01 – Brasil tem equivalente a quase toda população do Canadá sem emprego

Atingido em cheio pela covid-19, o mercado de trabalho pode ter visto seu pior momento em maio, mas um forte aumento do desemprego ainda está por vir, mostram os primeiros dados de uma nova pesquisa semanal do IBGE. A taxa de desemprego passou de 10,5% na primeira semana de maio, para 11,4% na última semana, porém, quando são consideradas também as pessoas que não procuraram emprego, mas gostariam de trabalhar, a taxa sobe para 30,2%. São 36,6 milhões de brasileiros sem trabalho, o equivalente a quase toda a população do Canadá.Foram os primeiros números de maio do IBGE sobre o mercado de trabalho, calculados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), feita totalmente por telefone. No trimestre encerrado em abril, a Pnad Contínua, pesquisa que segue sendo a oficial para medir o mercado de trabalho nacional, havia mostrado uma taxa de desemprego de 12,6% — mas os dados não são comparáveis, segundo o IBGE.De acordo com Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), neste período inicial da crise, há uma "falsa estabilidade da taxa de desemprego", porque os trabalhadores estão perdendo o emprego, mas, num primeiro momento, não estão buscando novas vagas – pela metodologia internacional dos estudos sobre trabalho, só é considerado desempregado quem busca um emprego.O total de desempregados foi de 9,8 milhões na primeira semana de maio para 10,9 milhões na segunda, alta de 10,8%. Como o total de ocupados se manteve no mesmo nível – em torno de 84 milhões nas quatro semanas, indicando que não houve demissões generalizadas -, é possível que os desempregados tenham vindo do grupo de trabalhadores que estavam fora de força de trabalho, ou seja, não estavam procurando emprego, disse o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo. Esse é o movimento esperado para os próximos meses, nas projeções de Duque, do Ibre/FGV.A Pnad Covid calculou que, entre as pessoas fora da força de trabalho, 25,7 milhões não procuraram um emprego, mas gostariam de trabalhar. Somados aos desempregados, somam os 36,6 milhões sem emprego. No grupo dos que não procuraram um emprego, mas gostariam de trabalhar, 17,7 milhões não o fizeram especificamente por causa da pandemia de covid-19 ou por falta de trabalho em sua região.<br/><b>Correio Braziliense</b>

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01 – Pandemia provoca redução de pedidos em 96% da indústria têxtil, afirma Abit

Um levantamento feito no início do mês com empresários da indústria têxtil retrata um cenário de perda de pedidos, demissões e dificuldade de acesso ao crédito em razão da crise do coronavírus, que causou fechamento do comércio de produtos considerados não essenciais, incluindo as lojas de vestuário.Feita pela Abit, entidade que representa as fábricas de produtos têxteis, a sondagem mostra que 96% das empresas tiveram queda na carteira de encomendas, sendo que mais da metade das fábricas (55%) registrou redução superior a 50% no número de pedidos.Diante da falta de encomendas, 60% das empresas informaram que demitiram durante a crise, com a mais da metade do setor cortando de 5% a 20% do quadro de funcionários que tinha antes da pandemia.A consulta feita pela Abit revela ainda que 56% das empresas da indústria têxtil procuraram recentemente alguma linha de crédito – principalmente, para capital de giro, finalidade de 79% dos que buscaram crédito.As empresas, porém, apontam, em grande maioria (71% do total), condições piores oferecidas pelos bancos, citando aumento de taxas, prazos reduzidos e a cobrança de uma quantidade considerada excessiva de garantias.A enquete foi realizada pela Abit na primeira semana de junho junto a 58 empresas do setor têxtil.<br/><b>IstoÉ Dinheiro</b>

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01 – Mais de 54% das indústrias não demitem na pandemia; acesso ao crédito é apontado como dificuldade

