A produção industrial registou alta, na passagem de abril para maio, em 12 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta quarta-feira (8).Os maiores avanços foram no Paraná (24,1%), em Pernambuco (20,5%) e no Amazonas (17,3%). Já as quedas foram registradas no Espírito Santo (-7,8%), Ceará (-0,8%) e Pará (-0,8%).No resultado geral do país, a produção industrial cresceu 7% em maio na comparação com o mês anterior, mostrando recuperação após dois meses seguidos de queda e de um tombo recorde em abril, de 18,8%.Veja o resultado em cada um dos locais:Amazonas: 17,3%Pará: -0,8%Região Nordeste: 12,7%Ceará: -0,8%Pernambuco: 20,5%Bahia: 7,6%Minas Gerais: 6,3%Espírito Santo: -7,8%Rio de Janeiro: 5,2%São Paulo: 10,6%Paraná: 24,1%Santa Catarina: 5,4%Rio Grande do Sul: 13,3%Mato Grosso: 4,4%Goiás: 3,0%Média Brasil: 7%Produção de veículos influenciouSegundo o IBGE, a alta de 10,6% registrada em São Paulo levantou a média nacional, que também foi influenciada pelas altas expressivas no Paraná (24,1%) e Rio Grande do Sul (13,3%). Nos dois primeiros estados, a produção automotiva serviu como alavanca.O setor de veículos, muito forte em São Paulo e no Paraná, teve atuação importante neste aumento de maio”, aponta em nota Bernardo Almeida, analista da pesquisa. Segundo ele, os setores de alimentos e de derivados do petróleo também exerceram influências positivas no índice.Comparação com maio de 2019Se os resultados de maio mostram uma recuperação após as fortes perdas dos meses anteriores, apontam também que a produção industrial segue muito abaixo da registrada no ano passado. Na comparação com maio de 2019, a indústria teve queda de 21,9% – com todos os locais pesquisados, exceto Goiás, apresentando contração na produção.“Em São Paulo, mesmo com a taxa positiva perante abril, maio apresentou o segundo pior patamar da indústria na série histórica, perdendo exatamente para o mês anterior, abril de 2020", aponta o analista da pesquisa. O início da série histórica da pesquisa foi em janeiro de 2002.De acordo com o IBGE, além dos efeitos da pandemia e do isolamento social para conter a propagação do vírus, houve também efeito calendário nesse resultado, já que maio de 2020 teve dois dias úteis a menos que o mesmo mês do ano passado.Já o resultado de Goiás, com avanço de 1,5%, foi impulsionado em grande parte pelo ramo de produtos alimentícios (açúcar VHP e cristal, óleo de soja refinado e em bruto, extrato, purês e polpas de tomate, leite condensado e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja).<br/><b>G1</b>