O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 8 pontos em setembro, alcançando 106,7 pontos, o maior nível desde janeiro de 2013 (106,7 pontos), informou nesta segunda-feira (28) a Fundação Getulio Vargas. Trata-se da quinta alta seguida do indicador.“A sondagem de setembro mostra o setor industrial satisfeito com o momento presente e moderadamente otimista em relação aos próximos três meses. Na opinião dos empresários, a demanda estaria satisfatória, o nível de estoques está confortável e haveria expectativa de aumento de produção e do quadro de pessoal no curtíssimo prazo. Esse resultado sugere que o pior da crise já foi superado e que o setor teria fôlego para continuar a apresentar resultados positivos no próximo trimestre", afirma Renata de Mello Franco, economista da FGV-IBRE.O pesquisador destaca, porém, que o nível mais baixo do indicador que mede o otimismo com a evolução do ambiente dos negócios nos seis meses seguintes, evidencia a preocupação do setor com o ambiente de negócios a partir de 2021. "Uma cautela possivelmente motivada pela incerteza com relação aos rumos da economia após a retirada dos programas emergenciais do governo", avaliou.Com o resultado, a média do terceiro trimestre alcançou 98,4 pontos, 32,7 pontos acima da média do segundo trimestre (65,7 pontos).Em setembro, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram aumento da confiança. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 9,5 pontos, para 107,3 pontos, o maior valor desde janeiro de 2013 (107,6 pontos). Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) cresceu 6,3 pontos, para 105,9 pontos, o maior desde abril de 2013 (107,2 pontos).Aparcela de empresas que preveem melhora aumentou de 33,0% para 39,9%, enquanto a das que projetam piora caiu de 22,5% para 13,6%. Os indicadores de produção e emprego previstos para os próximos três meses também avançaram, com altas de 3,3 pontos e 7,5 pontos, para 111,1 pontos e 109,8 pontos, respectivamente.O Nível de Utilização da Capacidade instalada teve acréscimo de 2,9 pontos percentuais, de 75,3% para 78,2%, maior valor desde março de 2015 (78,4%). Com esse resultado, a média do terceiro trimestre (75,3%) ficou 13,9 p.p. acima da média do segundo trimestre (61,4%).<br/><b>G1</b>