01 – Número de desocupados diante da pandemia sobe para 12,2 milhões, aponta IBGE

O número de trabalhadores desocupados diante da pandemia teve alta na segunda semana de julho. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os dias 5 e 11 de julho, eram 12,2 milhões de pessoas desocupadas – na semana anterior, eram 11,5 milhões.Com isso, o desemprego também sofreu alta, para 13,1% – na semana anterior, eram 12,3%. A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurando trabalho) ficou estatisticamente estável: passou de 76,8 milhões para 76,9 milhões de pessoas.Desse grupo, 28,3 milhões disseram que gostariam de trabalhar. Destas, 19,2 milhões não buscaram ocupação devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive – equivalente a 68% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar.InformalidadeA taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34,0%, atingindo 27,6 milhões de pessoas. No início de maio, eram 29,9 milhões.Entre os informais estão os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.Trabalho remotoA pesquisa do IBGE também apontou que, pela primeira vez, o número de pessoas ocupadas que trabalhavam de forma remota caiu de forma significativa, passando de 8,9 milhões na primeira semana de julho para 8,2 milhões na segunda semana do mês. Com isso, cerca de 700 mil pessoas podem ter retornado ao trabalho presencial com a flexibilização das medidas de distanciamento social.Pnad Covid X Pnad ContínuaO levantamento foi feito entre os dias 5 e 11 de julho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a maio – a divulgação dos dados de junho estava prevista para a última quarta-feira (29), mas foi adiada para 6 de agosto.<br/><b>G1</b>

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01 – Governo fixa regras para home office e diz que economizou R$ 360 milhões até junho com sistema

O Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (30) que deve publicar, até o fim desta semana, novas orientações para a adoção do regime de teletrabalho (home office) nos órgãos e entidades do governo federal. As regras, no entanto, só começam a valer em setembro.Com a pandemia do novo coronavírus, segundo a pasta, quase dois terços da força de trabalho do Executivo federal passaram a atuar em casa. O governo diz ter economizado mais de R$ 360 milhões nos últimos quatro meses, graças ao home office (veja detalhes abaixo).Segundo o secretário-adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubin, essa fração equivale a 360 mil servidores. O número é impulsionado pelo fato de instituições de ensino federais, como as universidades, estarem fechadas.Após o fim da pandemia, Rubin afirma que boa parte dos servidores atualmente em teletrabalho devem retomar as atividades presenciais – é o caso dos professores e pesquisadores universitários.Tendo por base a experiencia dos últimos meses, e considerando a tendência global de expansão do home office, Rubin explicou que o governo federal decidiu anunciar novas regras para o teletrabalho na administração federal. Com isso, segundo ele, o teletrabalho não será mais tratado como um "procedimento de exceção, feito de forma excepcional"."Não estamos impondo que seja adotado com regra geral, estamos apenas padronizando a atividade de algo que poderá ser adotado por cada órgão a partir de suas particularidades", disse.De acordo com o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, é preciso modernizar a gestão de pessoal e focar mais em resultados e em entregas."Com o teletrabalho, poderemos ter mais produtividade e reduzir custos. A experiência do trabalho remoto forçado, por causa da pandemia do novo coronavírus, nos mostrou que isso é possível", disse.Após a autorização, o órgão lançará um edital com as regras do teletrabalho em cada unidade, que trará informações sobre número de servidores e atividades a serem desempenhadas, se o regime será parcial ou integral e o plano de trabalho com metas e cronograma.Economia de recursosDe acordo com dados oficiais, houve uma economia de R$ 270 milhões entre abril e junho com despesas com diárias e passagens, além de mais R$ 93 milhões, entre março e maio de 2020, com a redução de outras despesas – adicional de insalubridade, de irradiação ionizante, periculosidade, serviço extraordinário, adicional noturno e auxílio transporte.O secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, avalia que o teletrabalho deve continuar contribuindo com a redução de custos da máquina pública, como despesas de funcionamento e de outros bens e serviços disponibilizados nos órgãos. Além disso, pode gerar ganhos e benefícios para os servidores que participarem dos programas de gestão.As novas regras do governo determinam que as despesas com internet, energia elétrica, telefone e outras semelhantes são de responsabilidade do participante que optar pela modalidade de teletrabalho.Lenhart acrescentou que não haverá cômputo de horas extras ou de banco de horas, e que também não haverá pagamento de auxílio transporte nem adicional noturno – exceto, no último caso, quando a atividade for necessária e desde que autorizada pela chefia imediata.MudançasO Ministério da Economia adiantou, nesta quinta, algumas das regras que devem passar a valer a partir de setembro:Pelo sistema atual, é preciso de aprovação do ministro após todo o programa estruturado. Com as alterações, o ministro autoriza e os secretários definem os aspectos técnicos.Até o momento, o "home office" é exclusivo para cargo efetivo. Com as alterações, passam a valer também para cargo efetivo, cargo em comissão, empregados públicos, contratados temporários.Atualmente, não há regras claras e objetivas para acompanhamento e controle mas, com as mudanças, serão estabelecidos métodos acompanhamento e controle obrigatoriamente por sistema.despesas com internet, energia elétrica, telefone e outras semelhantes são de responsabilidade do participante que optar pela modalidade de teletrabalho.Todo o programa de gestão será executado por meio de um sistema informatizado que, ao mesmo tempo, garantirá transparência e o devido acompanhamento das entregas.O teletrabalho será implantando em locais onde não haja prejuízo do atendimento ao público. Entre as atividades que, preferencialmente, poderão ser executadas de forma remota estão as que demandam maior esforço individual e menor interação com outros agentes públicos.A adoção do teletrabalho não poderá ocorrer caso as atividades exijam a presença física do participante na unidade ou que sejam executadas externamente.O participante terá responsabilidades e atribuições a cumprir, como permanecer disponível para contatos telefônicos, checar regularmente sua caixa de e-mail e comparecer ao órgão sempre que convocado.<br/><b>G1</b>

