01 – 4 em cada 10 empresas ainda tiveram impacto negativo da pandemia na 1ª quinzena de agosto, diz IBGE

A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus continuou impactando negativamente as atividades de 4 entre cada dez empresas brasileiras na primeira quinzena de agosto.É o que aponta um levantamento divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Segundo o IBGE, 3,2 milhões de empresas estavam em funcionamento na primeira quinzena de agosto. Destas, 38,6% informaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades. Já para 33,9% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,5% o efeito foi positivo, somando 61,4%. Empresas de maior porte e intermediárias foram as que mais sinalizaram melhora de percepção.“A cada quinzena aumenta a percepção de efeitos pequenos ou inexistentes ou positivos entre as empresas de maior porte”, destaca Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE.De acordo com a pesquisa, a percepção de impacto negativo mantém-se e é maior entre as empresas de pequeno porte, de até 49 funcionários (38,8%), e melhora na percepção das empresas intermediárias (de 50 a 499 funcionários) e de maior porte (acima de 500 empregados), que sinalizaram maior incidência de efeitos pequenos ou inexistentes na quinzena – respectivamente 44,7% e 46,6%.O levantamento foi feito por meio da “Pesquisa Pulso-Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, criada pelo IBGE, em caráter experimental, para avaliar os efeitos da pandemia do novo coronavírus entre as empresas brasileiras dos setores da indústria, construção, comércio e serviços. Ela se soma à à Pnad Covid-19, versão especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) criada com foco em avaliar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro.Construção e comércio mais afetadosA pesquisa mostrou que, entre os seguimentos empresarias, o da construção e de comércio foram os que tiveram maiores percentuais de empresas que reportaram as maiores incidências de efeitos negativos na quinzena – respectivamente, 47,9% e 46,3%.Por outro lado, as empresas industriais (38,9%) informaram impactos pequenos ou inexistentes, e, no setor de serviços, a mesma incidência foi de 41,9%, com destaque para os segmentos de serviços de informação e comunicação (61,5%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (45,6%).Nesses dois setores, a soma da percepção de impactos pequenos ou inexistentes com a de efeitos positivos é superior a de impactos negativos, com destaque para indústria (67,1%) e serviços (68,3%).“Não é a primeira quinzena em que a soma da percepção de impactos positivos com impactos pequenos ou inexistente é maior que os negativos. Mas em serviços de informação e comunicação essa percepção subiu de 59% para 80,3%”, destacou o gerente da pesquisa, Flávio Magheli.O setor de serviços era, até então, o segmento empresarial mais impactado negativamente pela pandemia.Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (11) mostraram que o setor de serviços registrou alta de 2,6% em julho na comparação com o mês anterior. Apesar da alta, no entanto, o setor ainda acumula queda de 8,9% no ano. Além disso, mesmo com a alta mensal, o volume de serviços prestados em julho ficou 12,5% abaixo do período pré-pandemia.Impacto nas vendas e serviços prestadosO IBGE destacou que a percepção de queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia foi sentida por 36,1% das empresas, percentual acima do registrado na segunda quinzena de julho, quando foi de 34,4%.Além disso, 33,6% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 30,3% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia. Na quinzena anterior, somou 28,4% o número de empresas que disseram ter registrado aumento de vendas no período pesquisado.Por região, o efeito de diminuição das vendas sobre as vendas foi mais percebido por empresas do Sudeste (40,7%), do Centro-Oeste (39,8%) e do Norte (38,3%). Na região Sul, um maior percentual de empresas sinalizou que os efeitos foram pequenos ou inexistentes em relação a quinzena anterior (46,2%). Por outro lado, no Nordeste, 48,7% reportaram percepção de aumento nas vendas.Manutenção de empregosA pesquisa mostrou, ainda, que aproximadamente nove em cada dez empresas em funcionamento em agosto (86,4%) mantiveram o número de funcionários em relação à quinzena anterior.Todavia, 8,7% indicaram redução no quadro de pessoal, sendo que 146 mil (52,6%) diminuíram em até 25% o número de funcionários, com destaque para as empresas de menor porte – 51,6% delas reduziram nessa faixa de corte.O IBGE estimou que 32% das empresas adiaram o pagamento de impostos e 10,9% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial.Prevenção ao coronavírusA realização de campanhas de informação e prevenção, além da adoção de medidas extras de higiene, continuam sendo as principais iniciativas empresariais para prevenção do contágio pelo novo coronavírus. Ao todo, 92,9% das empresas afirmaram adotar tais medidas.Outros 32,3% de empresas adotaram o trabalho remoto, e 15,3% anteciparam férias dos funcionários. Já 30,6% das empresas alteraram o método de entrega de seus produtos ou serviços, enquanto 13,2% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos e/ou serviços na primeira quinzena de agosto.<br/><b>G1</b>

