A taxa de desemprego aumentou em 11 estados no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outros 14 estados, se manteve estável. Já no Amapá e no Pará houve queda.As maiores taxas foram observadas na Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%), Alagoas (17,8%), enquanto as menores em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%), Rio Grande do Sul (9,4%) e Paraná (9,6%).Na média nacional, a taxa desemprego subiu para 13,3% no 2º trimestre, conforme já divulgado anteriormente pelo IBGE, atingindo 12,8 milhões de pessoas. Em 3 meses, o país perdeu 8,9 milhões de postos de trabalho em meio aos impactos da pandemia de coronavírus que provocou uma queda recorde no número de brasileiros ocupados ou à procura de emprego.Já os maiores avanços na taxa de desemprego foram observados no Sergipe (4,3 pontos percentuais), em Mato Grosso do Sul (3,7 p.p), em Rondônia (2,3 p.p) e no Rio de Janeiro (1,9 p.p.).Já na comparação com o 2º trimestre de 2019, houve aumento do desemprego em 12 estados. Sergipe (4,5 pontos percentuais), Rondônia (3,9 p.p.) e Minas Gerais (3,4 p.p.) tiveram as maiores altas. O Pará apresentou queda neste índice, de 2,1 p.p. Nas demais unidades da federação houve estabilidade.2,5 milhões procuram trabalho há pelo menos 2 anosSegundo o IBGE, 2,5 milhões de brasileiros ou 19,2% dos desempregados do país buscavam trabalho há pelo menos 2 anos. Apesar do número elevado, houve queda de 26,5% em relação ao segundo trimestre de 2019 (3,3 milhões). No trimestre encerrado em março, eram 3,1 milhões nessa situação.No 2º trimestre, outros 1,4 milhão buscam emprego há mais de 1 ano e menos de 2 anos, queda de 22,2%. Ou seja, 3,9 milhões de brasileiros procuram trabalho há mais de 1 ano.Já a faixa de 1 mês a 1 ano de procura, a maior, somou 7,4 milhões de pessoas, aumento de 27,9%.A queda do chamado desemprego de longa duração está relacionada com a redução da força de trabalho e um número menor de pessoas buscando emprego em meio às medidas de isolamento social. Pela metodologia do IBGE, só é considerado desempregado o indivíduo sem ocupação e que tenha procurado trabalho no último mês.Destaques e desigualdadesA taxa de desemprego foi de 12% para os homens e de 14,9% para as mulheresPara brancos (10,4%), a taxa ficou abaixo da média nacional, enquanto que para pretos (17,8%) e pardos (15,4%) ficou acima.Os grupos etários de 14 a 17 anos (42,8%) e de 18 a 24 anos (29,7%) continuam com as maiores taxas de desemprego.O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) no país atingiu o recorde de 5,6 milhões de pessoas. O maior contingente estava na Bahia (849 mil)O maior percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho foi registrado no Maranhão (21,6%) e Alagoas (20,7%).A taxa de informalidade para o Brasil ficou em 36,9% da população ocupada. As maiores taxas foram do Pará (56,4%) e Maranhão (55,6%) e Amazonas (55,0%) e as menores em Santa Catarina (25,8%), Distrito Federal (26,0%) e São Paulo (28,6%).A média de horas trabalhadas entre a população ocupada caiu para 30,7 por semana no 2º trimestre contra 35,7 no 1º trimestre.O desemprego atingiu mais os trabalhadores com ensino médio incompleto (22,4%). Já o índice para quem tinha nível superior incompleto foi de 15,8%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,4%.O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.500 no país. Os valores médios mais altos foram registrados no Distrito Federal (R$ 4.009), São Paulo (R$ 3.167) e Rio de Janeiro (R$ 3.162) e os menores, Maranhão (R$ 1.426), Piauí (R$ 1.495) e Alagoas (R$ 1.549).<br/><b>G1</b>