Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados na semana passada, pelo Ministério da Economia, revelam que 45 municípios alagoanos – o correspondente a 44,1% do total – registram saldo negativo de empregos com carteira assinada no acumulado do ano. O destaque é a capital do Estado, que registra uma retração de 3.846 postos formais de trabalho. Em seguida, aparecem Rio Largo, com a eliminação de 3.315 vagas com carteira assinada, e São José da Laje, que fechou 407 vagas. Apesar de 55 municípios registrarem saldo positivo no acumulado do ano até setembro, apenas um – Craíbas – registrou abertura acima de mil vagas. No caso do município localizado no Agreste alagoano, foram criados 1.058 postos de trabalho no período. Santana do Ipanema, que aparece em segundo lugar do ranking, abriu 305 vagas. Em seguida, aparecem Marechal Deodoro (215) e Limoeiro de Anadia (197). Piaçabuçu e Pindoba estão com saldo zerado. Em setembro, dez municípios alagoanos registraram saldo positivo acima de mil vagas, com destaque para Maceió, que abriu 2.239 postos formais, e São José da Laje, com 2.058 postos. O ranking segue com São Miguel dos Campos (1.996), Atalaia (1.465) e Coruripe (1.396). Como a Gazeta mostrou, a taxa de empregos formais em Alagoas avançou 5,04% em setembro, na comparação com o mês anterior. Em números absolutos, o Estado abriu 16.592 vagas com carteira assinada no mês – resultado entre as 22.544 admissões e os 5.952 desligamentos no período. O aumento foi puxado pela indústria canavieira, que iniciou o período de contratação de trabalhadores para a safra deste ano. Do total de postos de trabalho criados em setembro, 12.872 deles – o equivalente a 77,5% -, foram criados pela indústria, que apresentou um avanço de 24,32% em relação a agosto. Em setembro, todos os setores em Alagoas apresentaram resultado positivo. Os serviços foram o segundo que mais abriram postos formais de trabalho no mês, 1.275 vagas – a diferença entre as 3.294 contratações e as 2.019 demissões. Em seguida aparecem o comércio, com 1.079 vagas, e a construção civil, com a geração de 794 postos. Apesar da geração de empregos em setembro, Alagoas acumula um saldo negativo de 7.566 postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a setembro, uma retração de 2,14% em relação ao mesmo período do ano passado.No mês passado, mais da metade dos postos formais de trabalho abertos em Alagoas, no mês de setembro, foram ocupados por trabalhadores com ensino fundamental incompleto. De acordo com os dados do Caged, dos 16.592 postos com carteira assinadas gerados no mês, 8.494 foram destinados a trabalhadores nessa condição.O fenômeno é justificado pelas contratações da indústria – em especial a canavieira, que puxou a retomada de emprego no Estado, em setembro, com a criação de 12.872 vagas, o correspondente a 77,5% do total de vagas criadas no mês. Segundo o Caged, vagas ocupadas por trabalhadores com ensino médio completo aparecem em segundo lugar, com a geração de 3.948 postos. Em seguida, aparecem os trabalhadores analfabetos (com 1.773 vagas), com médio incompleto (798 vagas), superior completo (197) e superior incompleto (95). Diferente de Alagoas, das 313.564 vagas com carteira assinada abertas no País em setembro, apenas 23.412 foram preenchidas por trabalhadores com ensino fundamental incompleto, o que corresponde a 7,4% do total. Outros 218.823 postos – o equivalente a 69,7% das vagas geradas – foram preenchidas por brasileiros com ensino médio completo.Ranking de emprego em AlagoasOS CINCO MUNICÍPIOS COM MAIORES SALDOS NEGATIVOSMaceió (3.846), Rio Largo (3.315), São José da Laje (407), Igreja Nova (392) e Coruripe (372).OS CINCO MUNICÍPIOS COM MAIORES SALDOS POSITIVOSCraíbas (1.058), Santana do Ipanema (305), Marechal Deodoro (215), Limoeiro de Anadia (197) e São José da Tapera (152).<br/><b>Gazeta WeB</b>