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01 – Preços do petróleo caem pela 2ª semana com aumento de estoques e demanda fraca

Os preços do petróleo tiveram pouca mudança nesta sexta-feira (11), mas registraram a segunda perda semanal consecutiva, à medida que os estoques aumentam em todo o mundo e a demanda por combustíveis luta para se recuperar rumo aos níveis pré-coronavírus.Tanto o petróleo Brent quanto o norte-americano perderam cerca de 6% na semana, após uma série de sinais que mostraram que os mercados ainda têm uma oferta abundante.A Arábia Saudita e o Kuweit cortaram os preços oficiais de venda para a Ásia, os estoques dos EUA aumentaram e os traders estão reservando navios para armazenamento.Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,23 dólar, ou 0,6%, a US$ 39,83 por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) subiu 0,03 dólar, para US$ 37,33 o barril.As infecções por coronavírus estão crescendo em vários países, lideradas pela Índia, onde o Ministério da Saúde local relatou um salto diário recorde de 96.551 novos casos nesta sexta-feira, elevando o total oficial para 4,5 milhões.Os mercados de ações dos EUA terminaram em queda pela segunda semana após vários indicadores econômicos sugerirem uma longa e difícil recuperação da pandemia."Os mercados financeiros continuam dando o tom, inclusive no mercado de petróleo…temores sobre um excesso de oferta aumentaram o sentimento geral de incerteza", disseram analistas do Commerzbank em nota.Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo aumentaram 2 milhões de barris na semana passada. Refinarias no país voltaram lentamente às operações depois de fechamentos devido a tempestades no Golfo do México.<br/><b>G1</b>

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01 – Desemprego diante da pandemia volta a ter leve queda na terceira semana de agosto, diz IBGE

O desemprego diante da pandemia voltou a ter leve queda na terceira semana de agosto, na comparação com a anterior, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).De acordo com o levantamento, havia 12,6 milhões de desempregados no Brasil na semana entre os dias 16 e 22 de agosto. Uma semana antes, esse contingente era de 12,8 milhões. A redução em cerca de 200 mil desempregados, no entanto, é considerada estabilidade pelo instituto.<br/><b>G1</b>

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01 – Petróleo fecha em alta nesta quarta e reverte parte das fortes perdas da semana

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (9), revertendo parte das perdas de terça (8). No entanto, os fundamentos do mercado de energia continuam preocupando os investidores, com projeções mais altas de produção nos EUA e dados que indicam aumento da produção dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).O contrato do petróleo Brent para novembro fechou em alta de 2,53%, a US$ 40,79 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o contrato do WTI para outubro avançou 3,50%, a US$ 38,05 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Os ganhos de hoje, porém, não chegam a apagar nem metade das perdas da semana até momento.Um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), divulgado hoje, indica uma projeção de produção de petróleo nos EUA em 11,38 milhões de barris diários neste ano, revisando a projeção para cima em 1,1% em relação à projeção de agosto. A agência também revisou a projeção de preços do petróleo WTI para cima, para US$ 38,99 por barril em 2020.De acordo com uma pesquisa da S&amp;P Global Platts divulgada nesta quarta, a Opep+ ampliou a sua produção de petróleo em 1,71 milhão de barris diários em agosto, a 34,63 milhões. O grupo concordou em aliviar os cortes de produção de 9,7 milhões de barris para 7,7 milhões na última reunião, de agosto.<br/><b>G1</b>

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01 – Produção industrial cresce em 12 das 15 regiões pesquisadas, diz IBGE