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01 – Confiança da indústria tem nova alta, mas segue longe do pico pré-pandemia

A confiança da indústria brasileira voltou a subir em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta, de 12,2 pontos, foi a segunda maior variação positiva da série histórica do indicador, que atingiu 89,8 pontos – ainda abaixo do pico pré-pandemia, de 101,4 pontos.Segundo a economista do Ibre Renata de Mello Franco, a confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses.Em julho, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. O resultado decorre de melhor avaliação dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, diminuição do pessimismo para os próximos três e seis meses.O Índice de Expectativas subiu 14,3 pontos, para 90,5 pontos enquanto o Índice de Situação Atual cresceu 9,9 pontos, para 89,1 pontos, ambos ainda se mantêm em nível abaixo de março. Nos últimos três meses, o IE recuperou aproximadamente 78% das perdas observadas em março e abril, enquanto o ISA apenas 65%.

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01 – No acumulado do ano, balança comercial passa a registrar superávit maior que o de 2019

O superávit da balança comercial brasileira no acumulado deste ano passou a ser maior do que o registrado no mesmo período de 2019, segundo números divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira (27).Com o resultado da quarta semana de julho, contabilizado até este domingo (26), o saldo positivo da balança comercial (exportações menos importações) somou US$ 28,749 bilhões, contra US$ 27,978 bilhões no mesmo período de 2019 – uma alta de 2,8%.Até a divulgação anterior, a comparação entre 2019 e 2020 indicava um resultado pior da balança comercial brasileira neste ano. No boletim divulgado em 20 de julho, o superávit comercial acumulado em 2020 era 2,7% menor que o de 2019, considerado o mesmo período do ano.Em janeiro, a balança comercial começou com déficit e chegou a registrar o pior resultado para este mês em cinco anos.A este resultado, seguiu-se uma melhora em fevereiro, ainda com queda marginal frente ao mesmo período de 2019.Em março, o saldo comercial cresceu, assim como em abril.Entretanto, em maio, com a queda do fluxo de comércio mundial frente à pandemia do novo coronavírus, houve recuo de quase 20% no saldo positivo.Apesar da crise do novo coronavírus, o mercado financeiro projeta melhora do saldo comercial neste ano. A expectativa das instituições financeiras é de que o superávit (exportações menos importações) some US$ 55 bilhões neste ano, contra um saldo positivo de US$ 46,674 bilhões em todo ano de 2019.A melhora do saldo comercial, neste ano, vem sendo sustentada pelos bons números do setor agropecuário, que registrou crescimento de 23,8% nas exportações no primeiro semestre. A indústria extrativa teve queda de 9,6% nas vendas externas, e a indústria de transformação registrou recuo de 15,1%.Em julho, na parcial até o dia 26, houve crescimento de 22,2% nas vendas externas do setor agropecuário, e queda de 10,3% na indústria de transformação, e alta de 0,4% na indústria extrativa mineral.O mês de junho, porém, registrou o maior saldo comercial para esse período desde 1989. <br/><b>G1</b>

