O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse ao Valor que a previsão é comprar quatro milhões de doses vacinas para imunização de trabalhadores do setor industrial por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi). A estratégia de execução desse projeto, contudo, ainda não está pronta, pois primeiro depende da aprovação das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).“Nosso programa é de comprar vacinas para os trabalhadores da indústria e fazer parcerias com empresas para vacinação pelo Sesi. Dependemos de liberação [dos laboratórios a serem aprovados] pela Anvisa. Nossa previsão é de 4 milhões mas estamos vendo como fazer este pedido”, afirmou em mensagem para a reportagem.Em nota, a entidade industrial complementou a resposta: “A CNI e o Sesi estão estudando a possibilidade de obter as vacinas contra a covid. No entanto, as entidades da indústria vão aguardar as devidas orientações do Ministério da Saúde para apoiar uma ampla vacinação dos trabalhadores da indústria”.Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso (Fiemt) e membro do conselho nacional do Sesi, o empresário Gustavo Oliveira explicou que a ideia é de um programa semelhante ao que hoje o setor industrial já faz no caso da gripe. Todo o ano há um processo de imunização executado por meio das unidades locais do Sesi em parcerias com as empresas.“De maneira geral, a gente tem discutido muito nas reuniões do conselho do Sesi como pode apoiar o país nessa pandemia da covid-19. A ideia é que a gente possa fazer como na influenza H1N1 e possa apoiar imunização brasileira”, disse.Ele explica que há alguns fatores complicadores no caso da atual pandemia de covid-19, como a escassez de vacinas e a própria falta de organização do setor público em relação a esse processo de imunização da população brasileira. Oliveira destacou que está claro para os empresários que não se pode fechar qualquer vacina e, por isso, ainda será necessário esperar o processo de comprovação de eficácia e aprovação pela Anvisa.“O Sesi pode apoiar muito, a gente tem infraestrutura, tem capilaridade grande e as empresas podem ser grande ponto de cooperação e apoio na estratégia pública”, acrescentou o empresário, que também é diretor na CNI. Segundo ele, já há um mapeamento sobre os trabalhadores que são de grupo de risco ou convivem mais diretamente com quem tem maior chance de desenvolver as formas graves da doença.Ele disse que ainda não sabe qual será o custo desse processo, pois é preciso saber o preço das vacinas e também os custos envolvidos no processo de imunização. Oliveira cita que em Mato Grosso, que o custo de imunização é de R$ 50 por dose de vacina da H1N1, arcado pela unidade local e pelas empresas, sem contar o custo da própria vacina que é comprada pelo Sesi Nacional.<br/><b>Valor Econômico</b>
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