A produção industrial cresceu, na passagem de junho para julho, em 12 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta quarta-feira (9).De acordo com o IBGE, "o resultado reflete a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações por conta dos efeitos causados pela pandemia de Covid-19".O desempenho regional permitiu que a indústria brasileira, no geral, registrasse alta de 8% no mês. Foi o terceiro resultado positivo seguido, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril, que levou o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série.Dentre as regiões que registraram alta na produção em julho, destacam-se Ceará (34,5%) e no Espírito Santo (28,3%), mas São Paulo (8,6%), com os crescimentos mais expressivos.O IBGE destacou que São Paulo, maior parque industrial do país, seguiu como a principal influência para o desempenho produtivo da indústria nacional. O desempenho da indústria paulista foi puxado pelos setores de alimentos e de veículos automotores.“São setores influentes na indústria paulista. Também o de máquinas e equipamentos apresentou crescimento importante”, apontou o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.Já a indústria cearense, que apesar da alta mais expressiva entre as regiões pesquisadas, foi a nona influência no resultado geral do país. Segundo Almeida, a alta no Ceará é explicada pelo desempenho do setor de couro, de artigos de viagens, de calçados e de vestuário.“É a terceira taxa consecutiva positiva para o estado, com 92,5% acumulado, mas ainda abaixo 1% do patamar pré-pandemia”, completa. Já o Espírito Santo soma avanço de 28,6% em dois meses seguidos de crescimento na produção", ressaltou o pesquisador.Também tiveram resultado acima da média da indústria nacional, que teve alta de 8% em julho, o Nordeste (17,5%), o Amazonas (14,6%), a Bahia (11,1%), Santa Catarina (10,1%), Pernambuco (9,5%) e Minas Gerais (9,2%).Completam os 12 locais com alta na produção, mas abaixo da média nacional, o Rio de Janeiro (7,6%), o Rio Grande do Sul (7,0%) e o Pará (2,1%).As três regiões que registraram queda na produção na passagem de junho para julho foram o Paraná (-0,3%), Goiás (-0,3%) e Mato Grosso (-4,2%), que teve recuo mais intenso em julho. O resultado negativo da indústria matogrossense, no entanto, não foi capaz de eliminar a alta acumulada nos dois meses anteriores, que somaram 8,2%.8 locais em queda na comparação com 2019O levantamento do IBGE mostrou ainda que, na comparação com julho de 2019, oito das 15 regiões pesquisadas registraram queda na produção industrial. São elas:Espírito Santo (-13,4%)Paraná (-9,1%)Pará (-7,5%)Rio Grande do Sul (-7,5%)Bahia (-5,7%)Santa Catarina (-4,9%)Mato Grosso (-4,4%)São Paulo (-3,3%)Por outro lado, tivera alta na produção na comparação com o mesmo mês do ano passado:Pernambuco (17,0%)Amazonas (6,0%)Goiás (4,0%)Ceará (2,7%)Minas Gerais (1,5%)Rio de Janeiro (1,0%)Nordeste (0,9%)200 vídeos<br/><b>G1</b>

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01 – Indicador de tendência de emprego da FGV mostra recuperação e atinge maior nível desde março

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou nesta terça-feira (8) que o mercado de trabalho do Brasil manteve sua trajetória de recuperação em agosto, sugerindo que o pior momento para o emprego doméstico neste ano ficou para trás.O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, saltou 8,8 pontos em agosto, para 74,7 pontos, maior patamar desde março deste ano, quando registrou 82,6 pontos."O resultado de agosto mantém a trajetória positiva do indicador sugerindo que o pior momento do mercado de trabalho parece ter sido no início da pandemia", disse em nota Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.Ainda assim, destacou Tobler, o indicador recuperou apenas dois terços do que foi perdido durante a crise do coronavírus, e a expectativa é de que a recuperação possa desacelerar nos próximos meses diante do alto nível de incerteza e da proximidade do término dos programas de auxílio do governo.O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, teve perda de 0,8 ponto em agosto, para 96,4 pontos. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.Em agosto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o Brasil encerrou o segundo trimestre com a maior taxa de desemprego em três anos e redução recorde no número de pessoas ocupadas, como consequência das medidas de contenção da pandemia de coronavírus, que deixou 12,8 milhões de desempregados no período.<br/><b>G1</b>

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01 – Desemprego diante da pandemia volta a crescer na segunda semana de agosto, aponta IBGE