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01 – Auxílio Emergencial: Caixa paga 4ª parcela a 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família com NIS final 6 nesta segunda

A Caixa Econômica Federal (CEF) paga nesta segunda-feira (27) a quarta parcela do Auxílio Emergencial para 1,9 milhão beneficiários do Bolsa Família qualificados no programa, cujo número do NIS termina em 6. Os pagamentos para esse grupo são feitos da mesma forma que o Bolsa.Demais trabalhadoresPara os demais beneficiários do Auxílio Emergencial, a quarta parcela começou a ser paga na última quarta-feira (22). A data é para aqueles que estão no Cadastro Único, e para os inscritos por meio do aplicativo e do site que receberam a primeira parcela até 30 de abril.Os demais aprovados também receberam a partir de 22 de julho: aprovados no segundo lote receberam a terceira parcela; aprovados no terceiro e quarto lotes receberam a segunda; e novos aprovados receberam o primeiro pagamento.O calendário de pagamentos deste ciclo segue o mês do aniversário do beneficiário, e o calendário segue até 26 de agosto. Veja o calendário completo.Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br.<br/><b>G1</b>

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01 – População fora da força de trabalho cresce, e nº de desocupados diante da pandemia cai para 11,5 milhões, aponta IBGE

O número de trabalhadores desocupados diante da pandemia teve ligeira queda na primeira semana de julho. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os dias 28 de junho e 4 de julho, eram 11,5 milhões de pessoas desocupadas – na semana anterior, eram 12,4 milhões.Com isso, o desemprego ficou estatisticamente estável, em 12,3%. A população fora da força de trabalho, no entanto, teve alta: passou de 75,1 milhões para 76,8 milhões. Desse grupo, 28,7 milhões disseram que gostariam de trabalhar – também uma alta em relação à semana anterior, quando eram 26,9 milhões.De acordo com o levantamento, cerca de 19,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho na semana por causa da pandemia ou porque não encontraram ocupação no local em que moravam. Esse contingente, que corresponde a 67,4% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar, foi maior do que na semana anterior, quando eram 17,8 milhões (66,2%).O levantamento foi feito entre os dias 28 de junho e 4 de julho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.Afastados pelo distanciamento socialA pesquisa do IBGE apontou também que caiu em cerca de 2 milhões o número de trabalhadores afastados devido ao distanciamento social provocado pela pandemia, mantendo a trajetória de queda verificada desde que começou o processo de flexibilização da quarentena.Entre 28 de junho e 4 de julho, esse contingente era de 8,3 milhões de pessoas, o equivalente a 10,1% do total de ocupados. Na semana anterior, eram 10,3 milhões de trabalhadores.A pesquisadora aponta que a diferença de 2,5 milhões na comparação entre as duas semanas não significa que essas pessoas voltaram ao trabalho, uma vez que os ocupados e não afastados aumentaram em 1,8 milhão. Assim, de acordo com Maria Lucia Vieira, uma parte dos ocupados retornou ao trabalho e outra parcela foi para fora da força, ou seja, não voltou a trabalhar, nem procurou trabalho.População ocupadaA população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 71,0 milhões de pessoas, com aumento tanto em relação à semana anterior (69,2 milhões) quanto frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).Entre essas pessoas, 8,9 milhões (ou 12,5%) trabalhavam remotamente, contingente que ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (8,6 milhões ou 12,4%) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).InformalidadeDe acordo com o IBGE, 28 milhões de pessoas ocupadas trabalhavam na informalidade na primeira semana de julho, ante 28,4 milhões a semana anterior.O IBGE considera como trabalhador informal aqueles empregados no setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes.Segundo o IBGE, é pela informalidade que o mercado de trabalho brasileiro tem se sustentado. Sem a criação de vagas de empregos formais, é por esta via que os brasileiros têm conseguido se manter ocupados.A taxa de informalidade passou de 34,5% para 34,2% entre a quarta semana de junho e a primeira semana de julho, o que o IBGE considera como estabilidade do indicador. Já na comparação com a primeira semana de maio, o instituto aponta recuo da taxa (era de 35,7%).<br/><b>G1</b>