Dependendo ainda da retomada econômica para reativar completamente a produção, a indústria cearense demitiu até o momento 14,4% da mão de obra, conforme relatório divulgado ontem (15) pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Segundo o documento, 54,4% das empresas não dispensaram seus funcionários, 25,3% cortaram entre 1% e 25% do quadro de colaboradores e 5% demitiram mais de 75% dos empregados.A pesquisa da Fiec também aponta que uma das maiores dificuldades do setor é o acesso ao crédito para garantir capital de giro. Entre as empresas que solicitaram a ajuda, 59,7% tiveram o pedido negado, conforme a Federação.O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, diz que a aposta a partir de agora é de melhora no quadro das empresas e da economia como um todo. "Esse pacote do Governo Federal de complementar a folha de pagamento tem sido muito importante para o setor não demitir. Já o acesso ao crédito é o grande problema nosso hoje porque o Governo tem soltado medidas, mas elas não conseguem chegar na ponta, não chegam à empresa", aponta.Cavalcante afirma ainda que as instituições financeiras continuam fazendo seus levantamentos para avaliar os pedidos de empréstimos por parte das empresas e que cumprem com as regras de mercado. "Nós temos trabalhado com o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa, para que a gente possa fazer isso (negociação), mas até agora não tem nenhuma recomendação do Governo dizendo para as instituições facilitarem esse crédito. Está faltando chegar ao ponto de o Governo e o Banco Central assumirem as operações".O executivo reitera que é preciso controlar a Covid-19 para que as atividades indústrias e comerciais possam retornar integralmente às atividades. "É importante toda a cadeia voltar. Primeiro a gente tem que torcer para que a Covid caia para fazermos toda a indústria e o comércio trabalhar. Segundo, a gente tem que entender que o consumidor e as formas de consumo mudaram", complementa. O economista e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-CE), Ênio Arêa Leão, diz que enquanto o prazo de suspensão e redução de jornada estiverem valendo, as empresas vão postergar as demissões."E elas vão depender da velocidade da retomada e do segmento da empresa. Em alguns setores, os estoques caíram muito. Se essa retomada de produção se juntar à retomada de vendas, a gente pode ver um número baixo de novas demissões", analisa.Em relação ao crédito às empresas, Arêa Leão afirma que os bancos ainda estão evoluindo na operacionalização dos empréstimos. "Nesses momentos, o Governo tem que entrar dando garantia de crédito. A gente espera que até o fim de junho essa linha de crédito avance, com mais garantias do Governo para os bancos", completa.PesquisaSegundo a Fiec, 158 empresas cearenses responderam à pesquisa entre 29 de abril e 18 de maio. "Atualmente, 65,8% das empresas estão antecipando as férias individuais dos colaboradores para lidar com a medida de isolamento social.As outras medidas mais adotadas para mitigar os custos são operacionalização remota das atividades (44,9%), concessão de férias coletivas (29,8%) e diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) (31,7%)", informa o documento. O relatório da Federação ainda aponta que, se mantida a impossibilidade de funcionamento, 67,7% das indústrias reduzirão seu volume de produção em mais de 50%."A estimativa média dos empresários é de uma diminuição de 62,6% no faturamento do mês. Porém, é importante ressaltar que metade das empresas afirma que não fará demissões em massa: 34,8% não modificarão a quantidade funcionários e 15,2% reduzirão entre 5% e 25%. Dessa forma, se mantidas as restrições de funcionamento, estima-se que chegue a 38,3% de demissões na indústria no próximo mês", acrescenta o documento da Federação.Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das empresas não solicitou crédito através dos novos programas do Governo Federal de acesso a capital de giro (51,3%). Entre as indústrias que solicitaram crédito, 59,7% tiveram suas solicitações negadas, enquanto 22,1% tiveram suas aprovações aprovadas parcialmente, ou seja, apenas 18,2% obtiveram o valor integral solicitado para seu capital de giro. "Possivelmente as condições determinadas para a tomada de empréstimos não são factíveis na atual conjuntura, pois 71,5% dos empresários apontaram a facilitação do crédito como uma medida necessária", sinaliza a Fiec.<br/><b>Diário do Nordeste</b>

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01 – Caixa libera consulta ao valor e data de novos saques do FGTS