O número de desempregados diante da pandemia do novo coronavírus voltou a crescer na segunda semana de agosto, após leve queda na semana anterior. De acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (4), em uma semana o contingente de desempregados aumentou em cerca de 300 mil pessoas, chegando a 12,9 milhões o total de trabalhadores em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.Com o aumento, a taxa de desemprego passou de 13,3% para 13,6%. Todavia, o IBGE considera que houve estabilidade do indicador e atribui o crescimento da população desocupada à retomada da busca por emprego diante da crescente retomada das atividades econômicas pelo país. Segundo o IBGE, cerca de 1,6 milhão de pessoas voltaram a pressionar o mercado em busca de trabalho na segunda semana de agosto, na comparação com a anterior. Uma parcela dessa população conseguiu se ocupar, mas a restante foi para a desocupação.Esse número vem da queda de 28,1 milhões para 27,1 milhões no número de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou trabalho no período. Também reduziu de 18,3 milhões para 17,7 milhões o grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou devido à pandemia ou por falta de trabalho no local onde vive.“Embora pouco significativo, tivemos um leve aumento da população ocupada e da desocupada, e uma discreta diminuição da população fora da força de trabalho. Isso sugere, como já tínhamos observado na semana anterior, uma leve retomada das atividades econômicas e da recuperação do emprego”, avaliou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.O IBGE destacou que essa leve retomada do mercado de trabalho também pode ser vista nos dados de informalidade. Aumentou em cerca de 100 mil o número de trabalhadores informais na comparação com a primeira semana de agosto. Com isso, chegou a 29 milhões o número de informais em atividade no país e a taxa de informalidade ficou em 34,1%.São considerados como trabalhadores informais pelo IBGE aqueles empregados no setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes.O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.Pnad Covid X Pnad ContínuaO levantamento foi feito entre os dias 12 e 18 de julho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, e apontaram uma alta do desemprego para 13,3%, com queda recorde no número de ocupados.<br/><b>G1</b>

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01 – Produção industrial cresce 8% em julho, mas ainda não elimina perdas com pandemia

A produção industrial brasileira cresceu 8% em julho, na comparação com junho, segundo divulgou nesta quinta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Apesar da 3ª alta consecutiva, o resultado de ainda não foi suficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril, que levaram o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série.O avanço registrado em julho também representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 8,7% de maio e de 9,7% de julho, segundo dados revisados pelo IBGE.Na comparação com julho do ano passado, a indústria seguiu no vermelho, com queda de 3%, o nono resultado negativo.Queda de 9,6% no anoNo acumulado no ano, o setor acumula perda de 9,6%. Em 12 meses, a queda acumulada ainda é de 5,7%, marcando o recuo mais intenso desde dezembro de 2016 (-6,4%) e acelerando a perda frente aos meses anteriores.O avanço de 8% da atividade industrial em julho alcançou todas as grandes categorias econômicas, com altas em 25 dos 26 ramos pesquisados.”Observa-se uma volta à produção desde maio, e é um crescimento importante, mas que ainda não recupera as perdas do período mais forte de isolamento”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.Segundo o IBGE, o nível de produção da indústria ainda está 6% abaixo do registrado em fevereiro.Produção de veículos avança 43,9%Entre as atividades, a alta mais relevante foi a da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 43,9% contra junho. Segundo o IBGE, o crescimento foi impulsionado, em grande medida, pela continuidade do retorno à produção após a interrupção em função da pandemia. O setor acumulou expansão de 761,3% em três meses, mas ainda assim se encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro.Outros destaques no mês com maior contribuição para o índice geral foram observados na metalurgia (18,7%), indústrias extrativas (6,7%), em máquinas e equipamentos (14,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,8%), e em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12%).A única queda em julho ocorreu no ramo de impressão e reprodução de gravações, com baixa de 40,6%. A atividade havia registrado expansão de 77,1% em junho, quando interrompeu dois meses de consecutivos de redução na produção, período em que acumulou perda de 27,7%.Já no índice das grandes categorias, o destaque foi a produção de bens de consumo duráveis, que avançou 42%. Ainda assim, esse segmento se encontra 15,2% abaixo do patamar de fevereiro último.Os setores produtores de bens de capital (15%) e de bens intermediários (8,4%) também cresceram acima da média geral da indústria. Já o de bens de consumo semi e não duráveis (4,7%) registrou o crescimento menos intenso. Todos os 3 também seguem abaixo do nível pré-pandemia.PerspectivasApós o tombo recorde da indústria e do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 2º trimestre, a expectativa é de recuperação gradual no 3º trimestre, apesar das incertezas sobre a dinâmica da pandemia de coronavírus e rumo das contas públicas.O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou pelo 4º mês seguido em agosto, recuperando 93,8% das perdas registradas entre março e abril, em meio à redução da ociosidade e melhora das expectativas.A estimativa atual do mercado é de um tombo de 5,28% do PIB em 2020, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Mesmo com a melhora das previsões nas últimas semanas e redução do pessimismo, ainda deverá ser de longe o pior desempenho anual já registrado no país.<br/><b>G1</b>