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01 – Auxílio Emergencial beneficiou quase metade da população brasileira, diz IBGE

Dados divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Auxílio Emergencial chegou, em junho, a 29,4 milhões de domicílios brasileiros, onde residem 49,5% da população do país.Segundo a pesquisa, nos estados das regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados com auxílio emergencial ultrapassou os 45%. No Amapá e no Maranhão, por exemplo, a proporção de beneficiados foi superior a 65%. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a cobertura do programa não alcançou 30% dos domicílios.Azeredo destacou que foram distribuídos R$ 27,3 bilhões pelo programa do governo federal, sendo que metade da população brasileira, formada pelos estratos mais baixos de renda, recebeu 75,2% das transferências.O IBGE destacou que, em junho, o benefício chegou a 3,1 milhões de domicílios a mais do que havia alcançado em maio.O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.Aumento de mais de 3,7 mil porcento na rendaDe acordo com o IBGE, o auxílio emergencial teve impacto maior sobre a parcela dos 10% da população com os menores rendimentos, o que equivale a cerca de 21 milhões de brasileiros que residem em domicílios com renda domiciliar de até R$ 50,34. Deste grupo, cerca de 17,7 milhões (83,5%) moram nos lares que receberam o benefício.Para esse grupo com os menores rendimentos que recebeu o auxílio, a renda domiciliar per capita passou de R$ 7,15 para R$ 271,92 – uma alta de 3.705%.Na segunda faixa de renda, o benefício contemplou 86,1%, o que corresponde a 18,2 milhões dos 21 milhões de pessoas que residiam nas casas onde pelo menos uma pessoa recebeu o auxílio. O impacto do auxílio para esse grupo foi de 150% – a renda domiciliar per capita passou de R$ 150,88 para R$ 377,22.O Auxílio Emergencial do governo federal é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, com renda domiciliar per capita que não deve ultrapassar R$ 522,50 ou a renda total do domicílio que não ultrapasse a três salários mínimos (R$ 3.135).Desemprego tem alta de 16,6%.A pesquisa mostrou que o país encerrou junho com 11,8 milhões de desempregados, 1,7 milhão a mais que o registrado em maio – uma alta de 16,6% no período. Com esse aumentou, a taxa de desocupação passou de 10,7% para 12,4%.De acordo com o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, esse aumento do desemprego tem relação direta com a flexibilização do distanciamento social.Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.Na última divulgação, a Pnad Contínua mostrou que, entre abril e maio, cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, chegando 12,7 milhões o número de desempregados no país. Os dados de junho serão divulgados pelo IBGE no dia 27 de julho.<br/><b>G1</b>

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01 – Ipea sugere prorrogação do prazo de redução de jornada de trabalho com diminuição do benefício do governo