A Caixa Econômica Federal liberou nesta segunda-feira (15) a consulta do valor e da data do saque emergencial do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de até R$ 1.045 por trabalhador.O trabalhador pode consultar qual o valor do seu saque emergencial e quando o valor será creditado por meio do site fgts.caixa.gov.br ou por meio do Disque 111. A consulta poderá ser feita também pelo aplicativo FGTS e pelo Internet Banking da Caixa a partir de sexta-feira (19).Ao fazer a consulta por app ou no site, o trabalhador também poderá optar por não fazer o saque emergencial ou ainda por devolver o valor para a conta do FGTS caso o crédito já tenha ocorrido.O trabalhador que escolher não fazer o saque emergencial deve informar a Caixa pelo menos dez dias antes da data de crédito prevista.As liberações emergenciais do FGTS começarão no dia 29 de junho e será realizado por meio de Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores. Já o saque em espécie ou transferências, também dos aniversariantes de janeiro, estão liberados a partir de 25 de julho (veja o calendário completo mais abaixo).O dinheiro ficará disponível para o trabalhador até 30 de novembro. Se o saque emergencial não for feito até essa data, automaticamente o valor retornará para o fundo de garantia.Essa nova liberação do saque do FGTS se deu em razão da pandemia do novo coronavírus, que afetou as atividades econômicas e a renda dos trabalhadores.O governo federal informa que todos os 60,8 milhões de trabalhadores que possuem contas no FGTS poderão ser bene?ciados com os saques. Segundo a Caixa, devem ser liberados R$ 37,8 bilhões. Cerca de 30,7 milhões de trabalhadores poderão sacar todo seu recurso no FGTS (50,5% do total).A Caixa anunciou no sábado (13) que as liberações emergenciais do FGTS começarão no dia 29 de junho. Essa data é para o crédito em conta poupança do trabalhador nascido em janeiro.O saque em espécie ou transferências, também dos aniversariantes de janeiro, estão liberados a partir de 25 de julho (veja o calendário completo mais abaixo).Terão direito aos saques os trabalhadores que tenham contas ativas (do emprego atual) ou inativas (de empregos anteriores) do FGTS. Cada trabalhador poderá sacar até R$ 1.045.Para evitar aglomerações nas agências, a Caixa fixou datas diferentes para a liberação do crédito em conta e para o saque em espécie ou transferência dos valores. O calendário considera o mês de nascimento do trabalhador. “A cada semana realizaremos o credito digital na conta dos brasileiros. Sempre às segundas-feiras, com exceção do dia 8 de setembro, porque dia 7 é feriado. Teremos, a partir do dia 29, pelas próximas 12 semanas, a cada segunda feira, 5 milhões de brasileiros recebendo esse depósito e terão o saque sendo permitido a partir de cada sábado”, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.Como funciona a poupança digitalA movimentação do valor do saque emergencial poderá, inicialmente, ser realizada somente por meio digital com o uso do aplicativo CAIXA Tem, sem custo."Após o crédito dos valores na conta poupança social digital, já será possível pagar boletos e contas ou utilizar o cartão de débito virtual e QR code para fazer compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos, tudo por meio do aplicativo", explica a Caixa.A partir da data de disponibilização dos recursos para saque ou transferência, os trabalhadores poderão transferir os recursos para contas em qualquer banco, sem custos, ou realizar o saque em espécie nos terminais de autoatendimento da Caixa e casas lotéricas.<br/><b>G1</b>

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01 – Confiança do empresário industrial tem melhora em junho, aponta levantamento da CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial registrou melhora em junho, segundo números divulgados nesta quarta-feira (10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).Com isso, informou a entidade, o indicador se "descola de seu piso histórico e do patamar observado no auge da crise de 2015/2016". Ainda de acordo com a CNI, o "pessimismo ainda está presente, mas bem menor do que no mês anterior [maio]".Neste mês, o indicador somou 41,2 pontos, contra 34,7 pontos em maio, em uma escala de zero a 100. Nessa metodologia, os 50 pontos marcam uma linha divisória entre confiança e falta de confiança. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.Segundo a CNI, é usual uma reavaliação das expectativas após uma forte queda como a registrada em abril (34,5 pontos), por isso esse crescimento "ainda não pode ainda ser considerado como o início de uma tendência de alta"."No entanto, a confiança continua baixa, refletindo tanto a severidade da crise como a incerteza que ainda persiste e a pouca eficácia das medidas do governo para prover capital de giro às empresas. A dificuldade de acesso a crédito é uma preocupação adicional e um fator que contribui para a falta de confiança”, avaliou o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.A melhora do índice pode ser explicada pela melhora nas expectativas do empresário para os próximos seis meses, que registrou alta de 8,4 pontos e subiu para 47,8 pontos.A avaliação em relação ao momento atual ainda é muito ruim. O Índice de Condições Atuais cresceu 2,7 pontos e alcançou 27,7 pontos entre maio e junho deste ano. <br/><b>G1</b>

