Além da capital amazonense, outros grandes centros consumidores como São Paulo e Rio de Janeiro estão retomando de forma gradativa as suas atividades comerciais. Diante desse cenário, e com 60% das fábricas trabalhando acima de 80% de sua capacidade instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), representantes do setor já conseguem ver melhoras no desempenho geral para o segundo semestre.De acordo com o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, a flexibilização do isolamento em vários estados e capitais é o que está propiciando a retomada das atividades industriais. “Hoje temos 60% das empresas trabalhando acima de 80% de sua capacidade instalada. Contudo, dependemos muito do comércio, então temos que acompanhar o nível das vendas para saber mais sobre o ritmo da indústria”, diz.Périco afirma que ele e outros representantes do setor estão otimistas para o segundo semestre, mas que talvez não seja possível compensar toda as perdas que ocorreram nos primeiros seis meses do ano. “Ficamos parados por quase um mês e tivemos uma queda na atividade e no faturamento. Entretanto, se tivermos um segundo semestre com todas as empresas trabalhando em sua total capacidade instalada, teremos condições de preservar os empregos e isso é o mais importante”, assegura.Junho positivoSegundo o presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, alega que o maior impacto da crise provocada pela Covid-19 ocorreu no mês de abril e se estendeu até o meio do mês de maio, mas, desde então, O o mês junho indicou melhoras significativas, constatando crescimento na produção industrial.“Isso nos faz crer que teremos um segundo trimestre melhor. Porém, só teremos segurança a partir do momento que os estados do Sudeste e do Sul controlarem com mais eficiência a contaminação pandêmica e quando promoverem com maior profundidade a liberação das atividades econômicas, assim fortalecendo a demanda por produtos industriais”, ressalta Silva.Mesmo assim, as expectativas também são positivas na visão de Silva. Para ele, os sinais são positivos e o consumo está crescendo com consistência, o que poderá trazer uma recuperação, mesmo que pequena, para a atividade econômica no terceiro trimestre.Números ainda insuficientesPara o presidente da Associação Nacional da Indústria de Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Junior, os percentuais de crescimento são bons, mas – em relação ao mesmo período do ano passado – ainda são insuficientes. Segundo ele, o levantamento não representa um dos melhores crescimentos.“Ele pode ser, na verdade, em decorrência de uma demanda reprimida, pois as pessoas estavam presas em casa e agora que podem sair, estão indo às compras. Isso quer dizer que precisamos aguardar os próximos meses para ver se esse consumo irá se manter. Ainda é muito prematuro para afirmar que já estamos observando uma melhora na economia”, salienta Jorge Júnior.Em relação à Zona Franca de Manaus (ZFM), ele evidencia que os produtos são de consumo, portanto, se a economia vai bem, as vendas também vão. “Esperamos que o consumo se mantenha interessante, porque aí os insumos produzidos no PIM serão cada vez mais requisitados e comercializados”, finaliza.<br/><b>O Tempo</b>
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