getulio Vargas (FGV).Em médias móveis trimestrais, o índice manteve a tendência de queda pelo terceiro mês consecutivo, ao cair 1,5 ponto em fevereiro."A preocupação é maior no Setor de Serviços e, dentro dele, nos segmentos mais dependentes de consumo presencial, como alojamento, alimentação fora do domicílio e serviços pessoais em geral. Enquanto outros setores se beneficiarão mais diretamente da melhora no ambiente de negócios com a chegada de recursos de “auxílio emergencial”, estes segmentos continuarão enfrentando um período muito difícil até que os efeitos da campanha nacional de imunização sejam sentidos e o número de hospitalizações e mortes se reduza consistentemente no país”, acrescentou.O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.A confiança de todos os setores recuou em fevereiro, com exceção do comércio, que ficou praticamente estável no mês, após perdas de 8,8 pontos entre outubro e janeiro.Segundo a FGV, o recuo do índice geral em fevereiro foi motivado pela piora tanto do quadro atual quanto do cenário econômico para os próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu pela terceira vez seguida, agora em 1,9 ponto, para 93,4 pontos; o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 0,9 ponto, para 91,8 pontos.<br/><b>G1</b>

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01 – Desemprego cai para 13,9% no 4º trimestre, mas taxa média em 2020 é a maior já registrada pelo IBGE

O desemprego no Brasil teve a terceira queda seguida e ficou em 13,9% no trimestre encerrado em dezembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, 13,9 milhões de brasileiros ainda estavam desempregados.Já a taxa média de desemprego no ano de 2020 foi de 13,5%, a maior da série iniciada em 2012. Em 2019, foi de 11,9%.Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Coníinua (Pnad). Na pesquisa anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 14,1%.Veja os principais destaques da pesquisa:2020 terminou com uma média de 13,4 milhões de desempregados, 6,7% a mais que em 2019;Taxa média anual de desemprego subiu de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020, a mais alta desde 2012;A população ocupada atingiu, na média anual, 86,1 milhões, o menor contingente desde 2012;O número de carteiras de trabalho assinadas no ano também atingiu o menor contingente desde 2012;Taxa média de informalidade recuou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020;O contingente de pessoas desalentadas, na média anual, aumentou em 16,1% em relação a 2019.Impacto da pandemiaAnalistas têm destacado que uma retomada do mercado de trabalho depende do controle da pandemia e de uma vacinação em massa da população."A necessidade de medidas de distanciamento social para o controle da propagação do vírus paralisaram temporariamente algumas atividades econômicas, o que também influenciou na decisão das pessoas de procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas ao longo do ano, um maior contingente de pessoas voltou a buscar uma ocupação, pressionando o mercado de trabalho”, afirmou a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.Indicadores antecedentes têm mostrado uma desaceleração do ritmo de recuperação da atividade econômica neste começo de ano em meio ao término das medidas de auxílio governamental sem substitutos definidos. A queda da renda e a inflação "mais salgada" também têm levado mais pessoas a procurar um emprego, o que tende a manter a taxa de desemprego ainda elevada no 1º trimestre de 2021.A média das projeções do mercado para o crescimento do PIB em 2021 tem sido revisada para baixo e está atualmente em 3,29%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.<br/><b>G1</b>

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01- Lucro líquido da Petrobras despenca em 2020 e chega a R$ 7 bilhões