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01 – Em abril, indústria paulista teve maior queda desde 2002

A produção industrial de São Paulo teve uma queda de 23,2% em abril, a maior redução desde o início da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal Regional, em janeiro de 2002. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE  (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e refletem os efeitos do isolamento social determinado pelo combate à pandemia da covid-19.São Paulo concentra aproximadamente 34% da indústria nacional e atinge nessa passagem (de março para abril) a taxa mais intensa de sua série histórica. Os setores que mais influenciaram essa queda foram o de veículos automotores e o de máquina e equipamentos”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.É o terceiro mês consecutivo de queda da produção industrial paulistana, acumulando -27,9% no período.Com a paralisação de diversas unidades de produção, a pesquisa mostrou queda em 13 dos 15 locais pesquisados, na passagem de março para abril, com redução de 18,8% no país (dado divulgado na semana passada).A queda foi ainda maior em outra regiões pesquisadas: Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%) e Bahia (-24,7%).A segunda maior influência no resultado nacional foi o Paraná, com queda de 28,7%, acumulando -32,3% em dois meses.Os únicos dois locais que foram na contramão das quedas foram Pará e Goiás. No primeiro, a atividade industrial cresceu 4,9%, enquanto no segundo a elevação foi de 2,3%.De março a fevereiro, no entanto, os dois Estados haviam apresentado queda na produção industrial, com queda de 14,4% no Pará e de -2,5% em Goiás. Ao anunciar, na semana passada, a queda histórica da indústria brasileira, que encolheu 18,8% em abril, o IBGE explicou que as piores quedas vieram das fábricas de veículos, em decorrência da interrupção da produção; da indústria de couro e calçados; e da fabricação de bebidas.<br/><b>R7</b>

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01 – Cenário para indústria piora com força no Focus e mercado corta previsão para PIB pela 17ª vez

O mercado piorou pela 17ª vez seguida a perspectiva para a economia do Brasil neste ano, com forte deterioração do cenário para a produção industrial, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.O levantamento semanal mostrou que a projeção agora é de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,48% em 2020, contra recuo de 6,25% estimado antes. Para 2021, segue a perspectiva de uma recuperação de 3,50%.O cenário para a indústria sofreu forte piora, com uma queda estimada agora da produção de 5,35% em 2020, ante contração de 3,59% prevista antes. Para 2021, a perspectiva de crescimento melhorou a 3%, de 2,50%.A perspectiva para a inflação este ano sofreu leve ajuste para baixo de 0,02 ponto percentual, com a alta do IPCA prevista em 1,53%, enquanto para o ano que vem continuou em 3,10%.O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75% , ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.A taxa básica de juros Selic permanece sendo calculada em 2,25% ao final deste ano e para 2021 passou a 3,50%, de 3,38% na mediana das projeções anteriores.Por outro lado, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, reduziu a conta para a Selic este ano a 2,13% de 2,25%, e para 2021 a 2,75% de 2,88%.<br/><b>Terra</b>

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01 – Indústria sofre tombo recorde com a pandemia do novo coronavírus