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira (22) um conjunto de 33 medidas para acelerar a recuperação econômica do Brasil diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19. Entre elas, o órgão sugere ao governo prorrogar o prazo de redução da jornada de trabalho, mas com redução do auxílio pago pela União.O conjunto de proposta (veja o detalhamento abaixo) apresentado pelo Ipea possui quatro eixos temáticos: atividade produtiva e reconstrução das cadeias de produção, inserção internacional, investimentos em infraestrutura e proteção econômica e social de populações vulneráveis.Nenhuma das propostas conta com sugestão de prazo para implementação ou custo estimado, mas para todas elas foram sugeridas pelo Ipea a fonte de recurso necessária. Segundo Rauen, os pesquisadores do instituto buscaram sugerir fontes que se adequem à preservação da atual política fiscal vigente no país.Entre as medidas que demandariam investimento público, o diretor do Ipea apontou “as ações de cunho mais social e de desenvolvimento científico”, como a geração de empregos por meio de ajuda para os cuidadores familiares de idosos e a distribuição de tablets e notebooks para todos os alunos da rede pública no país.Outras medidas visam reduzir o gasto já existente. É o caso da proposta de prorrogação do programa que permitiu a redução da jornada de trabalhadores pelo prazo de até 120 dias durante a pandemia. Pela lei, o governo federal paga parte do salário reduzido do trabalhado diante da diminuição da carga horária trabalhada.A proposta do Ipea é de que o governo prorrogue o prazo em que a jornada poderá ser reduzida. No entanto, o órgão não sugeriu qual deveria ser esse prazo. Detalhou, porém, que a redução de 70% da jornada seja extinta, podendo ser de 25% ou 50%. Para o pequeno empresário, o órgão sugere que o aumento de custo salarial seja “parcialmente compensado, postergando-se até o fim do ano o pagamento de algum imposto federal”.Já para as grandes empresas, o Ipea sugere que o governo aumente de 30% para 50% o valor relativo ao salário do trabalhador a ser pago pela empresa, diminuindo assim a contrapartida do governo.“Todas as medidas são temporárias para serem executadas no curtíssimo prazo. A maior parte delas não precisa de mudanças legais. Algumas vão exigir negociação com o Congresso, outras são medidas que podem ser tomadas pelo próprio Ministério da Economia ou outros ministérios”, apontou o diretor André Rauen.Para o pesquisador, a pandemia da Covid-19 “promoveu a necessidade de uma arrumação geral da política pública do país” e o conjunto de propostas visa fomentar esse debate. Entre as medidas propostas, o Ipea sugere, por exemplo, a implementação de tempo integral na educação básica, o que já é previsto no Plano Nacional de Educação, mas não cumprido.“Esse é um documento para a sociedade discutir e avaliar a necessidade de mudanças. A gente tem que dizer as coisas que estão sempre sendo ditas”, ponderou o pesquisador.Veja abaixo as propostas apresentadas pelo Ipea:Eixo 1 – Atividade produtiva e reconstrução das cadeias de produçãoProposta 1.1 Reformas do sistema legal de recuperação de empresas brasileiro para o enfrentamento da crise sistêmica do covid-19Proposta 1.2 Concessão de empréstimo favorecido com pagamento vinculado ao faturamento futuro para PMEsProposta 1.3 – Criação de uma indústria de reciclagem automotivaProposta 1.4 – Uso estratégico das compras públicas para fomentar as atividades de micro e pequenas empresasProposta 1.5 – Novo padrão de financiamento à inovação para o complexo industrial da saúdeProposta 1.6 – Realização de encomenda tecnológica para o desenvolvimento de sistema autônomo inteligente de gestão de recursos e melhoria da capacidade de atendimentopúblico e privado de saúdeProposta 1.7 – Ampliação dos recursos destinados à subvenção econômica do MCTI/Finep com programa especial para aplicações em saúdeProposta 1.8 – Concessão de incentivos fiscais para empresas e pessoas físicas que façam doações a universidades e instituições de ciência e tecnologiaProposta 1.9 – Criação de programa de grandes concursos nacionaisProposta 1.10 – Melhoria da eficácia dos Fundos Constitucionais de Financiamento RegionalEixo 2 – Inserção internacionalProposta 2.1 – Estímulo ao comércio exteriorProposta 2.2 – Atração de investimento estrangeiro para o país e ampliação de acesso a fontes internacionais de financiamentoProposta 2.3 – Combate ao protecionismo e coordenação da ajuda a países em desenvolvimentoEixo 3 – Investimentos em infraestruturaProposta 3.1 – Execução de programa de manutenção emergencial de rodovias com o uso do RDCProposta 3.2 – Criar câmara de revisão de concessõesProposta 3.3 – Facilitar a participação de capital externo em infraestrutura econômicaProposta 3.4 – Expansão do acesso aos serviços de saneamento básico em áreas irregularesProposta 3.5 – Permitir e difundir a construção ferroviária privada por autorizaçãoProposta 3.6 – Apoiar a cadeia produtiva de painéis solares e o Programa Mais Luz para a AmazôniaProposta 3.7 – Ampliação do acesso à banda larga de qualidade com base no mercado potencialProposta 3.8 – Redução dos impactos econômicos negativos sobre o transporte públicoEixo 4 – Proteção econômica e social de populações vulneráveisProposta 4.1 – Implementação de programas de subsídio temporário à contratação de trabalhadores e renovação de programas de redução de jornadaProposta 4.2 – Prorrogação de reduções na jornada implementadas via MP no 936/2020, com reduções nas despesas do governo em benefícios emergenciaisProposta 4.3 – Unificação e ampliação de benefícios voltados para a infânciaProposta 4.4 – Criação de uma Estratégia Integrada para promover o emprego e a educação dos jovens vulneráveisProposta 4.5 – Geração de empregos por meio de ajuda para os cuidadores familiares de idososProposta 4.6 – Proteção e geração de ocupações na agricultura familiar e abastecimento alimentarProposta 4.7 – Repor e aumentar o número de profissionais de saúde afastados no período da pandemiaProposta 4.8 – Realização de encomenda tecnológica para o desenvolvimento de vacina “tríplice” ou solução para imunização ou proteção contra dengue, chikungunya e zikaProposta 4.9 – Retomada das atividades escolares pós-crise da Covid-19: distribuir um tablet ou laptop para fins educativos aos alunos da rede públicaProposta 4.10 – Implementar tempo integral na educação básicaProposta 4.11 – Criação de Sistema de Financiamento Estudantil com pagamentos vinculados à renda futuraProposta 4.12 – Imediato apoio financeiro aos esforços internacionais de desenvolvimento de vacinas para o novo coronavírus<br/><b>G1</b>

