01 – Setor de serviços tem 5ª alta seguida, mas segue abaixo do nível pré-pandemia
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,7% em outubro, na comparação com setembro, no quinto resultado positivo consecutivo, segundo divulgou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Já em relação a outubro do ao passado, o setor teve queda de 7,4%, registrando a oitava taxa negativa seguida nessa base de comparação.Perda de 8,7% no acumulado no ano e queda recorde em 12 mesesNo ano, passou a acumular queda foi de 8,7%. Em 12 meses, o tombo passou de 6% em setembro para 6,8% em outubro, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em dezembro de 2012.Destaques do mêsNa passagem de setembro para outubro, 4 das 5 cinco atividades pesquisadas cresceram, com destaque para informação e comunicação (2,6%). Apenas o setor de outros serviços (-3,5%) registrou taxa negativa nessa comparação.PerspectivasO setor de serviços foi o mais abalado pela pandemia de coronavírus e tem mostrando uma retomada bem mais lenta do que a observado no comércio e na indústria.O patamar atual de atividade do setor de serviços é próximo ao de maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros que derrubou os serviços prestados no país. "Embora próximo, esse patamar de agora ainda é inferior ao mês da greve dos caminhoneiros. Naquela ocasião, o setor de serviços operava 15,8% abaixo do pico", explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.Na quinta-feira, o IBGE mostrou que as vendas do comércio varejista cresceram 0,9% em outubro, na comparação com setembro, com o setor cravando a 6ª alta consecutiva. Com o resultado, o varejo agora já se encontra 8% acima do nível de fevereiro, pré-pandemia.Já a produção industrial brasileira cresceu 1,1% em outubro, desacelerando ante a alta de 2,8% em setembro. No acumulado no ano, o setor ainda acumula perda de 6,3%.O mercado financeiro passou a estimar uma retração de 4,4% para a economia brasileira neste ano e de 3,5% em 2021, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Já a projeção para inflação foi elevada para 4,21% em 2020.<br/><b>G1</b>