A produção industrial registrou queda, na passagem de janeiro para fevereiro, em 10 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso apresentaram crescimento. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8).No resultado geral do país, a indústria teve queda de 0,7% em fevereiro, interrompendo uma sequência de nove altas consecutivas.De acordo com o IBGE, o resultado negativo da indústria nacional foi puxado, principalmente, pelo baixo desempenho de São Paulo, maior parque industrial do país, que registrou recuo de -1,3% em fevereiro, "em razão de reduções na produção da indústria alimentícia e na de derivados de petróleo"."A industria paulista tem cerca de 34% da concentração e a indústria de alimentos dentro de São Paulo compõe, aproximadamente, 14,8% de toda a produção industrial local", enfatizou o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.A segunda maior influência negativa, segundo o IBGE, partiu do Pará, que teve queda de 7,4% no mês devido, sobretudo, à indústria extrativa.Dentre os cinco locais que registraram crescimento na passagem de janeiro para fevereiro, o principal destaque ficou com o Rio de Janeiro, com 1,9% de alta na produção, a quarta taxa positiva seguida do estado. O resultado foi puxado, sobretudo, pelos setores de metalurgia e de veículos automotores.“Nesses quatro meses de alta da indústria fluminense, o ganho acumulado foi de 5,4%”, apontou Almeida. O crescimento no mês foi influenciado pelo setor de metalurgia e de veículos automotores.A segunda maior influência positiva sobre o resultado nacional partiu de Mato Grosso, que teve a maior taxa de crescimento em termos absolutos, de 7,3%. Segundo o IBGE, partiu do setor de alimentos o bom desempenho da indústria mato-grossense.Na comparação interanual, 10 locais também tiveram quedaNa comparação com fevereiro de 2020, também foram registradas quedas em 10 das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná foram as cinco regiões com alta na produção.Veja o resultado de cada um dos locais pesquisados na comparação com fevereiro de 2020:Santa Catarina: 8,1%Rio Grande do Sul: 7,9%Minas Gerais: 5,8%São Paulo: 4,4%Paraná: 3,1%Ceará: -0,5%Pernambuco: -1,5%Mato Grosso: -3,8%Rio de Janeiro: -3,9%Goiás: -7,7%Região Nordeste: -9,7%Amazonas: -9,9%Espírito Santo: -10,1%Pará: -11,4%Bahia: -20,9%Nesta base de comparação, São Paulo se destacou como a principal influência positiva sobre a industria nacional, que avançou 0,4%.A indústria paulista teve crescimento de 4,4% em relação a fevereiro do ano passado, impulsionada pelos setores de derivados de petróleo e de máquinas e equipamentos.“Vale salientar que das 18 atividades pesquisadas na indústria paulista, 12 cresceram na comparação de fevereiro de 2021 com o mesmo mês do ano passado”, destacou o gerente da pesquisa.Já a segunda maior influência positiva partiu do Rio Grande do Sul, que teve alta de 7,9% devido ao bom desempenho do setor de máquinas e equipamentos, sobretudo com a produção de colheitadeiras e tratores agrícolas.Do lado negativo, a principal influência foi a da Bahia, que teve queda de 20,9%, a mais intensa para a indústria baiana desde maio de 2020, quando registrou -21,4%.“A queda da produção de veículos e autopeças explica em grande parte esse resultado, justificado pela saída de uma montadora de automóveis da Bahia”, pontuou Bernardo.Já a segunda influência negativa foi novamente a indústria do Pará (-11,4%), impactada pela queda na produção de minérios de ferro.Oito dos 15 locais acumulam alta no anoNo acumulado dos dois primeiros meses do ano, frente a igual período de 2020, oito dos 15 locais pesquisados registraram crescimento. Os principais destaques ficaram com Santa Catarina (9,5%), Rio Grande do Sul (8,4%), Minas Gerais (7,8%) e Paraná (7,1%).São Paulo (5,0%), Ceará (4,9%) e Pernambuco (3,2%) também registraram taxas positivas acima da média nacional (1,3%), enquanto Pará (1,0%) completou o conjunto de locais com altas acumuladas no ano.Dentre os sete locais com queda na produção, o pior desempenho ficou com a Bahia (-18,0%), também como reflexo do fechamento de uma montadora de veículos no estado, que impactou as atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias.Amazonas (-9,8%), Espírito Santo (-9,3%), Mato Grosso (-9,0%), Goiás (-9,0%), Região Nordeste (-6,6%) e Rio de Janeiro (-4,5%) também caíram no indicador acumulado nos dois primeiros meses do ano.No acumulado em 12 meses, 13 dos 15 locais têm recuoJá no acumulado dos últimos 12 meses, indicador que para a indústria nacional teve queda de -4,2%, 13 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas em fevereiro de 2021, mas em quatro deles os recuos foram menos intensos que o observado em janeiro.Minas Gerais (de -1,3% para -0,5%), São Paulo (de -5,7% para -5,1%), Rio Grande do Sul (de -4,8% para -4,3%) e Santa Catarina (de -3,6% para -3,1%) mostraram os avanços entre janeiro e fevereiro de 2021.Já Bahia (de -7,2% para -9,4%), Pará (de 1,5% para 0,1%), Região Nordeste (de -3,8% para -5,2%), Pernambuco (de 4,0% para 3,0%), Rio de Janeiro (de -1,1% para -2,1%), Espírito Santo (de -13,5% para -14,1%) e Amazonas (de -6,7% para -7,3%) registraram as perdas mais elevadas entre os dois períodos.<br/><b>G1</b>
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