A pandemia do novo coronavírus provocou uma queda recorde na indústria brasileira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção das fábricas despencou 18,8% em abril ante março, quando já havia recuado 9,1%. E o tombo foi ainda maior em relação a abril do ano passado: 27,2%. Este, porém, deve ser só o primeiro de uma série de baques da atividade econômica em abril. Os economistas projetam quedas acentuadas também para os setores de comércio e serviços. Além disso, acreditam que o cenário negativo deve se estender pelos próximos meses.“Abril será o mês mais negativo dessa crise, porque tivemos 30 dias completos de isolamento social e de parada econômica. Em março, tivemos só 15 dias de isolamento e, em maio, já houve o relaxamento do distanciamento social em alguns locais. Mas, em abril, não. A maior parte da atividade econômica parou”, explicou o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Claudio Considera.Por conta disso, o Indicador de Atividade Econômica da FGV/Ibre já calcula uma queda de 7% da atividade econômica em abril, ante março. Essa queda ainda sobe para 10,9% quando se compara abril de 2020 com abril de 2019. E ainda pode ficar maior. O resultado oficial do setor de comércio e de serviços ainda não foi divulgado pelo IBGE, mas especialistas alertam que, devido ao fechamento do comércio e dos serviços não essenciais em abril, esse recuo pode ser ainda mais grave que o da indústria.“A queda da produção industrial é a mais intensa desde o início da série histórica, e fez com que a produção alcançasse o patamar mais baixo desde o início da série, em 2002, ou seja, foi o pior desempenho em 18 anos”, destacou o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, André Macedo.Macedo explicou que, com as medidas de isolamento social, a maior parte das fábricas precisou interromper a produção em abril, acentuando o recuo que já havia sido sentido no início da pandemia. E o setor ainda foi afetado pela retração do consumo das famílias, que, praticamente, só estão comprando bens essenciais. “Com a pandemia, as indústrias foram obrigadas a paralisar a produção. E muitas das que ainda trabalharam operaram apenas os setores essenciais”, explicou o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi.O IBGE constatou quedas históricas em todas as categorias industriais: bens de consumo duráveis (-79,6%); bens de capital (-41,5%); bens de consumo (-26,1%); bens intermediários (-14,8%); e bens de consumo semi e não duráveis (-12,4%).  Em termos de atividades industriais, 22 das 26 atividades avaliadas pelo IBGE apresentaram retração.Só escapou do vermelho a produção dos bens essenciais que continuam sendo consumidos normalmente na quarentena. Isto é, alimentos, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e produtos de limpeza — que tiveram alta de 3,3%, 6,6% e 1,3%, respectivamente. Além da indústria extrativa, que ficou estável (0%).Na lista de recuos, destacam-se as retrações sofridas pelos bens de consumo duráveis, que são vistos como supérfluos neste momento de pandemia e, por isso, tiveram a compra postergada. O maior exemplo está na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que já havia se contraído 28% em março e despencou mais 88,5% em abril — a queda mais intensa da série histórica do IBGE.“As pessoas estão com medo de se endividar, estão inseguras em relação ao desemprego. Por isso, não compraram bens de consumo duráveis, nem semiduráveis, como calçados e roupas, porque não tinham nem onde comprar, já que o comércio passou todo o mês de abril fechado”, lembrou Considera, da FGV.<br/><b>Correio Braziliense</b>

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01 – Indústria cai 18,8% com pandemia em abril e tem pior resultado em 18 anos

A produção industrial caiu 18,8% em abril, na comparação com o mês anterior, refletindo os efeitos do isolamento social, iniciado em meados de março, para controle da pandemia de Covid-19. É a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 26,1% no período.Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (3) pelo IBGE. No ano, de janeiro a abril, o setor encolheu 8,2%, e nos últimos 12 meses, recuou 2,9%. Em relação a abril do ano passado, a queda na indústria foi maior, -27,2%, sexto resultado negativo seguido nessa comparação e o mais elevado desde o início da série registrada pelo Instituto.“O resultado de abril decorre, claramente, do número maior de paralisações das várias unidades produtivas, em diversos segmentos industriais, por conta da pandemia. Março já tinha apresentado resultado negativo. Agora, em abril, vemos um espalhamento, com quedas de magnitudes históricas, de dois dígitos, em todas as categorias econômicas e em 22 das 26 atividades pesquisadas”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.Entre as atividades, o pior recuo veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-88,5%), que foi pressionada pelas interrupções da produção dos automóveis, caminhões e autopeças em várias fábricas do país. Com isso, a atividade intensificou o recuo observado no mês anterior (-28%) e registrou a queda mais intensa desde o início da série.Segundo Macedo, a interrupção da produção de veículos automotores impacta outros segmentos industriais, que também caíram em abril: metalurgia (-28,8%), produtos de borracha e de material plástico (-25,8%) e máquinas e equipamentos (-30,8%). Outros recuos relevantes vieram das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%) e bebidas (-37,6%).Indústrias alimentícias e farmacêuticas têm alta em relação a marçoMacedo observa que as atividades que produzem itens de consumo essenciais avançaram em abril. É caso de produtos alimentícios (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%), que voltaram a crescer após recuarem em março (-1,0% e -11%). Perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal também subiram (1,3%), enquanto o setor extrativo ficou estável (0%).“Embora o impacto positivo dos alimentos tenha vindo, principalmente, da maior produção do açúcar, observamos aumentos também na produção de outros gêneros alimentícios necessários para as famílias, como leite em pó, massas, carnes e arroz”, comentou o gerente da pesquisa.Quedas históricas em todas as grandes categoriasAndré Macedo destaca ainda que o recuo em todas as grandes categorias econômicas marcou o menor resultado das suas séries históricas. Bens de consumo duráveis teve a queda mais acentuada de abril (-79,6%), influenciada, em grande parte, pela menor fabricação de automóveis. Foi o terceiro mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 84,4% nesse período.O segmento de bens de capital (-41,5%) também teve redução mais elevada do que a média nacional (-18,8%). Os setores produtores de bens intermediários (-14,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-12,4%) também caíram, com o primeiro intensificando a queda de março (-3,7%), e o segundo mantendo o resultado negativo que vem desde novembro do ano passado, acumulando nesse período perda de 25,2%.<br/><b>Agência de Notícias IBGE</b>