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01 – Inflação da indústria sobe 3,22% em julho, aponta IBGE

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, subiu 3,22% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A taxa de junho foi revisada de alta de 0,61% para avanço de 0,60%. Com o resultado, o IPP passou a acumular alta de 7,28% no ano e de 11,13% em 12 meses.O indicador mede a variação dos preços na “porta das fábricas”, sem impostos e frete, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Os preços na indústria extrativa (mineração e petróleo) tiveram alta de 14,46% em julho, após avanço de 3,75% em junho.Já a indústria de transformação registrou alta de 2,67% no IPP de julho, frente a um aumento de 0,45% em junho.<br/><b>G1</b>

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01 – Indústria tem tombo recorde, mas recupera fôlego ao longo do trimestre

Apesar de números sufocantes, o setor industrial recebe o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) para o segundo trimestre com um discreto sabor de alívio.Em linha com os demais setores pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estes foram os piores números da história da indústria no país. A queda foi de 12,3% na comparação com os três meses anteriores, conforme os dados divulgados nesta terça-feira (1º), que apontaram um tombo de 9,7% no PIB do país no segundo trimestre.Mas o respiro, contudo, vem das sondagens mensais que mostram alguma recuperação do setor depois do tombo de abril. Naquele mês, a produção industrial medida pelo IBGE caiu mais 19,2%, após uma queda de 9,1% em março. Mas nos meses seguintes, houve alta de 8,2% e 8,9% para maio e junho.Ainda que o crescimento tenha reaparecido, é cedo para falar em recuperação. Para a economista Renata de Mello Franco, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o resultado deste trimestre para a indústria mostra o efeito específico do fechamento de fábricas por conta das políticas de isolamento social para combate à pandemia do novo coronavírus.Os crescimentos vistos em maio e junho, assim, são apenas reflexos de uma retomada lenta dos trabalhos, em que empresários industriais reabriram suas plantas com capacidade reduzida, turnos menores, poucos funcionários e alta ociosidade."O principal é não ter uma segunda onda de contágio. Um novo lockdown pode nos mostrar um novo fundo do poço", diz a economista.O PIB do segundo trimestre não deve ter captado ainda os efeitos da contração da renda do brasileiro durante o período de crise. Será uma medição a ser feita no terceiro trimestre, se forem mantidas as medidas de relaxamento da economia, e novamente no quarto trimestre, quando será reduzida a série de benefícios sociais disponibilizados pelo governo, como o Auxílio Emergencial e saques do FGTS, que seguraram o poder de consumir de camadas mais vulneráveis.E esse será um fator determinante para sentir a temperatura da retomada: o setor industrial ainda é bastante dependente do consumo das famílias, o que deixará no radar de empresários o ritmo de reação do mercado de trabalho nos próximos meses."O consumo das famílias foi o que segurou a indústria nos últimos anos e, por isso, percebe-se que o setor não conseguiu se recuperar bem da crise de 2015 e 2016", diz Renata.Problemas estruturaisDos termômetros positivos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que junho, último mês do trimestre, o índice subia em 29 dos 30 setores pesquisados e tinha avanço substantivo em relação a maio (41,2 contra 34,7, de 100 pontos possíveis).Na última edição, de agosto, o Icei chegou a 57 pontos. Acima dos 50, a perspectiva dos empresários é positiva para o setor. A nova pontuação é a que mais se aproxima do mesmo momento do ano anterior. Em 2019, o Icei era de 59,4.Confiança da indústria sobe pelo 4º mês seguido e mantém tendência de recuperaçãoVoltar aos patamares pré-crise, contudo, está distante de ser bom sinal, pois os problemas da indústria são antigos: o setor ainda sofre para se descolar da demanda interna, já que falta competitividade com concorrência estrangeira. Além de um parque industrial defasado, os últimos anos tiveram taxas de investimento baixíssimas, que levaram junto a