Um estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) revela que as pequenas indústrias acreditam que a situação vai melhorar. O Índice de Desempenho dp setor registrou alta de 7,5 pontos, para 41,3 pontos. É a segunda alta consecutiva desde o tombo registrado em abril, quando o indicador ficou em 27,1 pontos. Apesar de próximo, a atividade da pequena indústria ainda está abaixo da média histórica de 42,8 pontos.Com uma alta de 6,6 pontos, o Índice de Perspectiva chegou a 46,1 pontos e ultrapassou em 0,8 ponto a média histórica. A elevada carga tributária voltou a ocupar o posto de principal problema enfrentado em todos os segmentos industriais no segundo trimestre.Na indústria de transformação, a demanda interna aparece logo em seguida como segunda maior dificuldade. Resultado da redução ou mesmo paralisação da produção na pandemia, do impacto no comércio internacional e da interrupção das cadeias de logística, a falta ou alto custo da matéria-prima assumiu a terceira posição no ranking no segundo trimestre de 2020.“Os dados revelam que ainda há um caminho a ser percorrido para superarmos o desafio imposto às empresas pela pandemia, mas avançamos em relação a abril, que cada vez mais tem se consolidado como o pior momento da crise. O panorama reforça a importância da reforma tributária em discussão no Congresso Nacional como ponto crucial para a retomada da atividade econômica no médio e longo prazos”, comentou o gerente executivo de Política Industrial da CNI, João Emilio Gonçalves.O cenário mais desafiador é encontrado no Índice de Situação Financeira da Pequena Indústria, que segue comprometido. “A pequena melhora da situação financeira no trimestre pode ser explicada pelos diversos ajustes de produção, emprego e estoques realizado pelas empresas durante a pandemia, passado o choque de março e abril”, explica o relatório do Panorama da Pequena Indústria.Mesmo com o aumento de 1,2 ponto em relação ao primeiro trimestre, o valor de 33,2 ainda é 3,2 pontos menor que o registrado no segundo trimestre de 2019 e encontra-se 3,9 pontos abaixo da média histórica.Apesar das condições atuais adversas, a confiança dos empresários vem se recuperando. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das pequenas empresas aumentou em junho (+7,2 pontos) e julho (+ 6,8 pontos), após tombo histórico de abril (-25,2 pontos) e estabilidade em maio (+0,2 ponto). O indicador ainda permanece abaixo dos 50 pontos, o que significa que o viés é de falta de confiança, embora em menor intensidade.“A falta de confiança contribui para a paralisação dos investimentos e dificulta a recuperação da atividade econômica”, destaca o relatório.<br/><b>R7</b>
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