A Petrobras informou nesta quarta-feira (24) que registrou lucro líquido de R$ 7 bilhões em 2020, o que representa uma queda de 82,3% na comparação com o ano anterior.No quatro trimestre, por sua vez, a estatal registrou lucro líquido de R$ 59,9 bilhões, ante R$ 8,15 bilhões no mesmo período de 2019 — o que superou as expectativas do mercado.Esse é o último resultado financeiro da estatal sob o comando de Roberto Castello Branco, que será substituído em março após interferência do presidente Jair Bolsonaro.Contribuíram com o resultado anual, a queda do valor do petróleo no primeiro trimestre de 2020, por conta da pandemia, a desvalorização do real em relação ao dólar, e o lucro líquido de 2019, de R$ 40,137 bilhões. Segundo a estatal, esse foi o maior lucro nominal (sem considerar a inflação) da história da companhia."Iniciativas que aumentaram a resiliência e eficiência e a continuidade do trabalho de redução do endividamento contribuíram para compensar parcialmente os impactos da crise", disse a Petrobras, em seu relatório financeiro.No ano, o lucro da estatal antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) chegou a R$ 143 bilhões, aumento de 10% em relação a 2019. No quarto trimestre, a alta foi de 41%, atingindo R$ 47 bilhões.Evolução do lucro ou prejuízo anual da PetrobrasReceita e dívida líquidaNo quatro trimestre, a estatal registrou receita de R$ 74,97 bilhões — 6% superior à registrada no terceiro trimestre em função da valorização do preço do Brent. No ano, o valor chegou a R$ 272,07 bilhões.Por outro lado, o volume das exportações de petróleo diminuiu 12,12% no quatro trimestre, ante o período imediatamente anterior, devido à menor produção.A dívida líquida anual foi de US$ 63,2 bilhões em 2020, o que representa uma queda de US$ 15,7 bilhões em relação ao acumulado de 2019."Menores endividamento e pagamentos de juros são fundamentais para melhorar a percepção de risco e liberar recursos a serem investidos em ativos de classe mundial, particularmente em um negócio de capital intensivo como o de petróleo", informou Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras.DividendosA Petrobras aprovou o pagamento de R$ 10,3 bilhões aos acionistas, sob a forma de dividendos, equivalente a R$ 0,787446 por ação ordinária e preferencial em circulação, com base no resultado anual de 2020.Troca de comandoA Petrobras convocou na terça-feira (23) uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para destituir Roberto Castello Branco da presidência da estatal. Ele deverá ser substituído por Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a companhia.Em comunicado, a companhia informou que a AGE vai ser realizada antes da Assembleia Geral Ordinária (AGO) deste ano. A data ainda será definida.Com a saída de Castello Branco, terão de ser substituídos sete integrantes do conselho de administração eleitos na assembleia ordinária de 22 de julho do ano passado por voto múltiplo. São eles: Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Ruy Flacks Schneider, João Cox Neto, Paulo Cesar de Sousa e Silva, Nivio Ziviani, Omar Carneiro de Cunha Sobrinho, Leonardo Pietro Antonneli.Silva e Luna foi indicado na sexta-feira (19) pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da Petrobras. A interferência de Bolsonaro no comando da estatal provocou um forte abalo nas ações da companhia. Na segunda-feira (22), a empresa chegou a perdeu R$ 75 bilhões em valor de mercado.<br/><b>G1</b>

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01 – Após queda histórica, 82% das grandes indústrias pretendem investir em 2021

Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta 3ª feira (23.fev.2021) mostra que 82% das grandes empresas pretendem investir neste ano.A expectativa para 35% desses investimentos é em melhorias do processo produtivo e 33% para o aumento da capacidade de produção, com a aquisição de novas máquinas e tecnologias.“Essa alta sinalização sugere a expectativa de consolidação da forte recuperação da atividade industrial após o período mais crítico da pandemia”, diz a CNI na pesquisa, realizada com 462 empresas de grande porte, de 4 a 15 de janeiro de 2021.Para 15% dos empresários industriais, o principal objetivo é manter a capacidade produtiva e, para 11% deles, introduzir novos produtos.Em 66% dos casos, independentemente do objetivo do investimento previsto, há a expectativa de aquisição de máquinas. Além disso, o percentual do investimento voltado principalmente para o mercado doméstico aumentou de 36% para 39%, mas, de acordo com a CNI, segue abaixo da média histórica, de 42%.Entre as empresas que não pretendem investir, 35% afirmaram que não há necessidade, 33% optaram por não fazer os investimentos e 33% não conseguem investir.INVESTIMENTOS EM 2020O documento mostra também que o ano passado começou e terminou fora da curva. Em 2020, 84% das empresas pretendiam investir, um percentual acima dos anos anteriores.No entanto, apenas 69% conseguiram de fato investir devido à pandemia. Trata-se de um dos menores registros na história da pesquisa, superando apenas o percentual de 2016, que foi de 67%.De acordo com a CNI, a redução dos investimentos no ano passado ocorreu em grande parte pelo alto custo dos insumos e pela reavaliação do mercado doméstico como destino dos produtos. “Ambos são influenciados diretamente pela pandemia de covid-19, que restringiu a demanda por produtos industriais, trouxe oscilação para o câmbio e pressionou custos”, diz o estudo.Mais de 3/4 das grandes empresas que investiram em 2020 adquiriram máquinas ou equipamentos (76%); desses, 23% compraram máquinas usadas. Pouco mais de 2/3, ou 68%, realizaram manutenção ou atualização de máquinas em 2020. Já 33% investiram em pesquisa e desenvolvimento, 30% na capacitação de pessoal, e 24% na melhoria da gestão do negócio. Os percentuais são próximos aos observados em 2019.Além disso, a falta de alternativas de financiamento de terceiros causou impacto nos investimentos. Nos últimos 6 anos, cerca de 70% dos recursos empregados nos investimentos são recursos próprios das empresas. Em 2020, o percentual ficou em 72%, idêntico ao de 2019.Em 2020, a participação de bancos comerciais privados nos investimentos industriais ficou em 13%, um ponto percentual abaixo do registrado em 2019. A participação de bancos oficiais de desenvolvimento foi de apenas 7%. Outras fontes de financiamento, como bancos comerciais públicos, financiamento externo e construção de parcerias ou joint ventures somam 8%.<br/><b>Poder 360</b>

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01 – CNI diz que 69% das grandes empresas industriais fizeram investimentos em 2020

Levantamento divulgado nesta terça-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 69% das grandes empresas industriais do país fizeram investimentos em 2020.O percentual ficou abaixo dos 84% que, segundo a CNI, disseram no início do ano que fariam investimentos.Conforme a CNI, a pesquisa Investimentos na Indústria 2020-2021 também mostrou os seguintes resultados:47% das grandes indústrias fizeram todo o investimento planejado em 2020;82% das grandes empresas afirmaram que pretendem investir em 2021.Entre os empresários que disseram que vão investir em 2021, segundo a CNI:35% vão melhorar o processo produtivo;33% vão aumentar a capacidade de produção;15% vão manter a capacidade produtiva;11% vão introduzir novos produtos.Alto custo para investimentosNa avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia, Carlos Eduardo Abijaodi, o resultado dos investimentos no ano passado foi motivado, em grande parte, pelo elevado custo dos insumos e pela reavaliação do mercado doméstico como destino de produtos."Sentimos que os investimentos não foram feitos e foram adiados para este ano, pelo alto custo para investir e pela falta de alternativas de financiamento. Para este ano, percebemos uma preocupação muito grande com os processos produtivos, que devem ser melhorados, com a aquisição de novas máquinas e tecnologia", afirmou.De acordo com a CNI, nos últimos seis anos, cerca de 70% dos valores investidos foram de recursos próprios das empresas. Em 2020, o percentual ficou em 72%, o mesmo de 2019.No documento, a entidade alerta para a falta de alternativas viáveis de recursos de terceiros para investir, como financiamentos bancários.Em 2020, a participação de bancos comerciais privados ficou em 13%, um ponto percentual abaixo do registrado em 2019. A participação de bancos oficiais de desenvolvimento foi de apenas 7%.<br/><b>G1</b>

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