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01 – Na busca de emprego na pandemia, recrutadores valorizam mais as habilidades comportamentais; veja quais

A pandemia da Covid-19 tem imposto a boa parte dos profissionais uma nova rotina. Home office, reuniões virtuais, processos seletivos online e pouco ou nenhum contato presencial são algumas das mudanças na rotina de trabalho, que têm evidenciado a importância das habilidades comportamentais. Neste cenário, a adaptabilidade é a competência mais valorizada, seguida da resiliência e da flexibilidade, na opinião dos recrutadores ouvidos para a 12ª edição do Índice de Confiança (ICRH) da empresa de recrutamento especializado Robert Half.Ao responderem à pergunta "qual habilidade passa a ser valorizada por conta da pandemia?", eles destacaram as seguintes:Adaptabilidade – 40%Resiliência – 20%Flexibilidade – 12%Colaboração – 11%Comunicação – 6%Criatividade – 6%Outro – 4%Empatia 2%De acordo com os dados da 12ª edição do ICRH, os profissionais empregados estão alinhados com a opinião dos recrutadores. As competências “adaptabilidade” (39%) e “resiliência” (22%) foram as mais apontadas por eles quanto às habilidades nas quais mais se aprimoraram durante a crise da Covid-19.“Durante os processos de recrutamento, as empresas se preocupam em entender a capacidade de adaptação da pessoa ao trabalho remoto e a resiliência do candidato para iniciar uma atividade sem conhecer fisicamente seus gestores e colegas”, explica Bruno Barreto, especialista em recrutamento da Robert Half.E complementa: “Em função do momento atípico, o perfil valorizado é aquele que se adapta rapidamente a uma condição desafiadora, além de ser autogerenciável, capaz de trabalhar com autonomia e de não ter medo de perguntar para garantir que as entregas sejam realizadas com a máxima qualidade possível”, diz.Entre os profissionais desempregados, a quarentena também tem sido de aperfeiçoamento. Aproximadamente 70% dos entrevistados disseram ter realizado algum tipo de curso ou treinamento nesse período de pandemia. A prioridade, no entanto, foi em especialização técnica na área de atuação (56%), seguida por aperfeiçoamento das habilidades socioemocionais (17%).“É fundamental que o profissional que está desempregado aproveite para aprimorar suas competências técnicas e comportamentais, pois isso será valorizando no momento da entrevista de emprego”, explica Barreto, ao destacar que “aqueles que tiverem usufruído do período desafiador para o aperfeiçoamento profissional levarão vantagem nos processos de seleção”.A 12ª edição do ICRH foi feita entre os dias 12 a 26 de maio, com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); e profissionais qualificados empregados e desempregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior). Todos distribuídos regional e proporcionalmente pelo Brasil, de acordo com os dados do mercado de trabalho coletados na PNAD do IBGE.<br/><b>G1</b>

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01 – Desemprego deve bater recorde no 3º trimestre e atingir 15 milhões, diz consultoria