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01 – Com pandemia, produção industrial tem tombo recorde de 18,8% em abril, diz IBGE

A produção industrial brasileira desabou 18,8% em abril, na comparação com março, atingindo o nível mais baixo já registrado no país, conforme divulgou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tombo recorde evidencia a dimensão do impacto da pandemia de coronavírus e das medidas de isolamento social na atividade econômica."É a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 26,1% no período", informou o IBGE.Com o tombo de abril, o patamar da produção industrial no país ficou 38,3% abaixo de pico histórico, registrado em maio de 2011. "É o patamar mais baixo da série histórica na pesquisa. Estamos no piso da produção industrial", afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.Na comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior, de 27,2%, o sexto resultado negativo seguido nessa comparação e também recorde negativo da série histórica da pesquisa.No ano, de janeiro a abril, o setor encolheu 8,2%, e nos últimos 12 meses, passou a acumular retração de 2,9%.“O resultado de abril decorre, claramente, do número maior de paralisações das várias unidades produtivas, em diversos segmentos industriais, por conta da pandemia. Março já tinha apresentado resultado negativo. Agora, em abril, vemos um espalhamento, com quedas de magnitudes históricas, de dois dígitos, em todas as categorias econômicas”, destacou Macedo.22 dos 26 segmentos tiveram quedaA queda da produção foi generalizada, alcançando todas as grandes categorias econômicas e 22 dos 26 ramos pesquisados.Segundo o IBGE, a influência negativa mais relevante foi a da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-88,5%), pressionada, em grande medida, pelas paralisações e interrupções em várias fábricas. Foi a queda mais intensa desde o início da série histórica.A interrupção da produção de veículos impactou outros segmentos industriais, como metalurgia (-28,8%), produtos de borracha e de material plástico (-25,8%) e máquinas e equipamentos (-30,8%). Outros recuos relevantes no mês foram observados nas atividades de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%) e bebidas (-37,6%).A produção só cresceu nas nas atividades relacionadas a itens essenciais. Produtos alimentícios (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%) voltaram a crescer após recuarem em março (-1,0% e -11%). O ramo de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal também teve alta (1,3%), enquanto o setor extrativo ficou estável.PerspectivasNo 1º trimestre, a produção industrial registrou queda de 2,6%, na comparação com o 4º trimestre, refletindo apenas os primeiros reflexos da pandemia no país e no comércio exterior.Já o PIB (Produto Interno Bruto) do setor industrial caiu 1,4% nos 3 primeiros meses do ano, na primeira retração desde o 4º trimestre de 2018.Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o nível de utilização da capacidade de produção da indústria brasileira caiu para 49% em abril. Ou seja, a indústria brasileira operou com metade de sua capacidade de produção.Os primeiros indicadores de maio apontam que a atividade do setor se manteve em nível crítico. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 3,2 pontos em maio, para 61,4 pontos, mas mesmo assim registrou o o segundo menor valor da série histórica da pesquisa, só ficando atrás da marca de abril (58,2 pontos).Com a economia à beira de uma nova recessão, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o PIB neste ano, conforme boletim "Focus" do Banco Central divulgado na segunda-feira. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% em 2020. Caso a expectativa se confirme, será o pior desempenho anual desde 1901, pelo menos.Já projeção do mercado para a produção industrial em 2020 é de uma retração de 3,59%.<br/><b>G1</b>

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