produtividade para o chão.Não bastasse, a cadeia produtiva continua sendo estritamente primária, o que dificulta uma presença marcante nos mercados internacionais e deixa o país dependente do preço de commodities."O Brasil tem empresas de nível internacional, mas a maioria está muito longe da indústria 4.0, sem linha de produção organizada e produtividade baixa", diz Renato da Fonseca, gerente executivo de economia da CNI.Reforma tributáriaA CNI colocou em campo uma força-tarefa para dar incentivo às reformas estruturais no Congresso Nacional. O foco principal é a reforma tributária. O setor acredita que a simplificação de impostos pode atenuar os pagamentos da indústria e gerar competitividade com a redução de custos.A indústria opera atualmente em um regime não cumulativo, que pode ir deduzindo o imposto pago ao longo da etapa de produção via crédito com o objetivo de pagar menos imposto nas etapas seguintes. A alíquota atual do setor é de 9,25%.A proposta do governo, que deve ser apensada às demais em curso no Congresso, uniformiza a alíquota para indústria e serviços, e permite que todos os setores façam as deduções via crédito ao longo de toda a cadeia de produção. A alíquota proposta pelo governo é de 12%, mas a indústria tem uma porção de etapas para deduzir, o que torna o regime mais simples e vantajoso.O economista da CNI, Renato Fonseca, entende ainda que, enquanto a mudança não sai, o país está encurralado entre exportar mais em mercado competitivo versus fornecer um produto que sai mais caro porque paga "tributo demais" e tem uma "logística mais cara"."Se o óleo de soja paga mais tributo que soja em grão, vai deixar o preço muito mais alto e não vai exportar", diz ele."A carga tributária é elevada, mas se mantiver o patamar acabando com burocracia e dúvidas, sem legislações diferentes para cada Estado, isso reduz tantos os custos quanto a quantidade de tributo", afirma Fonseca.A CNI defende ainda que programas de crédito, como o Pronampe, sejam prorrogados, pois a crise fragilizou o caixa das empresas.Para Fonseca, o governo não tem capacidade de injetar recursos como nas crises anteriores e deveria apoiar mudanças também no mercado de capitais, incentivando a possibilidade de emissão de dívida (debêntures), e apostar em mais melhorias do ambiente regulatório. O Marco do Saneamento e a nova Lei do Gás, diz ele, são bons exemplos."Não basta trazer investimento privado. Não pode errar. Governos anteriores possibilitaram investimento em obras de infraestrutura que não terminaram e só geraram despesa sem aumento de produtividade", afirma o economista. "Não pode jogar o pouco dinheiro que tem em medidas sem planejamento".Exportar para quem?Enquanto o ambiente interno não se resolve, as mudanças começam a acontecer no mercado externo. A balança comercial do Brasil teve resultado positivo durante a crise, mas pelo motivo errado: houve redução de importações por retração de investimentos.Na outra ponta, a China ampliou o apetite na Argentina enquanto as exportações brasileiras se tornaram mais dependentes do país asiático (40% do total em junho). Os Estados Unidos negociam novos contratos mais protecionistas, como a redução de importação de aço brasileiro.Confiança empresarial sobe em agosto e mantém tendência de recuperação, aponta FGVExceção, novamente, foi o agronegócio, que aumentou sua fatia para 32% da cesta de exportações em abril contra os demais produtos. Havia 10 anos que a agricultura não chegava em tal patamar. Trata-se de um setor de produção essencial e que nunca parou enquanto o coronavírus se espalhava."Com mercado interno mais fraco, o risco é de uma proliferação de medidas protecionistas nesse anseio dos parceiros de recuperar a economia e com o receio de invasão de produtos. É o pior cenário de recuperação global e para o Brasil", diz Verônica Prates, gerente de relações institucionais da consultoria BMJ.Para ela, ainda é cedo para falar em crise de demanda, mas é relevante estar atento aos estágios de recuperação ao redor do mundo, que são muito diferentes. "A Ásia vai na frente, mas não é fácil prever a resposta do comércio exterior no mundo inteiro", afirma.<br/><b>G1</b>

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