Em alta desde os primeiros casos de covid-19 no País, o desemprego só deve atingir o pico no trimestre encerrado em setembro, quando alcançará 14,5%.As projeções são da consultoria IDados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e consideram cenário que inclui a quebradeira nas empresas provocada pela pandemia e a maior procura por trabalho.Entre julho e setembro deste ano, 15 milhões de trabalhadores podem ficar sem ocupação, pelos efeitos da crise.A estimativa considera tanto os trabalhos formais quanto os informais e, se confirmada, significaria uma taxa de desocupação recorde. Até agora, o maior porcentual registrado pela pesquisa foi de 13,7%, ou 14 milhões de brasileiros. O patamar foi observado em março de 2017, logo após a última recessão.O economista Bruno Ottoni, pesquisador da IDados, lembra que o mercado de trabalho tem um comportamento mais lento do que o restante da economia. “Nesta crise, vamos ver esse efeito de volta dos trabalhadores no terceiro trimestre, quando as cidades reabrindo e as pessoas que ficaram desempregadas voltarem a buscar trabalho. O problema é que as vagas vão demorar a aparecer.”No caso da vendedora Maria da Guia dos Santos, de 50 anos, os últimos meses não têm sido nada fáceis. Trabalhando por toda a vida em uma feira de artesanatos na orla do Rio de Janeiro, ela se viu sem poder trabalhar. “A gente lutou por anos para legalizar a feira, tudo parecia bem. Então, apareceu essa doença maldita e o que a gente conquistou foi reduzido a pó.”O mercado de trabalho tem sentido os efeitos da quarentena. No trimestre até maio, o País teve pela primeira vez um número maior de desempregados do que empregados, entre os brasileiros em idade para trabalhar. Além disso, como uma reportagem do Estadão apontou, o desemprego não tem crescido tanto porque vem sendo atenuado por quedas significativas da taxa de participação – as pessoas deixam de procurar emprego por causa da pandemia e param de aparecer nas estatísticas de desocupação, fazendo o desemprego parecer menor.“A taxa de desocupação funciona como um efeito ‘nariz na porta’, a pessoa é considerada desocupada se ela pôde procurar um emprego e não encontrou”, diz o economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes.Uma estimativa do Itaú Unibanco apontava que no trimestre até abril, quando as medidas de isolamento social foram mais duras, o desemprego teria chegado a 16%, se os trabalhadores pudessem ter procurado por uma vaga, bem acima dos 12,6% registrados. Só que a saída das pessoas da força de trabalho deve se esgotar este mês, o que fará com que mais gente volte a procurar trabalho.Mais de 2 milhões de pessoas, que em sua maioria haviam deixado de procurar emprego por causa da pandemia, devem voltar a buscar uma colocação agora. “A questão é que os novos empregos que serão gerados mesmo com o início da recuperação da economia não virão em um ritmo suficiente para evitar o aumento do desemprego ao longo deste trimestre”, diz Ottoni.A estimativa da consultoria é que a taxa de desocupação termine o quarto trimestre em 13,4% – mais baixa do que no terceiro trimestre, mas bem acima do desemprego registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em 11%.Na fila do supermercado, o autônomo César Pereira, de 50 anos, não tinha expectativas de trabalhar tão cedo. Ele só fazia contas: com a pandemia e as corridas de aplicativo escassas, as compras do mês seriam magras, o almoço de Páscoa ficou para o ano que vem e o presente que compraria dia das mães viraria uma lembrancinha. “Sem poder trabalhar, a gente até esquece de comemorar essas pequenas coisas. Você acaba mesmo só pensando em como chegar ao dia seguinte.”Na visão dos economistas, o desemprego deve começar a cair no fim deste ano e ao longo de 2021 por meio de ocupações precárias, como a de César. Sem poder retornar ao mercado formal, muitos brasileiros que perderam o emprego agora vão buscar uma recolocação com serviços via aplicativos. E quem já era informal deve levar mais tempo para se formalizar.“Diante de tantas incertezas, é possível antever que o processo de recuperação do País vai ser bem complicado. As famílias vão sair da pandemia mais endividadas e tendo de lidar com um desemprego em alta. As empresas nacionais estarão mal e o mercado externo, se recuperando. É difícil pensar em uma recuperação sem investimento público, mas o governo não parece estar disposto a fazer isso”, diz João Romero, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).<br/><b>Infomaney</b>

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