A pandemia do novo coronavírus provocou a queda no faturamento de 73% das empresas do setor industrial no Espírito Santo. Uma das consequências desse fenômeno foi a demissão de funcionários em 43% das indústrias que atuam no estado. Das que ainda não demitiram, 19% declararam que consideram a possibilidade de dispensar empregados.Os dados são da Pesquisa de Opinião Empresarial Covid-19, feita pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e divulgada nesta terça-feira (23). O levantamento, feito entre os dias 3 e 15 deste mês, traz detalhes sobre os impactos causados pela pandemia do coronavírus na indústria capixaba. Ao todo, 383 empresários do ramo foram entrevistados, por meio de um questionário online.Os quatro setores mais afetados foram as indústrias de transformação — como fábricas de roupas e móveis, por exemplo —, a indústria extrativa — que produz matérias primas como alimentos e rochas —, e os setores da construção e de transporte e armazenagem de cargas. As empresas exportadoras disseram que houve queda de 64% na movimentação, e as importadoras, de 60%. O presidente da Findes, Leonardo Castro, destacou que, apenas nos meses de março e abril, o número de demissões representou todos os postos de trabalho abertos no ano passado. "Em dois meses, basicamente março e abril, nós extinguimos o mesmo número de vagas de emprego no Espírito Santo que nós criamos em todo o ano passado. Então, em dois meses, nós devolvemos todo o esforço de geração de emprego que o Estado todo fez em 2019. E nós pegamos até abril só, no dado oficial. Então ainda temos maio, que foi um mês muito crítico, e junho, que continua crítico. Vamos ter um cenário de impacto na geração de emprego extremamente complicado", destacou.Outro destaque negativo é a percepção das empresas sobre o futuro. Cerca de 65% dos entrevistados disseram que, se o isolamento social acabasse rapidamente, eles ainda levariam seis meses ou mais para retomar a atividade que havia antes da pandemia. "Quer dizer, 2020 está totalmente perdido e há uma expectativa de que lá para janeiro ou fevereiro do ano que vem a gente comece a ver de novo uma retomada em níveis razoáveis", ressaltou Castro.Além disso, cerca de 66% afirmaram que, se o isolamento continuar por longo prazo, vão ter dificuldades para manter a empresa funcionando. Metade deles encerrariam as atividade entre três e seis meses, e a outra metade após esse prazo. Somente 4% disseram que não correm esse risco. ManifestoAo final da coletiva de apresentação da pesquisa, a Findes apresentou uma carta aberta, na qual pede união de forças pelas reformas necessárias ao país, que atualmente estão em forma de projetos de lei no Congresso Nacional. Entre elas, estão as reformas administrativa, tributária, dos setores elétrico e de saneamento, ambiental, entre outras."O manifesto nosso tem como título ‘Um Grito Pelas Reformas: Manifesto em Defesa do Brasil’. É um grito porque é nesse sentido mesmo. Nós estamos exauridos. Então é uma manifestação em alto tom. Nós já vínhamos em uma situação complicadíssima, começávamos a levantar voo e fomos abatidos logo na decolagem por essa crise do coronavírus. É muito grande o prejuízo para a economia e as duas consequências", afirmou o presidente da Findes.<br/><b>Folha Vitória</b>
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