O mercado de trabalho sofreu movimentos bruscos com a chegada do novo coronavírus ao Brasil. Quem perdeu o emprego, agora se pergunta qual o caminho para voltar. E o assunto foi discutido por especialistas convidados que participaram da live "Agora é assim?", do G1, na última sexta-feira (31). Assista ao papo na íntegra no vídeo acima.Semanalmente, repórteres do G1 debatem com convidados, ao vivo, o legado que a pandemia deve deixar. São discutidas as mudanças no dia a dia, as novas formas de trabalho e lazer, a transformação na nossa relação com a tecnologia, entre outros temas. A live vai ao ar todas as sextas.Dessa vez, a conversa foi sobre as mudanças sofridas no mundo do trabalho, como o home office e o desemprego. Participaram da conversa a especialista sobre tendências de gestão de carreira Sofia Esteves e o consultor e escritor Max Gehringer."O segundo pré-requisito é o engajamento. Não importa quem é o dono da empresa. Não importa se você é o funcionário e ele é o diretor, ou gerente. Todos nós temos que dar nossa parte e ajudar como se a empresa fosse nossa", disse Esteves."A gente acredita sempre que vão ser reconhecidos depois – no momento que chegar a bonança – também as pessoas que deram esse a mais.".Para a especialista, o segredo do sucesso inclui ainda a confiança. Estão colocados aí a crença em si mesmo, o bom humor ao chegar para uma entrevista e não deixar o medo "paralisar"."Monta um plano de ação. Pensa em qual empresa você se encaixa melhor. Bota em um papel quais os seus diferenciais. Até porque quando você fala isso, você passa confiança para quem estiver te entrevistando", disse ela. "Quem tiver, de verdade, procurando se manter atualizado e buscando novos ares de conhecimento vai sair na frente."Brigar contra o obsoletoMax Gehringer faz coro à opinião de Sofia Esteves e chama atenção para a necessidade de se atualizar. Quem perde o emprego aos 40 ou 50, por exemplo, só terá facilidade de se recolocar se estiver tão afiado quanto quem está no mercado."Uma das coisa que esse grupo faz, principalmente quando passou muitos anos em uma mesma empresa, é sair procurando um emprego igual o que tinha antes. Isso não funciona", diz Gehringer. "Não vai haver um emprego igual ao que eu tinha porque o emprego que eu tinha só ficou do jeito que era porque trabalhei 10 anos na empresa.".Uma alternativa, segundo ele, é procurar empresas menores que estejam interessadas em desenvolver uma área de interesse da qual o profissional foi especialista. Ainda assim, o escritor alerta para uma categoria de trabalhadores que "ficou no meio do caminho"."É quem fez o curso de datilografia. Esse povo subiu nas empresas e começa a pensar, ‘o que vai ser de mim?’ O que vai ser de você depende do que você estudou. Estudou inglês? Estudou informática? Fez cursos?", disse.Para aproveitar os espaços de mercado, o escritor aconselha: estude para melhorar e ampliar suas habilidades e tente entender onde há escassez de profissionais no mercado.Gehringer usa o exemplo de advogados e marceneiros."Eu sempre brinco: se você tiver um problema e precisar de um advogado, você marca uma consulta com um para amanhã cedo. Se precisar de um marceneiro, demora 45 dias. Quanto ele vale? Vale o quanto cobrar", afirmou.Por fim, Gehringer recomenda manter boas relações. Não ter vergonha de acionar pessoas conhecidas e pedir ajuda é um grande atalho para vagas interessantes. Frequentar eventos para ampliar a agenda telefônica também é válido."Você vai lá [ao evento] porque vai ter um intervalo de 1h30 que todo mundo se conversa, você se apresenta, deixa um cartãozinho ou marca no smartphone o contato e depois manda uma mensagem", disse.<br/><b>G1</b>